Cem maravilhosos reais…

Como eu sei que tenho um público altamente diferenciado, composto por muita gente que nunca ouviu falar de André Dahmer (sério), lhe apresento o humor mais peculiar das tirinhas internéticas brasileiras (só para quem não conhece, né): http://www.malvados.com.br

Essa é a nova série de tiras descortina a vida do fabuloso SURFHYPE, o maior blogueiro de Sampa (as mesmas pessoas que falam ’sampa’ são aquelas que dizem ‘um beijo no seu coração’ e completam o refrão de Que País é Esse? com ‘é a porra do Brasil’)

Mas já aviso: sendo blogueiro ou não, é preciso saber rir de si mesmo para gostar d’Os Malvados. Tem gente que se ofende…

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Tenho optado, ultimamente, por alguns posts curtos com vídeos e outras coisas (como essa tira). Eles não substituirão os posts à moda da casa, mas são um acréscimo, para que eu possa atualizar com mais freqüência com coisas que vejo por aí e acho legal, mas sobre as quais não tenho tempo de escrever. O que você acha? Comenta aí.

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November 30th, 2008 | Comente

Dá para ajudar Santa Catarina de um monte de jeitos


Essa semana, mandei um e-mail para os meus contatos próximos (e twittei, também) a possibilidade de doar dinheiro para as contas da Defesa Civil em Santa Catarina assim que ela surgiu. Não costumo fazer esse tipo de coisa porque acho que cada um sabe de si no quesito ‘vamos ser solidários’, mas a situação por lá tá crítica demais, e por isso resolvi divulgar por aqui.

Existem várias maneiras de doar. Há postos da PM em toda Grande SP recolhendo doações de água e cobertores. Além disso, a Hering em São Paulo está recolhendo doações de roupas, alimentos não perecíveis e remédios. O endereço:

Rua do Rócio, 430, 3º andar
cep 04552-000
Vila Olímpia - SP

Para quem preferir depositar em dinheiro, essas são as contas da Defesa Civil de SC:

Banco do Brasil (BB)
Agência 3582-3
Conta Corrente 80.000-7

Banco do Estado de Santa Catarina (Besc)
Agência 068-0
Conta Corrente 80.000-0

O depósito deve ser creditado ao Fundo Estadual de Defesa Civil-Doações. O CNPJ da Defesa Civil é 04.426.883/0001-57

Para terminar, o Buscapé fez um site para quem achar mais fácil doar por boleto bancário ou cartão de crédito (meu caso).

http://www.pagamentodigital.com.br/ajudesantacatarina/

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November 28th, 2008 | 1 Comentário

Criança, a alma do negócio

Mais um da série ‘fim do mundo’, bem assustador.

Vi no Descolex.

É apenas o trailer do documentário, mas já dá arrepios.

Protejam seus filhos, sobrinhos, priminhos ou o que seja. Para isso, basta quebrar as TVs e videogames, além de destruir o modem que permite que ele acesse a internet, tirá-lo do convívio social com os amiguinhos da escola e isolá-lo completamente do mundo moderno. Se ele sobreviver vai precisar de terapia, mas as chances que se aliene desde cedo são menores. Boa sorte!

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November 28th, 2008 | 2 Comentários

Calendário com fotos de padres bonitões é lançado em Roma

Eu sou uma espécie de mendigo barbudo locão hollywoodiano, que sempre aparece nos filmes para anunciar o fim do mundo. Mas em vez de plaquinhas, eu uso meu blog. Então, sempre que eu escrever um post que na minha opinião é mais uma prova de que estamos chegando à derrocada desse mundo muito doido, vou usar a ilustração acima.

Bom. É que aconteceu uma outra coisa que para mim denota a aproximação do fim do mundo como conhecemos (and I feel fine).

Gostaria de esclarecer, neste momento, que quando me refiro ao tal ‘fim do mundo’ (o que não é incomum nesse blog), falo de uma crença minha (mais um feeling, na verdade) de que se aproxima o fim dessa era de absurdos e abusos incontáveis. Não é o fim físico do mundo, com fogo e destruição.

Como em outras vezes, vou deixar a manchete do Ego dar o tom. Só que essa é meio chocante e parece fake, então já mando o link antes.

