Falemos de McDonalds.
McDonalds é daquelas coisas que não são exatamente gostosas, mas a gente come porque tá alí. Ok, a batata frita é gostosa. O Cheddar é um bom lanche. O resto, sério, carece de gosto. Eu sempre achei isso, e por esse motivo mesmo, nunca fiz questão de comer no Mc. Se fosse pra comer comida desse gênero, Burger King dá um pau.
É por isso que estranhei como, nos últimos dois meses, minha vontade de comer McDonalds aumentou exponencialmente. Comecei a me alimentar semanalmente com números 4, o que nunca tinha acontecido antes. Ninguém consegue comer no McDonalds toda semana e achar ok. O Cheddar é um grande lanche, mas está diminuindo em velocidade diretamente proporcional à redução das calotas polares. Não mata a fome, o hambúrguer é insosso e é caro. Ou seja: no fim, não vale a pena. Eu sempre soube disso. Por que é então que eu estava querendo devorar um daquele sempre que possível?
Foi aí então que minha fiel escudeira @gabrielahesz me alertou para a recente inserção de painéis publicitários do McDonalds nas estações de trem e de metrô. Massivamente. Como você sabe, passo boa parte do tempo dentro dessas conduções. Assim que ela mencionou, a propaganda em questão me veio à cabeça, vívida: um Cheddar delicioso, com queijo transbordando, pelo mísero valor de R$5, praticamente sendo esfregado na minha cara todos os dias quando eu ia e voltava do trabalho.
Não acho que ninguém aqui tenha dúvidas quanto à eficácia da publicidade. Mas se fosse o caso, essa peça acabaria com qualquer indecisão. A primeira coisa que vem a cabeça do cidadão ao olhar esse cartaz é algo como “Preciso de um lanche desses para ser feliz. Ele é tão suculento, o queijo é tão brilhante e abundante, tem tanta cebola. É disso que eu preciso. E custa só cinco reais”. Ou algo assim.
Eu fui completamente seduzida pelo lanche. E queria ter acesso aos números (tipo, estatísticas, não aos lanches, esses eu tenho. Todos temos) do McDonalds, porque tenho certeza que as vendas do Cheddar aumentaram de maneira escandalosa depois dessa campanha. E o pior, não dá pra sacar o que há de especial nela, porque veja bem - o lanche está em cima de um carpete vermelho. Um sanduíche. Em. Um. Carpete. Não faz sentido, não deveria ser tão hipnotizante, mas é.
Resultado automático: o excesso de ingestão de Cheddars casou curiosamente com o surgimento de várias espinhas no meu rosto e de um mau-humor crônico, além de uma TPM mais descontrolada. Pra suprir essa voracidade sem me ferrar com hormônios de hambúrgueres industrializados, resolvi aprender a fazê-los. Segui uma mistura das dicas para hambúrgueres do Fred (esse hambúrguer com recheio de provolone é genial), do Gravata e do Roberto, do Fora de Órbita.
Fiz meu próprio hambúrguer, que ficou até que gostosinho. Mas nem ele, nem a visão dos fabulosos sandubas da Cheese & Burger Society me fizeram esquecer o sonho do Cheddar próprio. O que será que esse carpete vermelho fez comigo?
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Tags: Cheddar McMelt, como fazer hamburguer, hamburger, mcdonalds, propaganda, publicidade
Ana Freitas Reply:
September 10th, 2009 at 7:39 pm
Po, claro que não é pago né. pelo amor de deus. hahahahah
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