O ano era 2001. Eu, uma jovem adolescente em busca de novos horizontes, resolvo num sábado à tarde tomar um ônibus até o centro de SP e visitar a catedral dos roqueiros em São Paulo, a Galeria do Rock.
Essa é a galeria do rock
Naquela época, não havia Google Maps e eu não tinha amigos que pudessem me ensinar. Mas me informei e descobri que o ônibus que me levaria ao centro de SP passava numa avenida que ficava perto da minha rua, uma famosa pela enorme oferta de, digamos, favores sexuais pagos provenientes de mulheres (porque a outra avenida, de baixo, oferece opções mais, assim, masculinas.)
Me sentei no ponto de ônibus e eis que chega uma tia. Ela tava vestida de uma maneira estranhamente pseudo-provocante, mas eu nem liguei pra isso e resolvi perguntar se o ônibus que eu estava esperando realmente ia pra onde eu queria ir.
Nas fotos com Creative Commons do Flickr (clique na foto para visualizar os créditos), tive sorte de achar essa. Para ajudar na composição da imagem mental, o tio da direita é bem parecido com a minha anfitriã da ocasião. Sem exageros.
Ela foi bem simpática e me explicou direitinho qual eu deveria pegar e onde eu deveria descer.
Eu sou uma pessoa simpática, sabe. Não do tipo que puxa papo com desconhecidos, mas do tipo que dá corda para desconhecidos que puxam papo. Não contente em me dar informações sobre o itinerário, minha bus-stop anfitriã resolveu puxar assunto e eu correspondi, alegre por ter um passatempo além do discman que me acompanhava.
- Aonde você vai ali no centro?
- Na Galeria do Rock. Sabe?
- Uhm.
- E você?
- Ehr, eu… eu trabalho aqui.
FAIL.
Cara, eu perguntei aonde a mulher tava indo. Acontece que ela não tava indo pra lugar nenhum. Era tipo umas… sei lá, 11h30 da manhã de um sábado. Segundo as minhas concepções para o horário adequado de pessoas se prostituindo na rua, 11h30 da manhã não era mais parte do expediente, sabe? Pra mim, era igual na TV: sexo só depois das 23h, cara. Só na madrugada. Mas eu me enganei. E eu descobri o engano da pior maneira possível.
Por sorte, o ônibus chegou logo em seguida, eu me despedi alegremente e fingi que minha ingenuidade era algo de que deveríamos rir todos juntos. Moral da história: nunca, nunca pergunte a uma prostituta parada num ponto de ônibus qual ônibus ela vai pegar ou para onde ela vai, cara. Porque eu dei sorte: ela podia ter sido sincera comigo e respondido que ia para a casa do ca*****.
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Tags: av. d pedro, crônica, crônicas, gafe, galeria do rock, prostitua, santo andré