03.12

2009
2:26 am

Pegadinha da Mattel

Postado em Ovelhas desgarradas

Vamos supôr que você tem uma carruagem. É um meio de transporte um pouco ultrapassado, mas use sua imaginação. Imagine que você está dando um rolê de carruagem com seu namorado, e ele se chama Ken. Se você for um homem, você está dando um rolê com sua namorada, chamada Barbie.

Se você for gay, adapte as descrições. Você entendeu.

É uma linda tarde de verão e vocês dois estão passeando alegremente pelo bosque. Vamos imaginar que você está em algo como o século XIV, mais ou menos. De repente, num ato que seria considerado bruxaria naquela época, sua carruagem se transforma em balão. E sai voando.

Tente realmente se colocar no lugar de uma pessoa que está numa carruagem que é subitamente ejetada. Pânico. Desespero. Você não sai simplesmente voando num balão - que costumava ser uma carruagem - e tá tudo bem. No século XIV nem existiam balões, puxa vida.

Mas depois dá tudo com você. O balão pousa e você volta pro seu castelo. Dai vai subir a escada e FAIL. Os degraus, como numa armadilha medieval, se achatam. E a escada vira uma perigosa e escorregadia rampa. Sem aviso, você desliza. Sabe-se lá quantos ossos terá quebrado quando chegar lá embaixo, todo esfolado e fudido.

A essa altura, você já estaria desconfiando de algumas possibilidades. A saber:

- alguém está armando contra você e te quer morto;

- alguém quer tirar uma com a sua cara;

- você comeu um cogumelo.

Contei a historinha acima pra ilustrar a divertida e pacata vida da BARBIE 3 MUSKETEERS, que está passeando com o Ken e - SURPRESA - a carruagem vira um balão! Favor ver vídeo abaixo.

Enquanto criarmos crianças que não se importam que escadas virem escorregadores de repente, amigos, não poderemos dormir tranquilos.

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02.12

2009
2:35 pm

A programação normal volta em breve…

Postado em Ovelhas desgarradas

…só não garanto muita inspiração. Não tenho escrito muito porque, sabe-se lá porque, não tô muito confiante quanto à qualidade dos textos. Escrevo e acho uma merda, aí apago, escrevo, apago e no fim acabo desistindo de publicar qualquer coisa.

Mas como tava tudo parado demais, resolvi desencanar e publicar do mesmo jeito. Você me diz se o negócio tá tão ruim quanto eu venho achando que tá. Hoje ainda teremos coisa nova aqui.

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24.11

2009
11:15 pm

O protesto mais tosco da história

Postado em Crônicas, Entretenimento, Há mais entre o céu..., jornalismo

Vamos supôr que o governo federal baixe uma lei te proibindo de ficar laranja.

Seria fantástico, né? Ninguém quer ficar laranja, certo?

Errado. Algumas pessoas querem, e elas tipo saíram na rua para manifestar seu direito de serem laranjas. Mesmo sabendo que existe a possibilidade do bronzeamento artificial ser cancerígeno, pessoas saíram na rua defendendo o direito de se bronzearem artificialmente. Isso é mais ridículo que brincar de #FORASARNEY no Twitter.

Você sabe, meu bom amigo leitor, que eu sou a favor da liberdade de escolha. Portanto, se fulano quer ser laranja, ainda que isso venha com um tumor de brinde, que seja laranja. O governo não proíbe o cigarro, né, e ele taí causando câncer. Mas assim.

Bronzeamento artificial, como o nome já diz, é é um processo artificial, que felizmente pode ser substituído pelo natural, que é vulgarmente conhecido como TOMAR SOL. Se você acha ridículo estender uma canga na sua LAJE e tomar sol, mais ridículo é pagar pra ficar uma hora dentro de um caixão quente que pode te dar câncer e ainda sair laranja de lá. Portanto, tome vergonha na cara, finja que você não tem dinheiro sobrando e pare de pagar por algo que pode ser adquirido de graça. Você compraria música digital? Não, né, porque pode baixar. É a mesma coisa. Com o ônus de que tomar sol não é ilegal.

Agora a outra parte bizarra, é demais pra minha cabeça: vá arrumar o que fazer em vez de ir pra rua PROTESTAR. Gente que faz bronzeamento artificial não PROTESTA, ok, isso é proibido por definição. PROTESTO é coisa de proletariado, minhas senhoras, e proletariado não precisa de bronzeamento porque geralmente já é bronzeado por natureza.

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Gosto muito do que diz VOLTAMOS À DITADURA, ali à esquerda. Voltamos sim, com a exceção que nesse mundo de ditadura você não estaria aí fazendo seu protesto e estaria tomando porrada de milico. E de outros militantes políticos, por protestar por uma coisa tão babaca.

Por isso, recolha seus cartazes almofadinhas, e use o tempo desperdiçado na rua tomando sol na sua piscina, substituindo a sessão de bronzeamento que a senhora não pode mais fazer. Impressionante essa classe média brasileira: o que causa indignação é proibição de bronzeamento artificial. Bem que dizem que se proibissem futebol aí sim o povo ia pra rua… tsc

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23.11

2009
11:40 pm

Uma carta para uma senhora desconhecida que me abordou na rua

Postado em Crônicas

Você talvez já conheça a história: no fundo, acho que fiz jornalismo pra poder ter uma desculpa pra conversar com qualquer pessoa. Ou seja - eu gosto de falar, né. Não é exatamente que eu não goste.

