Mallu Magalhães, agora sim

Agora sim eu entendi.

Mal posso esperar pra vê-la ao vivo, um dia desses. No Myspace tem uma música tão bonita, Get to Denmark..

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February 25th, 2008 | 2 Comentários

Uma crônica sobre situações chatas de passar

Poucas coisas são mais constrangedoras nesse mundo do que as várias situações que envolvem encontrar na rua pessoas conhecidas ou quase conhecidas.

As possibilidades de constrangimento são inúmeras. Falo, hoje, de uma situação em especial: quando alguém te cutuca e você não se lembra da pessoa.

Ontem, porque a vida é uma caixinha de surpresas e isso nunca acontece, rolou um stress na estação de trem Tamanduateí. Enquanto eu corria de uma plataforma para a outra tentando pegar o trem centro, senti um toque (uh!) no meu ombro.

Me virei lentamente, e me deparei com a expressão sorridente e estranhamente familiar de uma menina que tinha mais ou menos a minha idade. Acontece que a familiaridade dela, na hora, me pareceu daquele tipo de ‘expressão que todo mundo acha familiar’. Sabe aquele fulano que, todo mundo que vê, diz que conhece de algum lugar? Então. Existem umas pessoas assim, de fisionomia familiar. Essa moça era uma delas. E eu sou boa de fisionomias… da dela, não me lembrava. Nada. Um tiquinho.

Na hora, desesperada com o sorriso de puro reconhecimento e contentamento da moça, minha mente entrou em parafuso. Tudo isso, gostaria de salientar, aconteceu em fração de segundos. O que você faria se alguém absolutamente desconhecido sorrisse para você de maneira simpática, claramente dizendo - ainda que sem pronunciar uma palavra - “olá minha grande amiga, é maravilho te reencontrar por acaso!”

Como ela não disse nada, só sorriu, eu tinha algumas opções. A primeira era dizer… “Oi?”, com um tom claro de dúvida, o que a faria dizer quem ela era. A segunda era corresponder alegremente e sorrir tanto quanto ela, mas essa nunca dá certo, a não ser nos filmes. A terceira… a terceira não existe, oficialmente, mas eu inventei ela na hora.

Eu disse, com toda segurança e auto-confiança adquirida em anos de terapia jungiana:

“Eu não te conheço.”

Não foi de maneira dura, ou ofensiva, contudo. Meus lábios até se curvavam num meio sorriso. Eu apenas afirmei, com toda a certeza, que nunca tinha visto aquela louca na minha frente.

Notei uma breve, mas quase imperceptível, mudança de expressão. Ela se virou para a amiga que a acompanhava e gargalhou. Voltou-se para mim, de novo, e disse: “você não é amiga do giu?”

E bem, aí fudeu tudo, porquê eu realmente sou, lembrei vagamente de onde a conhecia e a cena, que antes tinha TUDO ao meu favor, deu um rodopio. Pra caralho. Ela sorria, triunfante.

Gaguejando, eu disse que era, sim, amiga do Giu. A estranha começou a balbuciar coisas sobre outra amiga em comum nossa, eu fiquei sem graça e arrematei, claro, porque eu não consigo deixar de falar merda um segundo sequer da minha adorável vida: “ah, então eu te conheço. Quer dizer, eu não te conheço, porque não lembro de você, mas você me conhece…”

Antes que ela me estapeasse, perguntei seu nome - que, cazzo, não lembro, ou seja, foi só pra ganhar tempo -, e aquele silêncio palpável de tão denso se estabeleceu. Aí, antes que eu pudesse dizer tchau, ela foi mais rápida e rumou em direção ao lado oposto da plataforma. Sabiamente.

Moral da estória: da próxima vez, vou tentar ir só pelo “Oi?”, mesmo.

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February 21st, 2008 | 5 Comentários

MEME: Blogs show de bola

O Marcus, do Grande Abobóra, me indicou como um blog show de bola.

Significa que eu ganhei essa caneca:

Obrigada Marcus.

