As verdadeiras pérolas do Orkut

Entre um e outro scrap dizendo que o marido dela, aquele canalha, filmou-a enquanto eles transavam, me deparei nos últimos dias com a seguinte peça, mandada por uma colega (ela estudou comigo, não nos falamos há anos, e mesmo durante a escola não nós falávamos muito) da minha lista:

Para preservar minha sanidade mental e também combater o ócio e a futilidade, excluirei esta MERDA de orkut.

“Eu não me importo com o que os outros pensam sobre o que eu faço, mas eu me importo muito com o que eu penso sobre o que eu faço. E isso sim é caráter.” - Rooselvelt
Pensem nisso… Beijos a todos…

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Hummm…

Pra começar, o cara chama Roosevelt, não Rooselvelt. Contudo, isso não é importante, já que eu aposto minha mãe que não foi ele quem disse essa frase estúpida.

Depois, pobre moça. Acha que a eliminação do Orkut vai “preservar [a] sanidade mental e também combater o ócio e a futilidade”. Ela não poderia estar mais enganada. O Orkut da pessoa e as relações nele cultivadas são um reflexo da vida real. E se ela acha que o Orkut pode prejudicar a sanidade mental dela, é porque essa é a vida dela.

Um pouco óbvio falar das duas outras afirmações, mas…

Para “combater a futilidade”, ela deveria começar… hum… nascendo de novo. Acho. É triste, mas é a realidade, deal with it. Digamos que acabar com seu Orkut não vai te fazer ler mais, ou assistir menos televisão, sei lá, ou freqüentar menos as micaretas. Pra quem duvida, releia o parágrafo do Rooselvelt.

E no item “combater o ócio”, digamos que foi a menção mais burra. Tipos que, sem Orkut sobra muito mais tempo livre. Definitivamente, não é assim que ela vai combater o ócio.

Gostaria de frisar que a moça em questão mandou os scraps e saiu do Orkut cerca de três dias depois, ou seja, o suficiente para que todo mundo entrasse no scrapbook dela e dissesse ‘humm, vai sair é?’, deixando-a contente e satisfeita por ter chamado a atenção. E convenhamos: quem quer sair do Orkut sai, não fica anunciando.

É que ela sabe que, se simplesmente saísse, ninguém ia perceber.

“Combater o ócio e a futilidade”… tsc tsc.

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January 28th, 2008 | 3 Comentários

Amy Winehouse vai para rehab…

…e eu não vou fazer a piada óbvia. Não, esse post não vai se chamar “They tried to make her go to rehab, and she said yes, yes, yes…”. Eu vi aqui, li mais aqui.

Ela sim é uma heroína. O trocadilho não foi intencional. Ela é vencedora, cara. Quantas pessoas passam por uma overdose de álcool, cocaína, ecstasy e Special K e saem vivas?

O pai da Amy a convenceu a se internar numa clínica de reabilitação. Her daddy doesn’t think she’s fine anymore. O vídeo dela fumando crack parece ter meio que chocado as pessoas ao redor dela. E fechou-se o cerco: o pai dela contratou um enfermeiro pra vigiar 24 horas por dia a mulher e mais dois seguranças, pra ficar na porta do apartamento. Mas a gente sabe que se a pessoa quiser cheirar maconha e fumar cocaína usar droga, ela usa, né… será que dois seguranças e um enfermeiro vão dar conta?

Eu faço os mais sinceros votos (apesar do bom humor) de que ela leve isso a sério dessa vez e pare com todas as merdas. Não pode ser impossível: tem alguns exemplos de gente que comprovadamente tomava tantas drogas quanto ela e está vivo e recuperado. O Neil Young. O Mike McCready. O Ewan McGregor Renton no Trainspoting.

