z 2007 October | Olhômetro

A melhor fantasia de Halloween EVER e Kate Nash

Via mypix.com.br:

Fantasia de Amy Winehouse

Tô quase atrasada, mas achei a melhor fantasia pro Dia das Bruxas que já foi inventada. Amy Winehouse, com direito à peruca monstruosa, tattoos de chiclete e maquiagem tosca. Pra ficar bem condizente com a data, é só fazer uma produção semelhante àquela do dia em que ela apanhou do marido. Clica na foto pra ler mais.


Kate Nash é bombada no UK, me disseram. Ouvi falar da moça por aí e resolvi dar crédito - alguém disse que era apadrinhada da Lily Allen e eu gosto muito da Lily Allen. Mas a Kate Nash é mais que a Lily Allen, é fantástica - tem uma pegada folk que a Lily jamais sonharia em ter, e uma sensibilidade maior pra captar essas coisas bestas do cotidiano e transformar em letras. Música pra mulherzinha, porquê eu to num momento fully mulherzinha. Ah, a voz da Kate tem algo de Regina Spektor. E embora algumas músicas tenham algo de eletrônica, tem até uma que me lembrou bastante Cat Power (Chama Dickhead, mas a letra NÃO é Cat Power, definitivamente). Aqui tem o vídeo de Foundations, uma das mais divertidinhas, e Birds pra baixar. Recomendo ouvir Birds com a letra, é uma daquelas canções que cantam histórias, sem refrão e tudo mais.

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October 31st, 2007 | Comente

Sobre o Tim Festival ‘07

Tenho muito pra falar, mas acho que vou reduzir só pra não dar mais publicidade gratuita pra esses filhos da puta.

Minhas impressões:

1. Não é mais all about music. Não sei se nunca tinha sido e eu não tinha notado, mas por um lado um festival desse é uma competição pra ver quem é mais cool, quem conhece mais lugares fora do país, quem ouviu a banda mais desconhecida do mundo. Ouvi pelo menos uns três falando mal do país… acho que me incomodou porque me identifiquei. “É, só no Brasil…”, eles falavam pra tudo: cartão de crédito no caixa demorava pra passar, show que demorava pra começar, pessoas com penas da Juliette na cabeça (eu inclusive). Uma pena, com o perdão do trocadilho.

2. Vou revisitar a discussão chata do ‘indie é pop’. O negócio é o seguinte: gostar do que tocou ontem é ser vítima da nova linha do entretenimento, que inclui o interativo, a internet, a convergência de mídia. Somos um público crescente e o Tim Festival soube atingir esse público. Não sei até quanto dura, though. Isso é tudo moda, né?

3. 1h30 de intervalo entre os shows não é uma coisa. viável. Não é nem considerável, concebível. Ficar 16 horas no anhembi nem no carnaval (muito menos, pra quem não percebeu a ironia).

4. Arctic Monkeys e The Killers são fantásticos ao vivo.

5. O mundo gira e para no mesmo lugar: eu acabei o show como o de 2005 (só que bem mais cansada), vendo show da rampinha que leva ao lugar reservado aos deficientes, sozinha e cantando baixinho as musicas que ouvi com entusiasmo por tres anos da minha vida. Já estive mais animada com um fone no ouvido ou numa pista de dança.

6. Um tocador portátil de música pode ser muito útil se vc tem que esperar 1h30 pra cada show. Diminui a raiva.

7. Vi alguns tipos legais de se ver por aí. Filmei um cara que tem uma técnica muito curiosa para cantar as musicas junto com as bandas, no show. Depois eu edito com o vídeo. Ah, vídeos dos shows, acho que não dá pra aproveitar nada.

Eu estaria melhor se não fosse a ressaca moral. E posso estar falando duzentas besteiras aqui, o que acho que estou, aliás, mas relevem. Estou e vou passar uma semana meio em alfa, num intermediário bizarro entre o estar acordada e o estar dormindo. Vamos ver como eu me saio.

PS.: Gael Garcia não foi pra pista. Pena.

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October 29th, 2007 | 6 Comentários

Black Holes and Revelations é trilha sonora para Cem Anos de Solidão

Eu tenho déficit de atenção e nunca fui muito boa pra me concentrar. Isso significa que qualquer assobio ou qualquer grupo de pessoas falantes é capaz de tirar o foco do que eu tô fazendo, seja lá o que for. Os livros bons costumavam ser imunes à essa distração permanente, mas depois de um tempo nem eles mais eram capazes de me manter muito tempo concentrada em alguma coisa. Ler com música, nem pensar.

Era o que eu achava. Depois que comecei a trabalhar longe, precisei buscar alternativas ao tempo ocioso e lento que eu passo dentro dos trens. Um mp3 player parecia o mais sensato, e mesmo que no começo a música fosse um exercício fantástico de trilha sonora, onde eu adaptava tudo o que via àquilo que estava ouvindo, com o tempo fui percebendo que podia usar o tempo livre pra voltar a ler como eu lia antes, até os 14 anos: muito, profundamente, compulsivamente.