Também significa que agora eu devo indicar 5 blogs legais para propagarem o MEME por esse mundão véio sem porteira da internet. Seguem minhas sugestões:

#Cegos, Surdos e Loucos: o Eric é o grande comentador do Olhômetro e tem um humor finíssimo. No Cegos, Surdos e Loucos, ele fala de música, de cinema e de tudo que der na telha. É quase como aqui - mas ele é muito mais engraçado.

#Enzimas: a Dani, autora do blog, teve câncer de mama e narra toda a epopéia pela qual ela passou desde que foi diagnosticada com a doença, passando por todo o tratamento. A mulher faz piada da situação toda - até daqueles momentos onde você sabe que, tipo, se parar pra pensar, são absolutamente trágicos. É pra rir e chorar.

#Move That Jukebox! Pô, imagina um blog de notícias de música. Até aí, nada além do comum. Mas esse blog com notícias de música é diferente: eles tem uma seção chamada ‘downloads’. Nessa seção chamada ‘downloads’, você pode fazer, hum… downloads de, tipo DEZENAS, talvez CENTENAS de discos legais pra caramba. O catálogo é atualizado freqüentemente. Vale a visita se você tá procurando algo há tempos e não acha, ou pra completar alguma discografia.

#Nigel Goodman’s show: O homem é O Repórter Bêbado - o mito, a lenda. Não conhece? Entra lá. Mas não ouça no trabalho.

#FSP: Parceiro do Nigel, Ronaldo Rios é responsável pelas gargalhadas provocadas pelos textos do FSP. Destaque especialíssimo para o episódio dos dragões homossexuais.

Tomara que eles respondam… mas duvido que vão resistir à belíssima caneca que acabaram de ganhar.

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February 21st, 2008 | 5 Comentários

Wet’n'Wild (o 2º post da série Wild)

Hoje, não entendo essa fascinação que a gente tem por água quando é novo. Claro, tudo que envolve piscina e mar e estar imerso parece bem divertido, um lance Freudiano de estar de volta à placenta e tal. Divertido até os 15. Não sei porquê, mas hoje em dia não vejo muito princípio em ficar dentro d’água. Logo me encho e saio pra tomar sol na beira.

Legal era ir em parque aquático. Fui uma vez no Wet’n Wild, que fica perto do Hopi Hari, perto de Vinhedo - entre SP e Campinas. Tinha uns 12 anos, minha mãe foi junto, tomou inúmeros caldos e em uma das piscinas com ondas salvei-a. Pensando no princípio da coisa, dá pra formular duas opiniões sobre um parque aquático cheio de atrções:

- Verão, sol, praia, calor, corpos bronzeados, muita azaração, esportes radicais, corredeiras radicais, esportes radicais em corredeiras radicais;

- Gente quase nua compartilhando a mesma água. Muito.

Se você pensar que aproximadamente 94% das pessoas admitiram já terem feito xixi na água alguma vez em suas vidas, temos um problema sério em quando pensamos em ir a parques aquáticos.

É brincadeira. Inventei a estatística. É claro que, no fundo, a gente não liga muito pra isso - o que não mata, engorda, e é legal pra cacete ficar brincando naqueles tobogãs imeeeeeeeeeeeeeeensos e engolindo água pra caramba. O que eu mais gosto naquele parque é um brinquedo que parece uma descarga (tipo esse aí em cima): você desce por um tubão, cai numa bacia gigante e roda nela até ir cair na piscina. Suave.

E tipos, já que esse post te deu uma puuta vontade de dar mó mergulho, tá rolando uma promoção supimpa no site da Close-up, no Blog Eles 3. É só clicar aqui e se cadastrar. Aí, responde à pergunta:

“Por que meu verão ficaria mais refrescante com Close up e Wet’n Wild?”

(Já mencionei que eu odeio essas perguntas de promoções? Tipos, eu NUNCA sei o que responder. E as pessoas que ganham sempre respondem algo que eu poderia ter dito, mas não disse porque fiquei com vergonha de dizer algo tão estúpido.)

