25.02

2009
4:20 am

Pátria amada, Brasil: o nacionalismo não faz nenhum sentido

Postado em Brasil, Crônicas, Literatura, TV

A primeira reação que a pessoa padrão teve quando ouviu pela primeira vez a história da brasileira mentirosa na Suíça que se auto-riscou com estilete provavelmente foi “esses neonazistas são uns animais sem coração”. E mesmo com a história toda sendo uma grande mentira depois, pelo menos provocou em mim uma reflexão sobre esse conceito tão pervertido e causador de tanta intolerância, o nacionalismo.

A primeira vez em que percebi que existia algo errado com esse negócio de sentir orgulho em pertencer a uma “nação” foi no colégio, quando um professor não cantou o hino nacional durante alguma dessas ocasiões especiais. A coisa toda acabou causando alguma polêmica, e quando fui conversar com ele a respeito, veio o tapa na cara - metafórico, claro: “Nação? Pátria? Para pra pensar e tenta descobrir o que essas coisas significam, qual o sentido e o conceito delas”, ele disse.

Daí eu fui subvertida. Porque nem precisou de muita reflexão pra perceber que o conceito de pátria e nação é todo calcado em cima da idéia de que todos os seres humanos nascidos na parte de dentro de uma linha geográfica imaginária (esta definida por outros seres humanos iguais a ele) se sentem parte de um mesmo grupo e, principalmente, sentem orgulho disso.

Esse orgulho, quando alimentado adequadamente, é o que faz um soldado matar outras pessoas por seu país em uma guerra, e num nível mais avançado, é o que gera o sentimento de superioridade em relação a outras pessoas, iguaisinhas, mas que por desígnios fora de nossa compreensão vieram a nascer do lado de lá da tal linha que nem existe de verdade. A intolerância surge daí.

Digamos que isso até faça sentido num país culturalmente bem homogêneo (embora não faça, mas é uma hipótese). O que você me diz sobre a homogeneidade cultural, social ou econômica do Brasil?

Você não me diz nada, porque no Brasil é no mínimo ingenuidade e no máximo ignorância falar de ‘homogeneidade’. São centenas de milhares de costumes, de níveis sociais, até de línguas – ou você me diz que o português falado em São Paulo é igual àquele lá do interior do Pernambuco?

Ok. Então digamos que o conceito de nação seja baseado em etnias. É absurdo, Hitlerístico, mas novamente apenas uma hipótese. No Brasil seria um fracasso ainda maior. A gente é tão misturado que boa parte de nós não é identificável exatamente como latino, ou como caucasiano, ou como negro, ou como oriental.

Mas era tudo hipótese – a gente sabe que eles baseiam a idéia de pátria nesse negócio de linha imaginária, mesmo. E eu nunca vou conseguir me sentir colocando a mão no coração e cantando uma música que fala um monte de mentiras junto com um monte de gente muito diferente, só porque nós todos nascemos do lado de dentro da mesma linha imaginária.

Eu não compartilho quase nada com aquelas pessoas, e não sinto que todos aqueles filhos não fugirão à luta se a clava forte da justiça for erguida. Eles – a gente – fogem todos os dias, quando não faz nada pra mudar nada do que vê.

Não se trata, entretanto, de anti-nacionalismo. Eu não me sinto orgulhosa de ser brasileira; mas também não tenho vergonha disso. Eu só não me sinto classificável como pertencente a um grupo que compartilha dos mesmos anseios, necessidades, cultura e espírito, porque esse grupo não existe e porque aqui no Brasil, ali do lado na Guiana Francesa, em Fiji ou no Timbuktu, é tudo igual. Se há um espírito para incorporar, ele engloba todas essas pessoas, e não só aquelas que quando vieram ao mundo estavam localizadas dentro de uma área demarcada em um papel.

Auto-flagelação é algo que choca, porque é claramente uma irracionalidade. Mas você nunca parou pra pensar que esse conceito, o de nação, de unidade, de PÁTRIA, é tão irracional quanto? Se sentir melhor que outras pessoas que não nasceram dentro de uma linha inventada é na realidade um grande absurdo se você colocar os termos de maneira 100% racional, especialmente num país como o nosso.

No Brasil, você sabe quando a gente se sente parte de uma coisa só, não sabe?

