S’eu pudesse’u processava mil!

É claro que todos vocês conhecem Jeremias José, o homem, o mito, a lenda. Não sei como ninguém nunca pensou em fazer um Jeremias José Facts. O homem virou um ídolo para aqueles fãs da bebedeira na sexta a noite. Seus bordões são entoados de maneira entusiástica por milhares de jovens e adultos nas mesas de bares. “U cão foi quem butô pa nóis bebê” é praticamente um grito de guerra libertário das opressões do A.A.

Mas ele não deixou quieto, não. Jeremias José, ao lado de suas advogadas Edicreize da Cruz Santos e Teresinha Mendes Santana, abriu um processo contra todos que se aproveitaram de seu momento de porre para benefício próprio ou o ridicularizaram. Entram aí o Google, o UOL, o Terra, o IG e o SBT.

Além disso, tem também outros nomes de pessoas físicas e jurídicas, incluindo o fantástico site Camiseteria, só por causa dessa camiseta aqui.

Agora, imaginem vocês se a moda pega: vai ter processo a dar com pau de figuras como o velhinho que comeu e não pagou, do Leonaldo Gomes (pai do Jeremias), da menina pastora

É claro que isso é, obviamente, uma grande palhaçada de advogados oportunistas. Vamos ver no que vai dar, se é que vai dar em alguma coisa. Não conheço nada de direito pra dizer se alguém infringiu alguma lei. Exceto, é claro, o Jeremias muito louco, que foi multado por dirigir sem documentação e estar com o documento do carro vencido. Atentem para o fato de que ele não foi punido por dirigir muito doido.

E já que recordar é viver:

Editado: A @flaviadurante colocou no Twitter os detalhes do processo.

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December 19th, 2007 | 4 Comentários

Let’s get pregnant!

E essas são as grávidas da semana:

Jayden e Sean (são esses os nomes? finalmente decorei!) ganharão um priminho (ou priminha). A irmã da Britney, Jamie Lynn Spears, achou que seria legal dar mais uma alegria a essa família que só tem notícia boa a cada dia que passa e está grávida de um rapaz que conheceu na igreja. Menos mal, né? Ah, em tempo: ela tem 16 aninhos.

Eu adoro a Lily (íntima!), apesar de ter me referido à ela no post embaixo como “inglesinha que usa vestido e sabe falar palavrão”. Bom, depois da notícia que dizia que ela estava prestes a ter um ataque do coração se não perdesse peso, e da capa da QG onde ela saiu super sexy e sensual e tal, vem a boomba: ela tá grávida! Sim! É do Ed Simons, do Chemical Brothers. E, bem, ela diz que está muito feliz. Que bom. Disse também que a gravidez não vai interferir no lançamento do segundo disco. Que bom, também.

Agora, as ex-grávidas da semana.

Nasceu o filho da Danielle Winits com aquele cara que eu esqueci o nome. Nada de foto da Danielle Winits nesse blog. Só farei isso quando for absolutamente necessário.

Uma curiosidade: Em italiano, se você for bem formal (e antigo, parece), você diz que uma mulher grávida está, hum, interessante.

 

 

 

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December 19th, 2007 | 2 Comentários

O que está acontecendo comigo?

O primeiro CD que eu ganhei na vida (depois do da Eliana) foi Ten, do Pearl Jam. Eu tinhs 10 anos. A partir daí, seguiu-se uma bela estória de amor e ódio pela maior banda do mundo, que teve seu ápice num singelo pandeiro recebido (por mim) num show da banda em 2005, e depois entrou em decadência. Mas outro dia eu conto essa.

Junto com meu gosto pelo Pearl Jam, vieram Nirvana, Soundgarden, Chris Cornell, Screaming Trees. O Grunge, mas eu nunca gostei de chamá-lo assim. Mesmo quando eu usava camisa de flanela no calor dos trópicos, aos 13 anos. Eu sempre odiei esses rótulos.

Desde que comecei a freqüentar grandes shows, soube que era aquilo que eu queria pra mim. Assumi que meu grande objetivo de vida seria ir ao maior número de shows legais possíveis. Que esses eventos seriam a prioridade de minha mesada. Enquanto as banda snão vinham colecionava VCDs (e posteriormente DVDs) dos grupos que eu gostava e ficava assistindo. Cheguei até a elaborar uma lista mental de bandas-must-go. Shows que eu não poderia perder, nem que vendesse os CDs daquela banda pra ir.

Na época, a lista incluía Pearl Jam, Foo Fighters, qualquer banda com o Chris Cornell, o Queens of the Stone Age e qualquer banda que envolvesse os dois.

Anos depois eu comecei a ouvir música de viadinho e a lista aumentou consideravelmente. As prioridades se modificaram. Fora que o maior sonho da minha adolescência, ver um show do Pearl Jam, foi realizado. Três vezes.