Enfim, responde à perguntinha lá na bagaça e a melhor resposta ganha tipo duas entradas pro parque, junto com o pessoal que escreve o blog, pra ir no dia 8 de março, com transporte saindo de SP incluso. Só não faça xixi na água, por favor.

BTW, já que eu sou do tipo meio viciada em promoções, é no Promoções na Internet que eu mantenho meu banco de dados de participações em promoções atualizado. Keeping track: Eu ganhei 00 promoções desde nov/07. Só que não desisto…

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February 21st, 2008 | 2 Comentários

Into The Wild (Na Natureza Selvagem)

into-the-wild.jpg

Em outros tempos, um filme cuja trilha sonora fosse composta inteira pelo Eddie Vedder seria visto por mim, tipo, antes da estréia. Digamos que as coisas mudaram: o dólar caiu, Fidel renunciou, Nostradamus errou e eu me contentei, por muito tempo, em só baixar o CD que o Eddie compôs pro filme do Sean Penn, Into The Wild.

Into The Wild, o CD, é tipo composto e tocado inteirinho pelo Eddie. Todos os intrumentos. É bonito, instrospectivo e totalmente igual a todas as músicas solo que o Eddie já fez. Ainda que muito semelhantes entre si, tanto na temática das letras, como na maneira como o instrumental conduz a música, elas normalmente valem a pena.

Tinha baixado alguns filmes para assistir no final de semana (Across the Universe era um deles, Juno era outro), mas como acabei quebrando meu computador e tive que dar outro jeito. Assim, baixei Into The Wild, recomendação insistente de duas pessoas cuja opinião eu levo muito em consideração. Assisti e tomei uns seis tapas na cara.

Pra mim, especialmente, o filme teve algum significado. É porquê eu sempre me questionei muito sobre os propósitos da vida que a gente é obrigado a levar, e até sofri muito com isso (e sofro, algumas vezes, é só olhar meus posts revoltados sobre trabalho). Chris McCandless é um jovem rico, bonito e inteligente, que aos 21 larga tudo rumo à grande aventura no Alaska, como ele chama. O storyboard é baseado no filme livro de Jon Krakauer, de mesmo nome, em que a estória de Chris foi contada pela primeira vez. McCandless percorre os EUA vivendo à própria sorte; às vezes, trabalhando por um pouco de grana, às vezes dormindo em albergues. Ele chega até o México, através do Golfo da Califórnia, e depois sobre de volta até o Alaska. Chris não avisou ninguém quando partiu, e acho que dá pra perceber que fez isso pra tornar as coisas (a despedida) mais fácil em todos os aspectos.

chris_mccandless.jpgA discussão principal do filme, acredito, gira em torno da coragem e da obstinação de Chris, que são admiráveis - mas, ao mesmo tempo, levam à sua ruína. Ou seja: será que vale à pena? O ser humano domesticado é capaz de viver Into The Wild? Legal notar, também, que a sociedade não permite que um indivíduo escolha viver fora das regras impostas por ela. Não existe escolha - você nasce dentro de um modelo social, se cria nele e não pode, em hipótese alguma, escolher viver de outro modo. Chris tentou, e acho que os méritos dele vêm daí.

Esse é um auto-retrato de Chris enquanto ele estava no Alaska. No filme, ele é interpretado pelo Emile Hirsch, aquele que fez ‘Show de Vizinha’, um menino duns 20 anos que promete ser, tipo, o próximo Heath Ledger. No bom sentido. E eu pretendo completar a trilogia: li o filme, ouvi o disco… e quero ler o livro.

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Eu tô apanhando do template. ‘Apanhando’ é generoso. Eu tô tomando um pau. Tenho vários plugins que não estão funcionando, as fotos tão com vários problemas… alguém aí tem experiência com a plataforma (wordpress.org) e pode se dispôr a dar um help? Se eu não conseguir arrumar nada, provavelmente vou ter que mudar completamente de layout…

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February 20th, 2008 | 1 Comentário

Top 5 - novo rock Brasil

Eu tinha um amigo que sempre me dizia que eu era paga pau de gringo, só porque sempre fui mais fã de música estrangeira.