Eu quero que ela viva por mais muitos e muitos anos. Mas se nem ela acredita nisso

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January 25th, 2008 | 2 Comentários

O patinho feio

Você se acha malvado? É do tipo que apronta todas? Você dá tapa nas criancinhas nas festas infantis e faz cara de sonso quando elas saem berrando? Você dá nó no cadarço dos seus amigos quando eles estão distraídos, coloca pasta de dente na mão daquele idiota que sempre dorme no busão?

Você ainda tem muito o que aprender… isso sim é ser zueiro:

 

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January 24th, 2008 | 5 Comentários

Novidades meio velhas: Lost, Franz Ferdinand, Heath Ledger e mudanças

Bom, eu sou do tipo que curte Lost. Viciada mesmo. Os que não assistem, sei que não suportam todo mundo falando da série pra lá e pra cá, o tempo todo. Mas o que a gente pode fazer? É do caralho mesmo. E bem, só faltam 8 dias pro primeiro episódio da 4ª temporada, o que normalmente deixa os fãs em polvorosa.

Acontece, amigos, que durante o período de ‘férias’, eu não desencanei de Lost. E quem também acompanhou sabe que várias coisas aconteceram: tiveram os mobisodes, episódios curtinhos e pouco reveladores, feitos para celular; o Find 815, o novo Lost Experience - aquele jogo de realidade alternativa pra desocupados, no qual as pistas são jogadas pela internet (em forma de vídeos, textos, fotos etc) e, através delas, os vagabundos jogadores vão descobrindo uma trama alternativa à série, mas com pontos relacionados; rolaram, no exterior, os misteriosos outdoors da Oceanic Airlines; e, como sempre, vazaram os spoilers. Milhares deles.

Eu acompanho o Lost in Lost, de longe o melhor blog em língua portuguesa sobre a série, e um dos últimos posts traz um spoiler enorme e bem confiável do quarto episódio da quarta temporada, centrado em Kate e chamado Eggtown. É tipo o episódio inteiro. Leia aqui, mas eu vou dar uma resumida nas partes realmente chocantes abaixo. É só sublinhar pra poder ler, mas não se esqueça, isso são spoilers e pra alguns podem estragar a surpresa:


Vou pular as partes complicadas e que não dão pra entender, porque se referem à personagens novos. Mas, no geral, a Kate está meio que enganando o Locke durante o episódio. As partes importantes vêm no flashforward. Nele, Kate é perseguida por jornalistas, que a chamam de Sra. Austen; ela está sendo julgada pelo assassinato do padrasto. O advogado, sem saber como defndê-la, sugere que ela leve o filho (!!!!) ao tribunal, mas ela se recusa. Ela recebe a visita da mãe, que fala bem dela, e ela fica puta. No tribunal, Jack a defende e ela fica puta (!!!). Jack está bem e sem barba, ou seja esse flashforward se passa antes do último cap. da 3ª temporada. A Kate é condenada à 10 anos de regime semi-aberto… até aí, ok. É que, no final, ela e Jack conversam. Ela flerta com ele, mas logo depois recua, dizendo que enquanto ele (Jack) não se acertar com o filho dela, não tem jeito. Parece que aí ela fala d’ele, ou seja, a gente fica sabendo que o tal “ele” de quem ela fala pro Jack no fim da terceira temporada é o filho dela. Aí ela vai pra casa, um casarão, pã pã pã, chega no quarto e pega no colo um muleque loirinho de uns 2 anos, dormindo. Aí ela diz:

- Hey, Aaron…

Puta que pariu!!!!!! :O Ainda bem que só faltam oito dias.

-

O livro “An A to Z of Franz Ferdinand” foi escrito por uma fã do grupo escocês. Ela teve a idéia, mandou a proposta pros caras da banda, eles curtiram e decidiram ajudá-la. Tem histórias de fãs, de bastidores, de composições, turnês e até uns trechos do diário do Alex, parece.

