O mundo tá tão de ponta cabeça que a sociedade foi capaz de subverter inclusive a semântica inclusa no termo ‘universitário’.
‘Universitário’ era pra ser um termo que denotava juventude, educação, inteligência, construção e luta por ideais e tudo que a gente deveria associar a um ambiente como uma universidade - o ‘academicismo’ incluso aí.
Mas como a faculdade não passa de uma desculpa para tomar cerveja e jogar truco, ‘universitário’ foi adquirindo um significado todo novo, muito adequado às novas condições do universitário babaca padrão do país.
Primeiro que a palavra ‘universitário’ é acrescentada a qualquer estilo musical babaca que atingir os jovens babacas de classe média. Se for babaca, se tiver mulher e cerveja, bah, é universitário. Tem o forró universitário, o pagode universitário (ou NEOPAGODE, hahaha), o sertanejo universitário e dizem que até a new rave universitária.
Acompanhadas dos gêneros, vêm as festas babacas - micaretas e raves heterodoxas acompanhada do fabuloso adjetivo. A vantagem disso é a rápida identificação de um lugar indesejável - se tiver ‘universitário’ no nome, pelo menos já dá pra saber que é um lugar que você não gostaria de ir.
Para coroar, lembra do Show do Milhão? Dava até vergonha quando o Silvio chamava os tais ‘universitários’ para ajudar. Os caras não sabiam nada, demoravam um puta tempo para decidir e a maioria seguia o palpite do primeiro a opinar.
Tem as ‘contas universitárias’ no banco, ilusões que prometem alto crédito e menores taxas mas não passam de uma doutrinação precoce para o mundo das taxas bancárias. E as propagandas mostram jovens - hum, babacas, mas que depositam seu dinheiro no Banco ****.
Deve ser por isso que aquela propaganda que diz ‘não é melhor escolher uma faculdade pelo conteúdo que ela oferece?’ existe. Porque OI, isso não deveria ser óbvio? E agora tem uma propaganda pra dar a dica e tudo.
Tudo que vem acompanhado do termo ‘universitário’ hoje é dispensável. Ok, talvez o cursinho universitário seja a excessão.
E eu não tô dizendo que universitários não possam ser babacas se divertir, só acho que o equilibrio é a chave para o sucesso. Os 100% de babaquice festeira, pela qual os universitários são caracterizados, são tão ruins quanto uma possível 100% nerdice. Mas na faculdade não existem nerds, então…
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Tags: dia de tédio, faculdade, Idiotas, idiotices, JUCA, manifesto contra o trabalho, universitários
Sem hipocrisia Reply:
February 18th, 2009 at 4:59 pm
Sempre leio e nunca respondo, mas essa foi demais. Esse é um texto sofrível e preconceituoso.
Vc se engana, o nome universitário ainda representa um grande avanço para o país.
Se existe alienação entre os universitários não é maior que a sua ou de qualquer outro que se acha bom o suficiente para sair julgando gostos ou estilos.
No final dessa pg a autora ainda diz que só retirará mensagens com ofensas gratuitas. Isso depois de chamar de babacas tudo o que não é ela.
Pois eu aposto que vc é tb mais uma patricinha de classe média tão babaca quanto possível, mas adepta da hipocrisia.
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