Eu sempre quis aprender a surfar. Fazer mágica. Andar de skate. Há pouco mais de um mês, resolvi eliminar a última da lista de “eu quero” e passar para a lista que “eu já”.
Foi assim: tinha uma memória de ter visto gente andando de skate longboard, e achado isso muito legal. Mais legal ainda seria se eu morasse num lugar com praia, porque andaria pela orla, no calçadão, sentindo a maresia numa noite suave de verão. Mas não moro. Ainda assim, resolvi comprar um longboard. Fui numa loja e pedi pro moço montar um pra mim. Ele montou, mas não ficou exatamente como eu queria. Fui trocando uma coisa, colocando outra e cheguei nisso:
O que deu pra notar assim, de início:
1. as pessoas acham muito legal o fato de uma mulher andar de skate;
2. as pessoas acham muito legal o fato de ser uma mulher andando num skate gigante;
3. criancinhas de bicicleta seguem pessoas de skate. Elas ficam orbitando você. O que é péssimo, pois você quer ficar o mais longe possível delas, afinal está aprendendo e não quer machucá-las;
4. cair se torna rotina depois da segunda vez. Pra você. Pras pessoas ao redor continua sendo bem engraçado.
É isso. Fui acometida por uma crise de meia-idade aos 21 anos. Sabe, aquilo que dizem ter os tios que aos 45 resolvem furar a orelha, fazer tatuagem e comprar uma moto? Pois é. Tô sofrendo disso aos 21.
E quem dera sofrer só de crise de meia-idade, porque to sofrendo também com os hematomas que adquiri nessa brincadeira. Tenho caído bem menos do que pensei que cairia, mas é o suficiente pra eu poder me queixar. Aprender a cair, eu notei, é também uma arte. Minha primeira queda foi ridícula: o skate pegou muita velocidade e então eu saltei dele, mas precisava fazê-lo parar. Corri atrás dele, pisei na roda e voei. O moço que tava parado em frente a veterinária, eu notei pela expressão dele, tava tentando juntar as peças daquela cena UM TANTO QUANTO inusitada: uma menina, correndo atrás de um skate gigante, toma um tombo porque pisou na roda.
Não quero entrar no clichê da coisa, mas na primeira vez que conseguir ‘dar uma remada’ (sabe, empurrar a parada com o pé. Seu noob) e de fato andar de skate, sentir o vento na cara, eu soube que seria algo que eu gostaria de poder fazer sempre. Tô pensando até em criar um blog pra contar minha saga. Algo como Aprendendo Longboard ou algo assim. Será que alguém ia ler?
@gabrielahesz, companheira de aventuras
Outra coisa curiosa sobre o long: porque ele é um pouco diferente do skate convencional, as pessoas acham que ele é um convite para puxarem papo com você. Acho que é porque um skatista de long parece mais amigável do que os que andam de skatinho. Os do skatinhos sempre são hostilizados por supostamente serem parte de gangues ou serem punks ou vândalos. O que eles são na maioria das vezes, mas enfim.
Logo tô eu aí ouvindo tchárliebráu e escrevendo SK8 NA VEIA DOS IRMÃO no topo do blog. Aguarde.
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Romenique Zedeck Reply:
November 3rd, 2009 at 11:05 am
Yuri deveria colocar só um [2] no seu comentario.
Ja tive o “normal”, ainda acho legal e quem sabe qndo eu perder uns 20kgs eu volte a praticar hehe
O long me passou pela cabeça esses dias, enquanto eu via umas materias sobre surf.
E o Judô ensina mto bem a cair, tanto é que qndo comecei a praticar o le parkour eu ja sabia como cair sem se estrupiar…hehe
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