Mas o falatório do trem me atrapalhava. Não conseguia entrar no livro, como sempre fazia. Enfiar um fone mudo no ouvido não ia adiantar nada, então comecei a ouvir música enquanto lia. No começo, o que pareceu uma luta contra algo que era natural em mim se tornou a mais incrível das descobertas. Os livros começaram a ter trilha sonora. Era só saber colocar o disco certo no trecho certo e voilà, a experiência de imersão no texto era triplicada.

Vou usar como exemplo o livro que estou terminando hoje, Cem Anos de Solidão, pelo qual estou absolutamente encantada - mas desse encantamento, especificamente, falo outro dia. Calhou de eu estar com os CDs do Interpol, Our Love to Admire, e do Muse, o Black Holes and Revelations, no mp3, quando comecei a ler o livro.

Os dois casam de maneira singular com o romance, especialmente o Black Holes. Lembra do duo Dark Side of the Moon/Alice no País das Maravilhas? Se o CD durasse o tempo de leitura do livro eu diria que a relação é a mesma. Take a Bow, a primeira do disco, climatiza com perfeição o começo do romance, a parte onde José Arcádio, o patriarca, funda Macondo, e dá também, por si só, o tom de fantasia, de angústia e das loucuras que permeiam todo o livro.

Starlight serve pras passagens à noite, e perdão pelo óbvio mas juro que quando pensei nisso não pensei de primeira na relação com o nome da música. Até Supermassive Blackhole, a mais Britney Spears do CD (quase Toxic) fica muito bem nas cenas de amor louco que acontecem na história inteira, o tempo todo. Soldier’s Poem é a temperatura de Macondo no verão, no fim de tarde, antes de tudo: antes dos Buendías procriarem como loucos, lá quando as coisas não tinham nome mesmo.

Exo-Politics e Assassin (minhas duas preferidas) são, respectivamente, a juventude e as guerras do Coronel Aureliano. E Invincible é a canção da velhice e das predições dele.

City of Delusion é Macondo, depois do massacre, 3.500 pessoas mortas carregadas num trem de vinte vagões sem ninguém se dar conta disso, Hoodoo são os 3 anos de chuva (3?), e Knights of Cydonia também carrega uma aura que permeia toda história, o fantástico e mítico, o heróico e o covarde, as guerras, as bravuras e todo o ódio e o amor. Sem falar nas borboletas de Maurício Babilônia, que com o Muse estão sempre lá, naqueles teclados meio siderais.

Juro que a intenção não foi tentar ser poeta - e o texto está até meio confuso -, mas só tentei expressar o sabor da experiência de encontrar um livro que se encaixe com perfeição a um disco. Black Holes And Revelations, pra mim é tão Cem Anos de Solidão, que não consigo ouvir sem me lembrar do Coronel Aureliano, de Úrsula e de Melquíades. E acho que vai ser pra sempre assim.

Me empolguei e esqueci de falar do Interpol. O densidade do excelente Our Love to Admire, as melodias arrastadas e os vocais anasalados também climatizam Macondo, de certa forma, no calor da sesta e nos dias que se arrastam, no tempo que trava dentro da sala que guarda as tranqueiras do cigano. Não faz um trabalho tão bom quanto o Muse, contudo.

Se alguém, por acaso, resolver experimentar - ler o livro acompanhado da trilha sonora - por favor, me avise se estou viajando. Pra mim tem feito todo o sentido. Não consigo mais ler Cem Anos sem o Muse no play. Paciência.

É difícil dizer que essa foi a intenção dos caras do Muse. Pelo clipe dá pra ver que eles são uns palhaços. Hhahahah.

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October 26th, 2007 | Comente

Everyone is gay

Essa parte da letra de All Apologies sempre me deixou curiosa. ‘Gay’ também significa ‘alegre’ em inglês - então não sei do que Kurt estava falando. Mas falo disso porque ontem a autora de Harry Potter, J.K. Rowling, revelou numa entrevista coletiva a crianças no Carnegie Hall, em NY, que Dumbledore é gay. O velhinho barbudo, quase o Merlin - o mais sábio, poderoso e super-foda personagem da série de J.K. é gay. Claro que não tem nenhum problema nisso, dãr - o que acho mais legal é ela revelar sem nenhuma cerimônia, mesmo depois do fim da série. Fora que é uma informação que não muda em nada o plot da história, ou seja: se ela disse, é porque era mesmo. Uh.

Eu, como boa nerd fã da série, francamente, não me surpreendi… a possibilidade já era cogitada pelos leitores (eu sei, leio fóruns), ainda mais depois do sétimo livro, no qual a gente fica sabendo que ele era muito, muito amigo dum cara loirinho e bonitinho do leste europeu. Quer dizer, além do fato do cara ter a Maggie Smith, a Madame Pomfrey e a mulher da biblioteca dando em cima dele DESCARADAMENTE durante todos os livros e ele não fazer nada.

