Pois é, amigo. O negócio é que eu, até a semana passada, nunca tinha passado pela feliz experiência de estar dentro de uma caixa metálica que voasse. Minha experiência anterior mais próxima de um vôo foi estar num balão, mas ele estava amarrado à terra, DE MODOS QUÊ não dá pra dizer que aquilo era voar, acho.
Considerava essa parada de voar um marco na minha vida, porque meu grande sonho - tipo, meu objetivo de vida - sempre foi, é ainda, viajar pelo mundo (ok, de quem não é, mas prossigamos). E eu, até os 21, não tinha sequer andado de avião.
Achei que teria medo, porque existe algo muito errado sobre aviões: eles não querem estar no alto. Uma caixa de metal pesando milhares de toneladas não quer estar suspensa. Você pode provar isso segurando-a no ar e soltando-a, pra ver se ela permanece lá em cima. Meu palpite é que a caixa não permanecerá, o que me diz que ela não quer ficar ali.
Mas na prática tudo acabou se mostrando bem menos aterrorizante. Eu adorei a sensação de voar em si, uma mistura de ‘estou a centenas de milhares de pés de altura’ com a felicidade que dá o pensamento ‘estou fazendo o trajeto que normalmente demoraria 8 horas em 1 hora’. Até aquela vibe esquisita da decolagem, em que o avião parece estar de lado, depois você se sente pesado e leve, eu achei legal. Só me deu medo na hora de pousar em Congonhas: a parada parecia que não ia freiar nunca, tava muito rápido, deu aquelas batidinhas no chão… mas no final foi tudo ok.
Gostei também da classe econômica, porque me parece a oportunidade que a classe média (e alta alta, nos vôos domésticos) tem de perceber o inferno que é pegar o 151 todo dia de manhã pra faculdade. O 151 é o micro-ônibus que vai até São Bernardo e cujos espaços entre os assentos e o corredor são certamente inspirados nos boeings da Gol.
As nuvens, vistas de cima, pareciam animação de computador. E eu percebi os diferentes tipos: aquelas que parecem algodão doce, as mais sólidas, as de chuva… sem contar poder observar a cidade de um jeito que eu só conhecia do Google Maps, ver o planejamento das ruas e essas coisas que parecem bobas, mas que pra uma deslumbrada como eu foi como ver o mar pela primeira vez.
Cheguei ontem e ainda to exausta, trabalhando direto. Postei mesmo só porque muita gente tem perguntado como foi andar de avião. Aconteceu muita coisa em Minas pra contar aqui, fora histórias do apagão, show do Gogol Bordello E MUITO MAIS, SÓ AQUI NO OLHÔMETRO, O BLOG DA FAMÍLIA BRASILEIRA! NÃO DEIXE DE CONFERIR!
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Tags: avião
Ana Freitas Reply:
November 18th, 2009 at 12:51 pm
Não, eu vi eles em SP na noite anterior à viagem…
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luiz Reply:
December 8th, 2009 at 2:35 pm
nossa, tive a mesma dúvida, puts… mesmo em sp era um show que valeria a viagem. porra, não fiquei sabendo…
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