Não sei o que acontece, mas eu tenho essa fascinação por história. Não é incomum que eu fique imaginando o que poderia ter acontecido nos séculos anteriores em todos os lugares diferentes que eu passo. Fico olhando em volta, buscando referências na decoração, perguntando pras pessoas em volta.
Acabo parecendo uma doida, mas é que eu me interesso muito por essas coisas. Quer ver? Ano passado, usei o FutureMe para enaviar um e-mail para eu mesma no futuro. Vou recebê-lo aparentemente no ano que vem.
Daí você diz ‘puta merda, que coisa inútil’. Cara, não é inútil! Na minha idade (e eu espero que para sempre), a gente muda muito o tempo todo. Pensa de um jeito hoje, amanhã já pensa de outro. E é tão rápido que algumas coisas são imperceptíveis. O blog é um jeito de manter um registro cronológico de como eu sou para comparar com as mudanças no futuro; esse e-mail aí é outro, mais divertido, porque eu fiz inclusive umas projeções baseadas nos meus planos para o futuro.
Uma vez, no Beakman ou no X-Tudo (se você nasceu nos anos 80 sabe o que são), eu aprendi a fazer uma cápsula do tempo. O nome parece mais legal do que realmente é, mas na verdade a tal cápsula é um invólucro que pode ser feito em casa com materiais que retardam sua deterioração. A idéia é colocar dentro uma carta para os humanos do futuro, coisas pessoais e tal, para que os arqueólogos do ano 3000 possam anunciar numa revista científica que fizeram uma descoberta incrível sobre um ser primitivo.
Pode-se argumentar que a Terra não estará viva para contar história no ano 3000, mas certamente estará; a Terra, em si, tem um poder de adaptação incrível. Nós é que provavelmente não estaremos, mas esse é exatamente o princípio da cápsula, não é?
No vídeo acima, o blogueiro da semana do On the road again, Andres Santos, não usou alumínio (como eu vi no Beakman ou X-Tudo) em sua cápsula do tempo, mas enterrou várias coisas usando um Tupperware simples.
É uma escolha até que prática, já que o plástico demora muito tempo para se decompôr. Mas é frágil, pois o pote derreteria em contato com altas temperaturas e, sem lacre contra água, seria inundado no caso de uma enchente; além disso, caso a cápsula venha a ser desenterrada e entre em contato com a luz do sol, como é transpartente, os itens dentro dela poderão estragar. Por fim, o cara escondeu um CD-R em uma dos potinhos. E a vida útil de um CD-R é bem curta, muito dependente das condições de armazenamento.
Por causa desses descuidos, andei pesquisando a melhor maneira de fazer uma ‘cápsula do tempo’ e guardar coisas legais para os arqueólogos do futuro reduzindo as chances de que elas se percam no caminho. Vi as dicas aqui e aqui:
- Se for enterrar a cápsula (outra alternativa é escondê-la dentro de um buraco na parede, por exemplo), o ideal é usar um invólucro mais resistente. No improviso, uma lata grande de achocolatado em pó (desde que a tampa e o pote sejam feitos de aço/alumínio) deve servir.
- Sobre o que aguardar lá dentro, acho que é pessoal, né? Eu colocaria pelo menos o jornal do dia e coisas que caracterizassem nossa sociedade (DINHEIRO?). Coisas peculiares, tipo um abridor de latas e um controle remoto. Apenas evite coisas que possam se deteriorar em condições extremas, como borracha e coisas assim.
- Sele a tampa usando epox de qualidade.
Esse pdf, que infelizmente é em inglês, é um documento muito detalhado sobre como fazer com que sua cápsula do tempo realmente dure para as gerações futuras. Para baixá-lo / visualizá-lo, clique aqui.
Só não dá pra entender quem faz cápsula do tempo pra abrir, tempos depois, com a família. É muito trabalhoso; mais fácil usar o FutureMe, mesmo.
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Lembra que eu expliquei aqui que estou divulgando uma ação da Chrevolet numa série de posts patrocinados que vai até fevereiro?
Óbvio que você já deve ter notado, afinal eles aparecem em média duas vezes por semana por aqui. Mas é o caso de avisar caso haja algum leitor novo…
Sergio Cotis says:
Através de um link fui parar num texto seu sobre o Obama.
Vc só pode ser mesmo débil mental, preconceituosa, metida a socióloga, reacionaria e retardada.
Andreia says:
E você definitivamente não é nada educado…argh!
David says:
Quanta grosseria! Para citar o texto que Albert Einstein colocou nas cápsulas do tempo de Westinghouse (enterradas no Flushing-Meadows Park):
“The intelligence and character of the masses are incomparably lower than the intelligence and character of the few who produce some thing valuable for the community. I trust that posterity will read these statements with a feeling of proud and justified superiority.”
“A inteligência e caráter das massas é incomparavelmente menor que a inteligência e caráter dos poucos que produzem algo valioso para a comunidade. Eu confio que a posteridade irá ler estas afirmações com um sentimento de orgulho e superioridade justificada.”
Pois é! Parece que seu blog também servirá para mostrar como as pessoas do nosso tempo eram estúpidas, grosseiras e rasas…