Quer dizer (spoiler do livro 7 agora), o cara tinha uma irmã louca, um pai assassino, um irmão que molestava cabras, ele perde a mãe, o cara de quem ele gosta se torna um bruxo mau, ele tem que matá-lo e, no final, precisa morrer e escolhe que seja pelas mãos de um amigo. J.K. tem uma veia de tragédia e de humor negro.

Dumbie, sorry gata, mas eu já sabia. Se joga! (desculpem a piada, mas ele se joga mesmo - em o Enigma do Príncipe, Dumbledore morre quando cai da Torre de Astronomia)

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October 20th, 2007 | 4 Comentários

Across the Universe

DivulgaçãoUm filme que parece ser legal (e ainda sem data para chegar ao Brasil) é o Across the Universe. Apesar de não ter assistido, já estou apaixonada.

Foi esta foto de divulgação que me chamou a atenção, e aí fui atrás pra saber o que era. O filme conta a história de um casal (um britânico e uma americana) que se conhece nos anos 1960 em meio a protestos contra a guerra do Vietnã e a luta pela liberdade de expressão. O enredo se passa em escolas e universidade dos EUA, parte de Manhattan, Vietnã e em Liverpool. O detalhe é que tudo é costurado com mais de 30 músicas dos Beatles, que combinam certinho com a história. Até os nomes dos personagens (Jude, Lucy, Sr. Kite) são baseados em letras do grupo. A direção é de Julie Taymor, a mesma de Frida.

O musical mistura partes “normais”, em que os atores contracenam (dãr), e partes meio psicodélicas, que é quando entram as músicas dos garotos de Liverpool. Tudo com uma fotografia bem interessante.

No site dá pra ver também uns clips de algumas músicas do filme, bem legais.

Ah sim, caso você esteja se perguntando, sim, é esse o filme com o Bono!

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October 19th, 2007 | 3 Comentários

Terapia

Pra você que não tem perspectiva nenhuma pra este fim de semana, vai aí uma coisa legal pra se ficar olhando. Dá pra perder uma meia hora (até mais, se você for determinado). A minha chefe me passou esse site, pra você descobrir se usa mais o lado direito ou esquerdo do cérebro. Essa é a parte menos legal. A divertida mesmo é tentar fazer a dançarina girar pro outro lado. Mas, pra quem se interessa na parte do cérebro, tem também uma explicação e o que significa usar determinada parte do cérebro mais do que a outra (se a imagem estiver parada, recomendo um neurologista).

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October 19th, 2007 | 6 Comentários

Direto do forno

Hellow! Bom meus queridos, todo mês a revista inglesa Q manda a lista com os 50 melhores downloads do mês… eu dei uma olhada, baixei alguns e aqui vão as minhas recomendações (e eu vou incluir algumas do mês passado, porquê valem a pena!)

Beck - Time Bomb

Sonny J - Can’t Stop Moving

Paul Weller - Wild Wood (Portishead Remix)

Beirut - Cliquot (aquela clássica balada de piano que não pode faltar)

The Wombats - Moving To New York (embora eu também realmente recomende Let’s Dance To Joy Division)

Kanye West - Homecoming ft. Chris Martin (meu deus, eu sinceramente acredito que o Kanye é O MELHOR rapper da atualidade… e, bom, as parcerias mostram isso… Chris Martin, DAFT PUNK! haha, o cara manda bem MESMO!)

Kylie Minogue - 2 Hearts (sério, que música fofa… no começo parece só mais uma daquelas. Mas é boa, muito boa)

She Wants Revenge - True Romance (meu deus, eles PRECISAM VIR PRO BRASIL!)

Roisin Murphy - Overpowered (o novo single da ex-vocalista do Moloko, os donos do clássico hit Requiem for a Dream - e também donos do melhor nome de banda [só porque foram os primeiros a ter essa idéia, haha])

The Fratellis - Henrietta (deuses, essa banda é divertida demais!)

Coparck - A Good Year For The Robots (banda holandesa que canta em inglês. Clipe DEMAIS e a música é uma das melhores que eu ouço em tempos!)

Ghosts - The World Is Outside (viciante!)

E, pra fechar, a recomendação de um site REALMENTE bom, que segue a idéia do Pandora’s box (mas na minha opinião MUITO MUITO MUITO MELHOR), o Musicovery.

Nele você pode decidir por década, seu humor do dia, estilos musicais, hits ou não-hits. De acordo com essas informações, você vai ouvindo as músicas online (inteiras!) e é traçada uma espécie de rede, em que estão ligadas bandas ou músicas semelhantes a que você está ouvindo, bem legal MESMO!

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October 17th, 2007 | 1 Comentário

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