Mas, neste ano, eu não honrei com o meu compromisso mental. Eu não tinha dinheiro? Pode ser que não tivesse, mas pra ser franca, um pouco de economia (plus uma ligação pra vovó) daria conta. Eu não fui fiel àqueles responsáveis por darem forma e conteúdo ao meu gosto musical e cultural. Eu fui infiel e mereço ser punida por isso - embora o arrependimento já seja um castigo suficientemente amargo.

Troquei um monte de gente pelo Planeta Terra (só com nomes novos e coisas que não me marcaram) e pelo Tim Festival (uma bosta). Troquei LCD Soundsystem, Incubus, Eagles of Death Metal e Chris Cornell por meia dúzia de macacos ingleses, meia dúzia de falsos ingleses de Las Vegas, mais uma menininha que canta de vestido e sabe falar palavrão. Chris Cornell, cara.

Eu posso me perdoar… posso me perdoar pelo LCD, que acho que vou ter chance de ver de novo, pelo Incubus, que nem é grande coisa embora eu goste, pelo Eagles of Death Metal. Mas pelo Chris Cornell, eu sempre vou me culpar por ter perdido o show do Chris Cornell.

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December 19th, 2007 | 2 Comentários

A piadista

Não sei vocês, mas para mim tem se tornado cada vez mais clara a importância das piadas no nosso dia-a-dia. Não falo de piadas-estorinhas, daquelas que a gente lê no Humortadela e conta pro amigo (de loira, de português, essas coisas). Falo das piadas do cotidiano. Aquelas coisas não tão óbvias mas engraçadas que acontecem o tempo todo em todo lugar, que fazem a nossa vida mais divertida e para as quais o único requisito é um olhar e um ouvido bem treinados.

O meu problema, e é bem particular, é que meu humor é peculiar e um pouco extremo. Eu sou a favor da piada acima de tudo, de rir de si mesma. Sou contra humor depreciativo (apesar de gostar do Pânico…), mas de resto, acho que tudo vale, porque rir com os outros é muito bom.

Ok, daí parece que eu empurro velhinhas no vão entre o trem e a plataforma pra rir da cara delas. Não é o caso, vejam bem. Eu apenas apóio a máxima de rir de si mesmo (e, a partir daí, rir dos outros). Não no sentido “sem orgulho-próprio” da coisa, no sentido auto-crítico, divertido. Não foram poucas as vezes em que boas risadas me salvaram de um dia péssimo ou de uma TPM brava.

Pois bem. Além de tudo isso, eu tenho um problema que não consigo identificar, ainda, se é vantajoso ou não. As pessoas riem naturalmente de mim, sem que eu fale coisas necessariamente engraçadas. Na sala de aula acontece o tempo todo - e eu, que era muito de falar, às vezes fico meio acanhada (alguns vão contestar, mas juro que falo sério). Já fui vítima do fenômeno em dinâmicas de grupo para empregos, também. Eventualmente, eu consigo identificar o termo ou expressão facil que originou as risadas. Na maioria das vezes, entretanto, eu acho que é franco exagero.

Ok, legal. Ou eu sou engraçada pra cacete ou tenho cara de idiota. Não tem problema, eu não quero descobrir qual das duas é a certa e tudo bem. Acontece que as consequências desse problema são diversas:

1 - As pessoas riem quando falo alguma coisa séria, e a certa altura (mesmo depois de muita convivência), chegam a me perguntar se estou brincando ou não quando falo alguma coisa que gere dúvida;

2 - Eu acabo me achando muito engraçada, algumas vezes, e isso pode acarretar certos constrangimentos, já que minha principal arma para me entrosar em grupos novos são as piadinhas eventuais, e estudos (meus) comprovam que as pessoas riem muito mais de você se elas já te conhecem. Do contrário, você parece… uma estúpida tentando se entrosar com piadas.

3 - Acontece menos hoje em dia, mas eventualmente eu faço piada com o que não devo. Novamente, friso que sou uma pessoa repleta de conceitos de noções (nada de piadas sobre doenças e incapacidades físicas, por favor), mas é que como eu levo as coisas mais na brincadeira do que os outros, sem querer acabo perdendo noção do que pode ofender os terceiros.
As vantagens é que estou quase sempre de muito bom-humor e sempre muito sorridente, o que me faz parecer super-simpática. Eu acho. Se bem que depois eu estrago com as piadas, então dá na mesma.

De qualquer maneira, foi só um desabafo, catalizado por cenas engraçadas (para mim) vistas no metrô hoje e a minha tentativa de me enturmar ontem, num evento onde eu não conhecia nin-guém. Nah. Aí eu conjecturei sobre a importância do humor na minha vida e tal.

Me lembrei, agora no final, de uma cena engraçada do sábado. Minha mãe que me perdoe, mas lá vai: ela (a minha mãe) é dançarina de Flamenco. Sábado, ela se apresentou em um espetáculo da escola dela (parece que tô falando da minha filhinha, né?), que misturava danças árabes com a dança flamenca, tradicionalmente espanhola. Pra quem não sabe, as duas são muito parecidas, por causa da invasão árabe na península ibérica, quando rolaram umas influências mútuas nas culturas dos dois povos.

