Viva la Vida or death and all his friends, o novo álbum do Coldplay
Aproveitei o final de semana (que costuma ser bem curto, infelizmente), para baixar adquirir de forma perfeitamente legal alguns discos que ainda não tinha ouvido.
Entre eles, além de uma coletânea dos The Kinks e o novo do Peter, Bjorn & John, está a nova tentativa do Coldplay de ser o U2, chamada pelo criativo nome Viva la vida, ou Death and all his friends.
Minha primeira observação do CD: Viva la vida parece nome de disco do Rick Martin. Minha segunda: sou a favor de campanhas contra nomes duplos de discos. Tipo, quando o nome vem com uma segunda opção. Normalmente, isso parece descolado e extremamente criativo. O cara coloca um nome simples e dá a opção de um bem longo e esquisito depois. E isso soa extremamente legal para os fãs, mas eu acho bem estúpido, porque acho que você precisa escolher o nome do disco e não dar uma opção pra quem lê.
Na verdade, não achei que o disco é muito diferente do que eu pensei do X&Y: quatro músicas muito boas e o resto delas pretensiosamente chatas. Nesse caso, a primeira que é curtinha e instrumental, Life in Technicolor, e a segunda, Cemiteries of London, que tem algo meio tribal, são boas (a segunda é a melhor do disco). Já na terceira, o negócio começa a descambar levemente. Lost! tem uns orgãos meio etéreos, e é bem grudenta, não exatamente boa. No entanto, ouvi uma versão acústica, só piano, dela que tem no final do disco que eu baixei adquiri de maneira perfeitamente legal que valoriza a voz do Chris Martin e melhora ligeiramente a música.
42, a quarta música, que não é infelizmente uma referência à resposta da questão da vida, do universo e de todas as coisas, também é cheia de um piano chato. Lovers in Japan também é chata e quer ser o U2.
Depois vem mais umas duas ou três que são, bem… chatas. E aí uma muito boa, Chinese Sleep Chant. A que dá nome ao disco (Viva la vida) é tão pretensiosa que chega a irritar, sério. Mas não é ruim, é até bem boa.
Depois Violet Hill, uma balada com um tom meio apocalíptico (e provavelmente uma das melhores do disco), Strawberry Swing, que é outra chata e Death and all his friends que, adivinhem, é… chata, mas no final fica bem U2y, com uma cantoria coletiva, à là músicas beneficentes tipo We Are The World. O disco fecha com outra que tem pianos estelares e um orgão chato, chamada The Escapist.
Falar mal do Coldplay é fórmula certa pra ganhar comentários depreciativos, porque os fãs costumam ser meio obcecados. Não os critico porque sei o que é ser uma fã obcecada (aguardem post sobre isso amanhã). Mas minha conclusão para o novo disco do Coldplay é bem simples: eles são chatos. Chatos e pretensiosos. E vêm sendo assim há um tempo. Fazem música pra estádio, e não que isso seja reprovável, mas é que eu acho que no caso deles - e só no deles - essa pretensão irrita. Alguns podem gostar, não é meu caso.
Pensando pelo lado bom, 4 ou 5 músicas boas num álbum que tem 13 é quase 50%, e isso é uma marca alta. E tem uma coisa muito, muito boa no Coldplay: eles querem ser grandes com música relativamente boa. E eles conseguem, cara. Digo, ser grandes. Além disso, são inteligentes, vide a iniciativa de disponibilizar o disco inteiro no Myspace.
Outro mérito do Coldplay é ter uma base de fãs, como eu mencionei, fielmente obcecados, que idolatrariam qualquer coisa que a banda fizesse. Enquanto eu digo que eles são pretensiosos, dão sono e querem parecer o U2, vão ter 30 fulanos dizendo que eles são incríveis, inovadores e geniais.
Mas não tem problema. Eu ainda acho que, com exceção do excelente A Rush of Blood to the Head, o Coldplay tem feitos discos pra dormir.
Posts relacionados
- Gostou? Assine o feed RSS do blog. Não sabe o que é isso? Clique aqui
- Receba as atualizações por e-mail
- Entre na comunidade do Olhômetro no orkut
June 9th, 2008 at 12:57 pm
Eu queria ouvir de novo aquela banda que fez um clipe que consistia basicamente de ficar andando na praia com o dia amanhacendo e cantando uma música boa. Que fazia uma música de 30 segundos que era melhor do que os dois últimos dias inteiros. Que não tentava ser o U2 pegando o que o U2 tem de pior. O Coldplay morreu depois da faixa 4 de A Rush of Blood to the Head.
[Responder]
June 9th, 2008 at 3:52 pm
também acho que desde A Rush of Blood to the Head, Coldplay tem jogado pra torcida. Que bom que alguem concorda comigo nessa chata pretensão. Posso morrer feliz. Ou ficar em coma ouvindo Viva la Vida.
[Responder]
June 11th, 2008 at 2:13 pm
Sabe que eu apoio totalmente?!
Tenho o live, ouvi o Rush of Blood to the Head depois que ganhei uma [cópia] versão de um amigo (o Live).
É…algumas [poucas] legais, e outras bem irritantes.
Concordo com seu post.
[Responder]
July 12th, 2008 at 4:48 pm
olha,
se eu tivesse lido esses comentarios na época do A Rush Of The Blood… eu no minimo iria atras da pessoa pra encher de porrada, eu adorava o som deles, principalmente o som Clocks… mas com o passar do tempo e outros albuns aparecendo, vi traços de U2 no som deles, as “caridades” semelhantes, essas coisas, que só me fizeram uma coisa.. ouvir mais U2, tanto q agora gosto mais de U2 do q deles…
olhem isso,
eu tenho um DVD do U2, The Classic Album(Sobre o Joshua Tree, aquele album famoso de 87 do U2) aparece o bono cantando ao vivo uma musica chamada Mothers Of The Disappeared, que engracado tem uma parte da musica do coldplay Viva La Vida…
segue o link abaixo, e vejam só…
****Mothers Of The Disappeared
http://br.youtube.com/watch?v=KuFMoWV1cns
****Viva La Vida
http://br.youtube.com/watch?v=Rq4J_S4Zxo0&feature=related
bom, é isso…creio que se o Coldplay apostasse mais neles, eles seriam muito mais reconhecidos e com ctz seria uma das melhores bandas que eu ja vi…
abraço a todos
[Responder]