Regina Casé e Marcos Pontes
Que orgulho heim

Não é quando a Regina Casé faz matéria em Angola ou quando a gente manda um astronauta pra fora do planeta.

É quando tem Copa do Mundo. E isso não é uma crítica nem um elogio – é só uma constatação.

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25 comentários (Comente! Trackback)

  1. márcia
    25/02/09 | 7:16 am | #

    Infelizmente, a noção de Pátria e o orgulho em ser patriota se perdeu com a Nova República e com o desmoronamento do ensino básico.Vemos jovens que nem sabem aquilatar o valor das palavras: Nação,Confederação,Constituição ou Soberania.Mas,sabem qual é o preço da passagem para os EUA e os documentos necessários para uma viagem ao exterior.
    O que falta aos jovens não é, exatamente, patriotismo, mas sim cultura.

    Responder

  1. Sblargh
    25/02/09 | 7:52 am | #

    Eu arriscaria dizer que você se sente assim exatamente por ser brasileira.
    Esse é um país completamente incapaz de criar qualquer sendo de nacionalismo mesmo.

    Responder

  1. Sblargh
    25/02/09 | 7:59 am | #

    Pra elaborar um pouco, eu acho que nacionalismo vem do simples fato de que compartilhamos com esse grupo de pessoas um senso de “eu cuido de você e você cuida de mim”, não só no sentido de impostos e serviços públicos, mas no sentido também de que se alguém quiser me fazer mal, eu tenho esse conjunto de leis pra me proteger que só fazem sentido porque existe essa coisa chamada “país”.
    O problema é que o Brasil é um país que não passa a impressão de que haja qualquer senso do tipo, eu acho engraçado quando alguém se refere aos norte-americanos como um povo ultra-individualista quando isso é meio incoerente com o patriotismo deles. Eles são individualistas, mas há, como contrapeso, um senso de defesa mútua e uma vontade real e sincera de querer o bem pra esse grupo de pessoas que compartilham a proteção das mesmas instituições.
    Voltando ao Brasil, o problema é que, mesmo que as pessoas se importem umas com as outras, não existe essa impressão, não existe esse espírito pairando no ar de que esses seres humanos que compartilham sua jurisdição querem o seu bem.
    Então eu não diria que nacionalismo é um conceito ridículo, ele existe de fato em vários países, mas aqui ele não existe, de novo, é um país completamente incapaz de criar uma noção de que essas pessoas que falam a mesma língua que você tem qualquer ligação senão acidental.
    Um brasileiro não desenvolve nacionalismo porque não confia no outro e não confia no outro por um bom motivo: o outro simplesmente não é confiável.

    Responder

  1. Fábio Henrique
    26/02/09 | 12:03 am | #

    O texto é bom, mas NAÇÃO é algo diferente. NAçÃO É um grupo de pessoas que residem dentro de um território com os mesmos princípios e objetivos. Isso é nação. É um conceito interessante, poreém devido a Globalização foi para o ralo. nacionalismo é uma coisa totalmente diferente. Acho que alguém , não sei quem disse algo semelhante : ” POr trás de todo Patriota , está um Idiota”.

    Responder

  1. Blog Mallmal
    26/02/09 | 1:19 am | #

    Concordo com o Sblargh. Um exemplo clássico de nação são os Estados Unidos, apesar de seus inúmeros defeitos. Os americanos amam os americanos. A comoção com os atentados foi literalmente nacional, por mais redundante que isso seja nessa discussão. Existem mil motivos porque isso acontece e que não vem ao caso.
    O que importa é que EXISTEM nações. Simplesmente o Brasil (Zâmbia para os íntimos) não possui esse luxo.
    O mais triste, na minha opinião, é ver que sempre que há a formação de um “little whatever” dentro de qualquer país, como Chinatown, Little Italy (em NY), o “little Brasil” é sempre um lugar onde se pode esperar encontrar travestis, prostitutas e bundalelê. Como ser uma nação, se só a bunda nos une?

    Responder

  1. Eric Franco
    26/02/09 | 1:44 am | #

    O mesmo raciocínio serve pro trote em faculdade. Alguém que eventualmente nasceu antes de mim e estuda no mesmo lugar que eu pretendo estudar de fato deve ter o direito de me humilhar, queimar ou espancar até a morte.