Mas se eu tô de fone de ouvido, minha senhora, provavelmente estou entretida no som que sai do fone. Então, em primeiro lugar, não comece a falar comigo como se eu estivesse escutando desde o início.

Em segundo, mesmo que a senhora tenha uma bengala, não adianta me perguntar se VAI DAR TEMPO DA SENHORA ATRAVESSAR A RUA. É muito mais eficaz e tradicional seguir os seguintes passos:

- Olhar o semáforo de pedestres, que naquele momento estava piscando em vermelho. Vermelho usualmente significa NÃO VÁ

- Olhar para os carros parados antes da faixa, que aceleram ferozmente. Isso provavelmente indica que a senhora não pode atravessar

- Olhar para sua bengala, que indica que sua velocidade está seriamente reduzida, e combinar isso com os dois outros fatores analisados anteriormente

- Não confiar sua VIDA a uma transeunte desconhecida de 21 anos, que nem ouviu o que a senhora dizia porque escutava o Nerdcast. Se eu dissesse que sim, dava tempo, a senhora ia se jogar na rua e ser feliz?

Me faça o favor.

Abraços,

-

O calor afetou meu cérebro, derreteu tudo e ando com preguiça de passar por aqui (e por qualquer lugar, na verdade). Mas ás vezes dá pra me encontrar no http://aprendendoskate.wordpress.com

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18.11

2009
1:45 am

Esse negócio de andar de avião

Postado em Crônicas

Pois é, amigo. O negócio é que eu, até a semana passada, nunca tinha passado pela feliz experiência de estar dentro de uma caixa metálica que voasse. Minha experiência anterior mais próxima de um vôo foi estar num balão, mas ele estava amarrado à terra, DE MODOS QUÊ não dá pra dizer que aquilo era voar, acho.

Considerava essa parada de voar um marco na minha vida, porque meu grande sonho - tipo, meu objetivo de vida - sempre foi, é ainda, viajar pelo mundo (ok, de quem não é, mas prossigamos). E eu, até os 21, não tinha sequer andado de avião.

Achei que teria medo, porque existe algo muito errado sobre aviões: eles não querem estar no alto. Uma caixa de metal pesando milhares de toneladas não quer estar suspensa. Você pode provar isso segurando-a no ar e soltando-a, pra ver se ela permanece lá em cima. Meu palpite é que a caixa não permanecerá, o que me diz que ela não quer ficar ali.

Mas na prática tudo acabou se mostrando bem menos aterrorizante. Eu adorei a sensação de voar em si, uma mistura de ‘estou a centenas de milhares de pés de altura’ com a felicidade que dá o pensamento ‘estou fazendo o trajeto que normalmente demoraria 8 horas em 1 hora’. Até aquela vibe esquisita da decolagem, em que o avião parece estar de lado, depois você se sente pesado e leve, eu achei legal. Só me deu medo na hora de pousar em Congonhas: a parada parecia que não ia freiar nunca, tava muito rápido, deu aquelas batidinhas no chão… mas no final foi tudo ok.

Gostei também da classe econômica, porque me parece a oportunidade que a classe média (e alta alta, nos vôos domésticos) tem de perceber o inferno que é pegar o 151 todo dia de manhã pra faculdade. O 151 é o micro-ônibus que vai até São Bernardo e cujos espaços entre os assentos e o corredor são certamente inspirados nos boeings da Gol.

As nuvens, vistas de cima, pareciam animação de computador. E eu percebi os diferentes tipos: aquelas que parecem algodão doce, as mais sólidas, as de chuva… sem contar poder observar a cidade de um jeito que eu só conhecia do Google Maps, ver o planejamento das ruas e essas coisas que parecem bobas, mas que pra uma deslumbrada como eu foi como ver o mar pela primeira vez.

Cheguei ontem e ainda to exausta, trabalhando direto. Postei mesmo só porque muita gente tem perguntado como foi andar de avião. Aconteceu muita coisa em Minas pra contar aqui, fora histórias do apagão, show do Gogol Bordello E MUITO MAIS, SÓ AQUI NO OLHÔMETRO, O BLOG DA FAMÍLIA BRASILEIRA! NÃO DEIXE DE CONFERIR!

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11.11

2009
7:58 pm

Curtindo um pão de queijo

Postado em Ovelhas desgarradas

A quem interessar possa, estarei de hoje (quarta) até segunda (16) trabalhando entre Belo Horizonte e São Sebastião das Águas Claras, vilarejo simpático e INTIMISTA próximo da capital conhecido como Macacos.

Estarei cobrindo o Vivo arte.mov pelo Link, no twitter @link_estadao e no blog, http://www.estadao.com.br/blog/link. Durante a semana, pretendo contar como foi meu primeiro vôo de avião e possíveis causos dessa terra em que o povo fala com o meu sotaque preferido. Enquanto isso, se algum leitor daqui se animar pra um pão de queijo, basta mandar e-mail.

O pão de queijo é só pra manter o estigma chato e irritar possíveis nativos, do mesmo jeito que eu me irrito quando me dizem que Santo André é interior ou A TERRA DAS MULTAS.

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