Tem um amigo meu, o Altair, que subiu ao palco pra tocar com os caras no show de 2006. A estória dele está lá. Mas o mais legal do livro, pra mim, é que ele tem uma foto minha. Não ‘minha’, uma foto de mim, mas uma foto tirada por mim durante as tietagens do mesmo show, em SP - essa aqui, na página do lado esquerdo. A autora do livro, uma moça inglesa chamada Helen Chase, há muito entrou em contato e pediu autorização pra publicar. O Altair, que é pidão e tem tipo uma das melhores lábias que eu conheço (sério, ele consegue backstage em todos os shows. Todos), descolou uma cópia com a editora inglesa (eu até tentei…) e escaneou a página onde minha foto aparece. Ele também me disse que o crédito aparece nas páginas finais.

Pena que o livro é super caro. Custa 15 pounds na Amazon. Se alguém quiser me presentear… =D

Falando em Franz Ferdinand, todo mundo já ouviu a nova música deles, Turn It On? Porque ela é muito boa. Sabe aquelas coisas que você ouve e pensa, “eu devia ter pensado nisso…”? Pois é. Não é desse tipo. Mas é bem genial, mesmo assim.

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Última foto dele, tirada em NY na terça. Vi aqui.

Parece que a autópsia do Heath Ledger teve resultado inconclusivo. Ainda assim, tem algumas novidades sobre o caso. Foi encontrada uma nota de 20 doletas no quarto dele, enroladinha, daquelas que as pessoas usam pra cheirar padê. No entando, a perícia não encontrou resíduos de drogas na nota - nem em nenhum lugar da casa dele. Uns ‘amigos’ disseram que já sabiam que isso ia acontecer: primeiro que, agora, todo mundo pode dizer que sabia, segundo que isso é uma puta falta de respeito e terceiro que eu não sou obrigada. Os vizinhos disseram que ele era muito doce e fofo, um monte de gente deixou mensagens e flores na porta do edifício em que ele morava, o estúdio do Batman desejou condolências. A coisa mais trash que eu vi foi o Marcelo Rezende, no Jornal da Rede TV, dizendo que o Heath teria morido por causa do Coringa: a teoria é de que ele entrou mesmo no personagem, e que o Coringa é super freak todo mundo sabe. Heath não teria aguentado a barra. Por mais que isso se poético, acho estúpido. Ridículo dizer que o cara ficou perturbado por causa do personagem e se matou, me poupem.

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Algumas mudanças devem rolar por aqui nos próximos dias. As visitas tão crescendo assustadoramente e acho que, finalmente, é hora de evoluir para o próximo nível. Aguardem novidades.

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January 23rd, 2008 | 4 Comentários

Uma grandessíssima sacanagem

Ainda estou abalada pela morte do Heath Ledger, ainda mais depois de ler este post do Inagaki no Pop Cabeça e ver os dois vídeos que ele colocou por lá. É triste, e eu sinceramente acho chato passar assim de um assunto pra outro, mas - odeio essa frase - a vida continua e o blog também.

Já falei aqui da minha relação com a moda, em outros posts. E num post mais recente, disse também que tive um surto no colégio e que durante um tempo me vesti como uma mendiga. Tudo isso aconteceu porque na escola em que eu estudava o uso de uniforme não era obrigatório, e isso gerava uma competição visual muuuito grande. Todo mundo tinha que estar muito bem vestido, e quanto maiores fossem as etiquetas, melhor. Eu não sabia me vestir, acho que faltava até auto-estima pra me vestir bem e, sinceramente, eu não tinha grana pra comprar roupas de marca - nem disposição pra gastar com elas. Tanto que até hoje não ligo pra essa coisa de marcas e tal. Se bem que, mesmo se eu tivesse dinheiro pra comprar todas as roupas caras do universo, não adiantaria, porque eu não sabia me vestir.