Quis reforçar.

A Igreja lançou um calendário com padres supostamente bonitos, embora eu esteja certa de que esse da direita não passa de um ator pornô de bata.

EDITADO: isso que dá confiar no EGO. O calendário não é oficial do Vaticano, embora a instituição não se oponha - até porque se esse fosse o caso, não permitiria que seus padres fotografassem para a parada. Creio que seja o tipo de coisa que a Igreja permite hipocritamente, porque é publicidade, mas não teria coragem de fazer ela mesma. Ou seja, pela ‘permissão’, ou ‘não-oposição’, a piada continua. Agradeço às informações do comentário do Vinicius, que me permitiram Googlar e descobrir que eu falei merda. Vivendo e aprendendo. Aliás, segue link do Pedro Dória que comenta o ‘boato’.

A melhor parte é que o Vaticano diz que o objetivo do calendário é LEVAR INFORMAÇÃO SOBRE A SANTA SÉ. Claro que um calendário cheio de DATAS e FOTOS é um meio ultra eficaz de informação. Aliás, não dá pra entender como os grandes jornais ainda não adotaram esse formato inovador e vanguardista de levar informação ao leitor - calendários com fotos de homens e mulheres bonitos que não têm objetivo de ‘instigar desejos pecaminosos’.

Engraçado que padre véio e feio não tem vez no calendário. Será que eles não passam informação tão bem? Pobres homens de deus.

A igreja está assustada com a onda da ‘fé evangélica’ a ponto de tentar atrair fiéis, mulheres, com um apelo baixo desse? Porque se for isso mesmo, já podemos esperar o Padre Marcelo na Revista G de fevereiro.

Amém!

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November 28th, 2008 | 12 Comentários

Eu quero é sossego

Uma vez, a minha tia disse que ia me ensinar um truque para fazer o tempo passar mais devagar ou mais rápido. Eu tinha que me concentrar, estender as mãos (uma de frente para a outra) e imaginar que o tempo estava entre as duas palmas. Daí, quando eu sentisse o tempo ali (é, a idéia é que eventualmente eu sentiria o tempo, seja lá o que isso signifique), eu deveria aproximar ou afastar as mãos para comprimir ou expandir o tempo.

Nunca deu certo (você está me imaginando tentando isso?), então tive que pensar em outras técnicas para conseguir tempo livre. Afinal, eu durmo oito horas por noite (por necessidade), trabalho mais oito, passo três dentro do trem… sobram cinco. Meia hora para tomar banho (acredite se quiser!), três horas e meia na faculdade, daí sobra uma hora. Pra viver, assim.

Se eu, aos 20 anos, tenho só uma hora de tempo livre por dia para estudar, me divertir, ver minha família, meus amigos… o que será de mim aos 40?

Mesmo considerando a anulação do horário de estudo, me sobrariam aí apenas 4 horas e meia por dia para fazer todas as coisas que dizem respeito a mim e a minha vida, incluindo lazer, hobbies, viajar, ter amigos e família, descansar, ler e todas essas coisas bestas, que acabaram se tornando supérfluas na vida moderna, mas que são elas mesmas a vida. A gente só se esqueceu que viver é isso, acho.

E foi daí que eu conclui que tem algo errado na maneira como a gente leva a vida.

Todo mundo brada aos sete ventos que o trabalho dignifica o homem e eu não estou contestando a capacidade ‘edificadora’ de caráter que o trabalho pode ter. Mas nós não fomos feitos para trabalhar tanto, por tanto tempo. Há uma vida para ser vivida fora do trabalho. E não é justo ter que trabalhar 35 anos para então se aposentar com qualidade de vida péssima e não ter saúde nem disposição nem todas as outras coisas para viver a vida que você não pode viver aos 20, porque estava trabalhando.

Por isso que eu odeio quando digo que estou trabalhando demais e algum retruca ‘ah, que bom, ruim é se não tivesse trabalhando, né?’. Ruim o cacete. Quem é que gosta de trabalhar? Ou melhor, quem é que, entre trabalhar e viajar, escolheria trabalhar?

