De uns tempos pra cá, eu comecei a desconfiar que estava ficando velha. Os sinais:
- Não agüentava mais sair de noite pra chegar na manhã seguinte, dormir até as 17h, acordar e achar que tá tudo bem.
- Lugares cheios, filas, gente falando alto: antigamente, era algo que eu provavelmente suportaria em nome da diversão com os amigos. Há alguns anos, se tornou impensável passar por situações assim se a intenção é se divertir.
- Música alta. Dizem que “se está muito alto, é porquê você está muito velho”. Eu adoro música, mas mais do que isso gosto de conversar. E música alta não te deixa conversar. Você chega em casa sem voz. E se importar com isso é coisa de velho.
Mas a maior comprovação para a minha suspeita chegou essa semana. Há duas semanas, eu completei 20 anos. E você sabe que está ficando velho quando o dia do seu aniversário é um dia como qualquer outro.
Quando você é criança, aguarda o aniversário ansiosamente. Faz contagem regressiva no mês anterior, e sabe que cada dia a mais é um a menos pro graaande dia. E quando ele chega, é muito divertido; afinal, é o seu dia. Você ganha presentes, às vezes faz uma festinha, vê os amiguinhos e recebe abraços da família.
Esse ano, eu nem vi meu aniversário chegar; quando percebi, ele já estava lá. O dia em que fiz 20 anos foi como qualquer outro. Eu até dormi no fim da tarde, o que chega a caracterizar monotonia, e isso seria impensável no meu aniversário de 12 anos, por exemplo. Tudo isso caracteriza um caso irreversível de envelhecimento crônico. Ou adultismo. Eu costumo chamar assim.
Ah! Já ia esquecendo de mencionar a dor nas costas.
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Tags: aniversário, dor nas costas, idade