A real é que eu não conhecia nada que me agradasse que fosse feito aqui. Felizmente, nos últimos tempos tenho ouvido muuuuito rock nacional, já que tem muita banda boa fazendo som de qualidade no underground.

Escolhi minhas cinco preferidas, mas acho legal deixar claro que, nessas horas, Myspace e Last.fm podem ser bem mais úteis: tem mais dezenas de boas bandas fazendo coisas válidas no circuito independente. É só ver como os festivais indie brasileiros tem bombado, ou mesmo a quantidade de bandas nacionais tocando em festivais gringos.

#5 - PÚBLICA

Ouvi falar muito, muito bem desses caras há muito tempo. Mas demorei pra ouvir alguma coisa. Lamentei meu atraso. É rock inglês-gaúcho com letras brasileiras. Meio melancólico, mas pra quem gosta do tipo de música é, sem dúvida, um prato cheio. Site da banda - Myspace - Last.fm (no Trama Virtual deles, dá pra baixar o CD Polaris inteiro.)

#4 - ECOS FALSOS

Os caras tem um humor fantástico e um pegada pra rock’n'roll que poucas bandas têm. Algumas letras são sombrias, outras são bem felizinhas, mas todas são bem divertidas, se você parar pra pensar. Destaque para a letra de “Eu só sou sentimental quando eu me fodo”. Tocam sempre no circuito Augusta - Bela Cintra, então é ficar atento pra quando tiver show dos caras. Site da banda - Myspace - Last.fm

#3 - LES TICS

Eles não têm vídeo nenhum no Youtube. Mas têm Myspace e Site Oficial, no qual é possível baixar na íntegra os dois álbuns do grupo. O Les Tics foi um puta achado - a banda é o underground do undergound, parece. Um grupo de amigos que se reuniu pra fazer som, e só - nada de shows, divulgação e coisas assim. Tem algo de folk - é rock’n'roll esperto e tranqüilo, sem distorções e com letras dessas que servem pra gente ouvir enquanto olha as pessoas na cidade. Uma das coisas mais subestimadas que já vi.

#2 - SUPERGUIDIS

Gosto do Superguidis sobretudo por causa da simplicidade das melodias e da habilidade fantástica de dizer coisas simples de maneira complicada e bonita nas letras. Alguns podem achar isso bem chato, mas eu juro que é extremamente divertido ver como as palavras se desenrolam para explicar de maneira mais bonita algo que ficaria bom com um ou dois termos. O sotaque gaúcho também é super bonitinho. Às vezes eu acho que lembra Capita Inicial - DE UM JEITO BOM. Site da banda - Myspace - Last.fm

#1 - VANGUART

São queridinhos do público e da crítica e de todo mundo, mas sério, é merecido. É a melancolia mais agradável e desejável que se pode ter em música. É folk, mas é um folk tão emo que cativa. Música em português, em espanhol e em inglês, porque o importante é passar a mensagem do jeito que soe melhor - e com eles, sempre soa. Site da banda - Myspace - Last.fm

Falando de novo da Mallu Magalhães, hoje li a Folhateen e duas coisas me chamaram a atenção. A primeira foram leitores indignados com o excesso de hype em cima de algo ‘comum’ (mais ou menos a minha opinião) e a segunda foi a coluna do Alvaro Pereira Júnior, que reproduz de maneira sucinta aquilo que eu penso. Resumidamente, ele disse: a moça tem talento, como milhares de jovens de 15 anos o tem, e ele tem que ser lapidado. E ele cita o trecho da letra da música da moça, “Vanguart”, justamente a mesmo que me chamou a atenção e uma das coisas que me fizeram ser um pouco menos arbitrária na minha opinião sobre ela:

“Ah, se eu fizesse alguma diferença
Se eu curasse uma doença
Com uma força genial”

Pois é.

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February 18th, 2008 | 15 Comentários
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