Claro que você pode minimizar os danos da labuta escolhendo fazer algo que gosta, mas ainda assim em 90% das vezes você estará sendo submetido a milhares de outras regras e obrigações, ainda que faça o que você gosta. OK, eu faço o que eu gosto, mas preferiria fazer por duas horas do dia, e não por oito.

Natural que o conceito de trabalho tenha sido subvertido. Se antes ele era o meio pelo qual o ser humano descolava o que precisava para sobreviver, para ele e para a tribo - nada além disso - hoje é ferramenta de aquisição de lucros, lucros, lucros. E como lucro nunca é demais, trabalho também não é.

Estamos tão imersos na cultura ao deus-trabalho que a mera contestação dessa imersão é vista com maus olhos. Mas qual o real problema em querer trabalhar menos? Por que isso é tão horrível, denota tanta fraqueza e falta de caráter?

Uma vez, eu li um artigo de uma pesquisadora que dizia que a economia mundial não seria afetada caso a carga horária média do trabalhador fosse reduzida para pouco mais da metade do que é hoje. Óbvio que não encontrei a tese de novo para linkar aqui: ELES devem ter providenciado o sumiço absoluto desse material para todo o sempre. Pode ser perigoso deixar manuscritos altamente subversivos a solta por aí.

No Manifesto Contra o Trabalho (texto cuja leitura eu recomendo fortemente), de um grupo alemão chamado Krisis, a citação final é uma frase que sintetiza aquilo no que o trabalho se tornou:

“Nossa vida é o assassinato pelo trabalho, durante sessenta anos ficamos enforcados e estrebuchando na corda, mas não a cortamos.” (Georg Büchner – A Morte de Danton, 1835).

Não entendo nada sobre o sentido da vida. Não sei por que estamos aqui. Mas sei porque não estamos: para trabalhar mais do que viver.

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November 27th, 2008 | 9 Comentários

On the road again - piratas e rapel em Bariloche

Nunca comentei aqui, mas nenhum dos meus planos para o futuro (próximo, leia-se) envolver qualquer coisa no Brasil. Desde pequena eu soube que meu lugar não era aqui (ok, isso eu já disse), mas aos 17 mais ou menos decidi que viajaria o mundo em um mochilão depois que terminasse a faculdade, sem destino certo ou tempo de viagem pré-determinado.

Não é bem um ‘plano’, acho que usei a palavra errada. É simplesmente uma certeza. É algo que eu quero há tanto tempo que eu sei que minha vida vai acabar convergendo para isso, cedo ou tarde.

Por esse motivo, sou fascinada por relatos e registros de viagens por lugares legais, diferentes do circuito turístico ‘padrão’, que envolve conhecer museus, galerias de arte e pontos históricos. Não que não seja legal fazer ‘turismo’, mas meu objetivo sempre teve mais a ver com conhecer a sociedade e a natureza dos lugares que eu quero visitar.

É por isso que vou divulgar por aqui, durante os próximos meses (até fevereiro), duas vezes por semana, o projeto da Chevrolet/GM e da NatGeo que se chama On The Road Again. No programa, 6 blogueiros da América Latina viajam em 6 carros para destinos turísticos de seus países acompanhados por uma equipe do NatGeo. Nesses lugares, os vídeos (que estão sendo publicados no canal oficial), as fotos e os relatos do grupo acabam compondo uma espécie de reality show, mas que é divulgado por ferramentas de mídias sociais.

O cara da vez é um argentino chamado Fabio, o responsável por esse blog aqui: http://www.fabio.com.ar/
(Atentem para o fato de que o cara, como um bom argentino, tem um blog com o nome dele). O Fabio foi para Bariloche nesse mês e está passando por coisas que a gente gostaria de passar numa viagem radical, tipo tirolesa, caiaques, rapel e essas coisas <malhação>iradas</malhação>. É toda a diversão de Brotas, mas é claro, com neve, o glamour argentino e um Jack Sparrow dos trópicos (sim, ele encontrou um pirata!?!):

Precisa manjar um pouco de espanhol (mas quem não lê espanhol?), mas aqui o Fabio relata um pouco do que acontece por lá.

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November 26th, 2008 | 3 Comentários

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