Como não se estressar com a saga dos ingressos para a Madonna
A técnica é simples e está sendo muito eficaz: basta não querer ir.
Como a Gabi, desde que os shows da Madonna no Brasil foram anunciados eu decidi que não iria. Não estava disposta a enfrentar o estresse de filas intermináveis, sites que não entram e call-centers que não funcionam. Gosto da Madonna o suficiente para ir ao show e me divertir, mas não o suficiente para enfrentar tantos problemas para assistir a esse show. Tô fora.
Por mais que a Tickets for Fun (o nome mais irônico na história de empresas de ingressos) tivesse insistido que esse seria um sistema inovador, óbvio que deu tudo errado. Aliás, houve sim uma inovação: nunca um sistema de venda de ingressos foi tão ineficiente. Inovou!
A única solução que traria resultados reais e daria uma chacoalhada na organização do show seria o boicote: se não deu para comprar, não compre. Mexe com o bolso para ver se não dá certo?
Claro que ninguém vai fazer isso (e também é claro que a Time4fun sabe que esse risco ela não corre). Logo, nos resta tentar viralizar o quão várzea é Time4fun, a produtora do evento, e o sistema incompetente que eles ‘montaram’ para vender os ingressos. Lembrem-se sempre que a Time4fun foi a responsável pelo caos e pelo exemplo de falta de organização no show da Madonna no Brasil.
Nem vou dormir essa noite de preocupação!
O Brasil segue dando shows de desorganização quando tenta trazer grandes shows de música. A Ilustrada no Pop sempre cobre esses problemas muito bem, e reproduzo o discurso de Thiago Ney num post de hoje: ver um show no Brasil exige muita paciência e acaba dando muito mais preocupação do que divertindo.
Os problemas são tantos: ingresso caro e difícil de adquirir, falta de estrutura, falta de organização no show, problemas no som, comida e bebida caras e de qualidade duvidosa, problemas no transporte (os shows sempre acabam depois da meia noite, quando já não passam mais ônibus e metrôs, e os estacionamentos sempre cobram fortunas). A grande preocupação não é mais fulano ou sicrano vir tocar aqui, mas sim enfrentar todos os obstáculos que se colocam entre você e o show em si. Lamentável.
O jeito é desencanar de tudo isso, guardar a grana dos ingressos a preços abusivos, parcelar um Home Theater e uma TV gigante e recorrer às vantagens da era digital. Compre centenas de DVDs e seja feliz no sofá da sua casa. Porque ver artista ao vivo, ultimamente, tá dando mais dor de cabeça do que alegria.
Olha só quanta gente concorda (e isso foi só com uma busca rápida pelos meus feeds):
Madonna no Brasil - Holiday ou Hard Candy, no Tudo está rodando
enquanto isso, em são paulo…, no Papel Pop
Provincianismo digital acaba com o sonho Madonna, na Flávia Durante
bjomesubdesenvolva X, no Quem mexeu no meu Ipod?
tickets for fun faz PALHAÇADA, no don’t touch my moleskine
Me dasapeguei, no Casa da Narcisa
Ofertas Submarino
Hard Candy Comprar R$ 29,50 | Pré-Venda: Madonna 50 anos : a Biografia do Maior Ídolo da Música Pop Comprar R$ 36,40 3X sem juros de R$ 12,13 no cartão | The Confessions Tour - CD + DVD Comprar R$ 44,90 | Madonna: The Confessions Tour Comprar R$ 29,90 |
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September 4th, 2008 at 4:48 pm
Ana,
eu tb j´pa tinha me resignado à idéia de não ir: começou por raiva dos preços, seguiu pela zona e febre pelos ingressos e terminou por protesto.
Mas daí, conseguiram comprar pra mim o ingresso e eu não tive q fazer nada…
Daí eu vou. mas, meu q perdi o tesão até…..
September 4th, 2008 at 6:52 pm
Tomei esta mesma atitude quando teve show do U2 em São Paulo. No final, acabei comprando o DVD e não indo ao show! Me diverti bastante na sala de casa. =)
September 5th, 2008 at 11:23 am
Assino embaixo! Decepção é pouco para expressar a contrariedade de não ir ao show.
September 5th, 2008 at 4:59 pm
Gosto da Madonna, mas não o suficiente para me importar.
Só surtarei quando tiver show dos Chili Peppers ou do Foo Fighters.
Fora isso, normalmente tô pouco me fodendo.
September 11th, 2008 at 3:24 am
[...] Quem foi ao festival em SP no ano passado sabe do que eu estou falando. O último show acabou às seis da manhã de uma segunda-feira. Para quem tinha chegado cedo ao Anhembi (eu), foi estressante agüentar mais de dez horas em pé, sem comida decente por um preço decente (os hot dogs custavam tipo uns 8 reais), sem bebida (a água acabou a certa altura), com som ruim e atrasos de mais de uma hora entre um show e outro. Diversão virou dor de cabeça. [...]