Bom, aí a primeira dança são umas 30 (mais, talvez) mulheres de burca, fazendo uma dancinha primitiva (parecia aquelas brincadeiras de roda misturadas à dança de festa junina), uma coisa deveras curiosa. Engraçada, porque não? Mas eu olhei para trás, e nenhuma daquelas pessoas sérias estava sorrindo. Clao que dar uma gargalhada ali seria interpretado como falta de respeito. Mas um sorriso é permitido, ainda mais com as luzes apagadas. E era claramente algo engraçado. Até aí, eu relevei.

Aí, veio a gota d’água. Surge no palco uma cantora de música árabe-flamenca. Trata-se, para os desavisados, daqueles gritos árabes místicos e desafinados, encontrados também nas melodias espanholas. Não chegam a ser desagradáveis, não, e a mulher cantava bem. Mas…

Ela fazia caretas na hora de cantar. Horríveis. Contorcia o rosto como se… me desculpem, mas eu tive a clara impressão de que estavam enfiando algo no cu dela. Porque eu tinha certeza que ela estava sentindo a pior dor. Do mundo.

Aquilo era engraçado. Não havia dúvida, po. Era muito engraçado. Eu tava na frente do palco, fotografando, e fiquei pensando no meu irmão, lá atrás, que com certeza riria comigo e compreenderia a graça da coisa. E olhei para trás, em busca de alguém que compreendesse minha necessidade de rir.

Ninguém. Aí tem uma mistura de necessidade de manter uma postura + falta de olhar e percepção pro que é engraçado nas pequenas coisas do cotidiano. Mas… que posso fazer? Só dou risada.

Editado: Apesar das coisas engraçadas na apresentação, no geral ela foi muito bonita e a minha mãe dançou muito bem. E, afinal, se tem uma coreografia de dança de roda… minha mãe não é a coreógrafa.

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December 18th, 2007 | 3 Comentários

Neo-utilidades internéticas

haha depois de milênios volto com duas EXCELENTÍSSIMAS dicas de sites

O quê pode ser definido também como o youtube dos seriados, é um site com a possibilidade de assistir TODOS os seriados online! Sem precisar de download! O grande problema é que você realmente precisa de um inglês bom, por que achar algum episódio com legenda em português é REALMENTE difícil!’

O Anywhere.fm te dá a possibilidade de armazenar TODAS as suas músicas online! É necessário se cadastrar no site e depois fazer o upload das músicas (que pode levar um tempo dependendo da sua conexão), mas além de poder armazenar todas as suas músicas você pode criar suas rádios online e ouvir suas músicas em qualquer lugar!

e para os malvados de plantão tem também o site www.whenwillamywinehousedie.com, em que é possível apostar em que dia e mês a nossa querida e talentosa junkie Amy Winehouse vai morrer. Ah! E o prêmio é um iPod touch! Agora é ver se vale a pena apostar na morte de alguém…

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December 18th, 2007 | 2 Comentários

Radar Cultura

O nome sugere uma coisa que capta e unifica freqüências, mas tem tanta coisa acontecendo e tanta gente falando que parece um paradoxo. Estou na inaguração do radar cultura, que é o novo projeto da Fundação Padre Anchieta (que reúne os canais de TV e de rádio), um lance de crossmedia e de convergência, essa coisa bem Web 2.0 (embora nem a Wikipedia saiba direito o que é isso).

O Radar Cultura é uma rádio colaborativa. Você entra, se cadastra e vota ou sugere novas músicas, discussões e podcasts. A parte legal é que o conteúdo é 100% produzido pelo público. A música mais votada entra lá na programação e pronto. Não há intermédio dos programadores da rádio. O projeto está no começo, mas a idéia me pareceu fantástica quando o negócio se popularizar. Pena que é só música brasileira, mas a nossa música dá conta da diversidade que esse tipo de rádio precisa, e iniciativas semelhantes - que permitam música estrangeira - podem surgir daqui pra frente. O importante é o primeiro passo.

Desde que comecei a trabalhar com tecnologia, comecei a ter a leve impressão de que eu era uma excluída digital. Hoje, durante o evento, tive certeza: parece que não, mas um blackberry, um celular multimídia, um notebook ou qualquer coisa portátil com internet podem fazer muita falta.

De resto, o importante é ser abraçada pelo Tom Zé e receber um ‘boa sorte’ dele. Acho que a sorte vem, nesse caso.

Ah! Pela falta, justamente, de um aparelho que dê conta das minha necessidades bloguísticas, as fotos vão ficar pra depois. Virei paparazzo de grandes celebridades blogueiras. Aguardem. =)

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December 17th, 2007 | 2 Comentários
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