My prerrogative


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Adoro o fato como os títulos das músicas da Britney, de alguma forma, previam o futuro dela. ‘Oops, I did it again’, ‘Toxic’, ‘You drive me crazy’.

Mas vamos lá. Você tem 15 anos e assina com uma gravadora. O detalhe é que seu talento é nenhum exceto ser gostosa. Ok, suas músicas grudam na cabeça, dão vontade de rebolar, e você dança bem… mas a Kelly Key faz isso. Não é um grande mérito, exatamente. Você é tudo o que você é porque canta coisas sexies com voz de criancinha e é gostosa.

Em seguida, você é famosa e milionária. E gostosa. Você podia ter parado por aí. A maioria das pessoas pára.

O que eu gostaria de entender é como uma mulher passa de uma situação de absoluto sucesso (e, aparentemente, faculdades mentais plenas) assim, prum claro surto psicótico, diante dos olhos de todo o mundo, e ninguém consegue (ou quer) fazer absolutamente nada. Na internação em hospital psiquiátrico, os exames não apontaram nenhuma toxina. Ainda assim, o The Sun deu que era Clembuterol, um remédio pra cavalo que nego toma pra emagrecer, parece. Eu acho que ela só endoideceu, mesmo. Eu não a culparia.

Engraçado eu ficar com pena da Britney, culpando a vida cruel que ela teve, depois do choque de realidade de hoje à tarde. Nada pra fazer, fui buscar na minha pasta de filmes alguma daquelas coisas que eu vou baixando e nunca vejo. Optei pelo Ônibus 174, aquele. Pô, achei foda. Acho que a maioria conhece a história, mas o documentário conta principalmente a esstória da vida do Sandro, o assaltante que em julho de 2000 fez 11 reféns dentro de um ônibus no Jardim Botânico, no Rio. É, acho que é esse o nome do bairro. O filme é tipo um tapa na cara da burguesia. Minha única ressalva é que meio que apela pro lado emocional, saca, e não que isso seja reprovável num filme que pretende se destacar, mas sei lá, enche o saco.

Meio que querendo me sentir mais culpada por não morar na rua e por ter almoçado, resolvi assistir outro filme da lista, Notícias de uma guerra particular. Achei legal um delegado que foi entrevistado pro filme. Ele deu uma opinião muito interessante sobre o tráfico de armas. Disse que se os EUA acham que têm direito de intervir nas plantações de coca na Colômbia, com o argumento de que o narcotráfico deve ser impedido porquê é prejudicial para o país deles, olhando da mesma ótica nós também temos o direito de fechar as fábricas de armas nos países desenvolvidos. E tipo, faz todo o sentido. Claro que isso é só um pensamento. Ninguém está pensando em ir lá e fazer. Várias citações interessantes no filme. Do tipo, “o único segmento de poder do estado que chega na favela é a polícia, e só a polícia não resolve nada”. Ou o menino de 16 contando da primeira missão dele, aos 11, quando teve que ‘botar fogo num X9′. Ou o delegado questionando até onde a sociedade quer uma polícia não corrupta.

De qualquer forma, o que me passou pela cabeça foi a babilônia caindo. Esse povo todo, que não faz idéia da força que tem, saindo do morro e vindo pro asfalto. Claro que isso já tá acontecendo, de certa forma, mas falo de um lance real, dos oprimidos contra os opressores, não esses gritos isolados e desesperados que a gente vê de vez em quando, mas uma coisa coesa. Vamos ver por quanto tempo ainda a gente consegue manter o povo no morro, né.



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2 Responses no artigo “My prerrogative”

  1. Eric Franco falou:

    O problema é que quando o morro descer, vai ser pura e simples troca de poder. Não vai ser um movimento popular liderado por pessoas que sempre se fodem e querem dar um basta nesse mar de lama. Talvez seja essa mesma massa de pessoas descendo em troca de um saco de farinha prometido pelo traficante da vez.



  2. amilcar falou:

    Onibus 174 conta uma Historia com H mesmo e não com E de ficção é realidade pura tudo que foi contado ali e mostrado é vida real e não montagem ou reconstituição de fatos desde o começo até o enterro no final,são cenas da vida real ,gente de carne e osso massacradas leo sistema ,e não porque são pobres e porque o sistema massacra todos que estão abaixo da linha da riqueza absurda,não existe mais classe a,b ou c existe sim os abastados ao extremo e os ferrados de sempre.

    sobre a Britney sem comentarios ,na falta do que fazer ela resolve pirar ,por excesso de grana e boa vida,não merece atenção nenhuma.

    Vida louca vida …….



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