Vale tudo
Tô lendo a biografia do Tim Maia pelo Nelson Motta, chamada Vale Tudo. O livro me chamou atenção depois de uma folheada na livraria. Eu não lenbro do episódio da morte do Tim e isso é curioso. Me lembro bem do Senna, do Renato Russo, que foram figuras que morreram antes. Mas não lembro onde eu estava quando Tim Maia morreu.
Me pegar ouvindo Tim é algo inusitado. Minha formação é, essencialmente, roqueira. Por mais ‘eclética’ (sem o tom pejorativo que a expressão adquiriu, qualquer dia falo disso) que eu seja, dificilmente um cara que faz soul vai entrar no meu player. Eu até ouço eventualmente e aprecio. Se tiver tocando no rádio, não mudo e até batuco. Mas só essas biografias doidas pra me fazerem ouvir Tim Maia, cara.
Não me envergonho de dizer que não sabia nada da vida do Tim. Conhecia as músicas famosas, mais algumas nem tão famosas (se é que isso é possível), que ouvi bastante em viagens com os amigos e visitas a baladas de black music, e tudo isso provavelmente totalizava um CD, o suficiente pra eu saber que achava o cara bom e a música divertida, mas que onão era meu tipo de som. Normal. É como eu me sinto em relação a um monte de bandas.
Mas depois que a gente lê essas biografias com estórias legais, como a do Tim, passa a admirar o cara. É essa a pilantragem dos biógrafos, eles criam milhões de fãs paga-paus. Eu fico pagando-pau pros protagonistas das biografias que leio, não posso evitar.
Tim era gênio e o livro é animal mesmo se você não gosta das músicas del. O cara era malandro da mais fina estirpe, e isso já sevia quando ele comia parte das marmitas que entregava. Continuou quando feizsseuscorri pra ir pros EUA e se virou lá sem um puto na carteira, depois quando voltou pra cá e revolucionou a porratoda, que afinal Roberto e Erasmo já não tavam com nada. Jovem Guarda é coisa de maricas.
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