Não que agora eu seja tipo a garota que ahaza no certo e errado da Capricho. Mas tipos que rola uma noção melhor. E noção de moda, queira ou não, eu sempre tive - já que tenho uma espécie de faro pra design desde muito cedo (tipos “oi, foda-se a modéstia?”) -, mas acho que meu bom-gosto passou uns anos hibernando dentro de mim. E ele deve ser bem instável, porque eu sou normalmente bem desencanada.

Ok, voltando. E, bem, se em outros carnavais a idéia de eu freqüentar um evento como a SP Fashion Week seria risível, preciso confessar que esse ano eu queria móóito ter ido. Sério. Não manjo nada de moda profissional, aquelas peças bizarras dos desfiles, mas decidi que é tudo feeling. E gosto (gÔsto, tipo, taste, não to dizendo que EU gosto). Tirando aquelas coisas MUITO óbvias, tipo… sei lá, tipo esses absurdos que os consultores dizem pra gente NUNCA cometer. Não sei exatamente algum pra citar (isso pode ser um problema).

E todo mundo achou o luxo da estação que o desfile de fechamento fosse na Estação Júlio Prestes da CPTM. Gente. Eu achei que é a invenção mais estúpida do mundo.

Pra começar, se todo aquele povo muito chique e muito rico da moda tivesse a vaga idéia de que porra é pegar um trem diariamente, jamais fariam um desfile na Estação Júlio Prestes. Jamais, gente. Não é glamouroso. É sujo. Tem ratos correndo entre os trilhos, como em toda estação de trem - os ratos são até bonitinhos, mas moda e ratos não são duas palavras entre as quais você consegue encontrar relação.

Eles não têm esse direito. Tá, é bonito, tem aquele clima Londres na revolução industrial… NOT! Não quando você espera 25 minutos por um trem, e depois se degladia para entrar nele. Nem quando está dentro daquele vagão lotado e nojento, com aquelas pessoas todas encostando em você, cheirando bem mal (as fragâncias às vezes não podem ser identificadas exatamente, mas são todas bem desagradáveis), falando alto e tipo que esmagando velhinhas indefesas para conseguir sentar numa porra dum banco. Como se disso dependesse a vida delas. E de todas as famílias delas.

Sim, é uma piada de extremo mau-gosto fazer um desfile de moda numa estação de trem. Não teve graça.

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January 23rd, 2008 | 5 Comentários

Heath Ledger morreu

Tinham tantos nomes na fila. Você pode falar Paris Hilton, Amy Winehouse, Britney Spears, Pete Doherty, 50 Cent, Lindsay Lohan, você poderia dizer que todos esses morreram e nenhum de nós se surprenderia.Mas o Heath Ledger? Ninguém esperava que o cara fosse morrer.

Provavelmente você já sabe de tudo isso, mas vamos lá, é obrigação: o corpo do ator foi encontrado pela empregada no apartamento dele, em NY. Rola por aí que foi overdose acidental suicídio, porque tinham umas pílulas junto com ele. Pra mim, é uma estratégia de marketing cruel e arriscada pro novo filme do Batman, bolada depois da descoberta de que Heath tem catalepsia. Tipos que… o filme vai bombar horrores agora que o cara morreu.

Brincadeiras à parte, ele era foda. Putacoisa estranha morrer, do nada. Mas hoje não vou discorrer sobre a fragilidade da vida… tô sem pique. R.I.P, Heath Ledger. Lembro do cara nos grandes filmes dele (dos que eu assisti): Brokeback Mountain, O Patriota e 10 Coisas que eu odeio em você, essa última em todas as listas de comédias romântcas mais legais, daquelas que te deixam suspirando de vontade de achar um mocinho igual ao do filme por três dias. =(

Editado: li no Twitter que a NYP já está considerando a possibilidade de suicídio, por causa das pílulas.
Editado 2: as pessoas estão praticamente culpando o Coringa pela morte do Heath. Algo como, “ele entrou tanto no personagem que ficou perturbado!” Acho rubbish.

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January 22nd, 2008 | 10 Comentários
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