Você é executivo de uma transnacional milionária e tem informações secretas sobre sua companhia que podem afetar o bem-estar da população mundial?
Você é um político oprimido, que sabe de todas as mutretas que rolam por trás dos panos, mas não pode falar nada pra ninguém?
Você é um jornalista e apurou um furo bombástico que diz respeito a toda a população, mas corre risco de morte se divulgar o que descobriu?
Então, os seus problemas acabaram. Chegou o Wikileaks, um site cuja proposta é que esses grandes detentores de informações sigilosas, mas fundamentais para o interesse público, dêem com a língua nos dentes por lá de forma anônima.
É uma maneira genial de usar internet para veicular informação que é mantida em sigilo. E se a coisa funcionar como os criadores gostariam, poderia ser uma revolução da distribuição de informação secreta.
Aí você pensa o óbvio: que qualquer um pode chegar lá, escrever o que quiser e fingir que é verdade. É, pode. Mas acho que o Wikileaks é uma das últimas provas coletivas de confiança na honestidade do ser humano.
Se essa moda vai pegar por aqui, eu não sei. Sei que as possíveis conseqüências seriam duas:
- O site se torna popular e, minutos depois do estardalhaço inicial, sai do ar misteriosamente, sem deixar vestígios;
- O site se torna popular, os brasileiros descobrem, invadem e começam a publicar informações falsas. Afinal, somos os usuários de internet que passam mais tempo conectados no mundo. Não temos o que fazer. Logo, vandalismo virtual é o que nos resta.
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Tags: segredo de estado, sigilo, teoria da conspiração, wikileaks