Eu, pra ser sincera, não senti nada. Quando trabalhava na Barra Funda, dava pra sentir bem o metrô passando. Era quase como um terremoto diário, com hora marcada.
Mas o amigo da reportagem do G1 tem um depoimento de extrema relevância sobre o momento do tremor
‘Não foi só sensação’
“Moro na Zona Leste de São Paulo. Às 21h24 estava deitado em minha cama fazendo compressas de gelo no joelho, quando percebi que a cama começou a balançar. Tenho certeza de que não foi uma sensação, mas sim um tremor de terra”
- William C.
Quer dizer, que tipo de pessoa dá uma informação de tamanha precisão em um depoimento para um site? “Oi, estava coçando as costas da minha mão quando percebi que tudo estava tremendo”. Não faz sentido, ninguém quer saber sobre as compressas de gelo. As pessoas realmente perderam a noção do que é privacidade, já dizia o moço no fim do Zeitgeist. A possibilidade é que ele esteja tentando criar um álibi com essa informação.
Além disso, o cara disse o horário exato em que estava colocando compressas de gelo no joelho. Veja bem, uma pessoa que marca horário para colocar compressa de gelo no joelho (tipo, “21h24! Hora das compressas!”) não é uma pessoa cujo depoimentos sobre terremotos tenham qualquer credibilidade. Você pode considerar que ele olhou no relógio assim que o terremoto acabou, mas eu duvido dessa possibilidade. Afinal, ele provavelmente teria complementado o relato, com algo como “Logo após o tremor, virei ligeiramente a cabeça para a esquerda e também mudei meu braço de posição. Desviei os olhos que observavam meu joelho anestesiado para o relógio em meu pulso e, vendo o ponteiro menor entre os números nove e dez e o maior quase na metade do círculo, pude constatar que eram 21h24″. Ah, os descritivistas. Tolkien que me perdoe, mas eu não os suporto.
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