    É um conceito que faz bastante sentido.

    Responder

  1. Pedro
    26/02/09 | 6:21 pm | #

    É que o nacionalismo está ligado também ao processo de formação das nações. Em lugares onde cada centímetro quadrado do território foi conquistado a duras penas, em batalhas sangrentas, faz todo o sentido o grupo ser unido e defender sua casa, seu lar, sua família. Lugares fronteiriços, como o Rio Grande do Sul, são terra de bairristas, porque historicamente o território teve que ser defendido. Até mesmo o Acre - sempre tão avacalhado - só virou Brasil depois de muita luta e diplomacia. Mas a verdade é que brasileiro adora uma rixa interna, só tendo senso de união e nação dentro do seu estado ou região (sul, nordeste…). A gente devia perceber que nenhuma parte do Brasil teria relevância internacional se estivéssemos desagrupados em 8 ou 9 países separados. Pra finalizar, citar o idioma como diferenciador é um argumento fraquíssimo - a própria Suíça possui quatro idiomas oficiais, e eles continuam ligados por um sentimento de fraternidade nacional.

    Responder

  1. Porcho
    27/02/09 | 6:00 pm | #

    Acho que compartilhar algo com um conjunto de pessoas (seja o mesmo país, mesmo time, mesma banda favorita) já é o bastante para fazer pessoas de um determinado grupo sentirem-se superiores em relação àquelas do outro grupo. Se não, não teríamos as clássicas brigas entre emos e punks, corinthianos e palmeirenses, gente que gosta de Windows e gente que gosta de Linux etc…

    Responder

  1. Dedé
    01/03/09 | 11:30 pm | #

    Concordo completamente com você. Fiquei pensando …. Somos pequeníssimos grãos de areia à deriva no universo, procurando uns aos outros para construir uma história que valha a pena ser contada. Por acaso nascemos neste ou naquele país, dentro das tais linhas geográficas delimitadas por acordos (ou desacordos) territoriais seculares. Estamos evoluindo, tentando superar dogmas, nacionalismos infundados, a hipocrisia de ser europeu, africano, brasileiro …. Nada disso nos faz diferentes …. Somos simplesmente seres humanos maravilhosos e frágeis, pequenas sementes de Deus, sedentos de amor. É isso o que nos move. A despeito de cor, raça, credo ou nacionalismos, é o amor que nos move.

    Responder

    Ana Freitas Reply:

    Sim, mas eu tenho ressalvas quanto a soar brega usando essas palavras.
    Mas é basicamente isso, Debora. Obrigada. :)

    Responder

  1. Yuri
    02/03/09 | 9:18 pm | #

    Realmente, o nacionalismo exacerbado é um problemão.

    Como bom socialista que me esforço à ser, tenho meu pé fincado no internacionalismo e na fraternidade entre os povos do mundo.

    Afinal, somos todos humanos e todos temos as mesmas sensações e muito que nos une.

    Mas não critico o sentimento de pertencimento. Até por quê esse sentimento não tem nada a ver com a nação…

    Você pode sentir que pertence ao seu bairro, a sua família, ao grupo de pessoas que gosta de sua banda e tal.

    O que não pode é fechar a cabeça pro mundo…

    xD

    Responder

  1. Marcos
    03/03/09 | 2:43 pm | #

    Eu sinto orgulho de ser brasileiro, sim!
    Nunca vi a questão pela ótica “das linhas imaginárias” de que falastes, o motivo de meu orgulho é bem outro; é a parte que parece te incomodar – a heterogeneidade. Já viajei um pouco e acho que a coisa mais fantástica que tem nesse país é o mosaico social-cultural-econômico-natural que deixa a gente tonto ao perceber que saindo de carro da minha cidade que é típicamente portuguesa-espanhola-gaúcha (gaudéria no nosso jeito de falar), indo para o sul e após 15 minutos se chega a uma cidade tipicamente italiana, uma réplica de vila toscana. E não é um parque temático, é uma cidade de descendentes de imigrantes italianos, a cultura é totalmente autêntica e encantadora.
    Se eu continuar mais em direção sul, acabo entrando em regiões de pequenas cidades alemãs, pomeranas, açorianas, francesas, hispânicas, todas com sua gastronomia, arquitetura, cheiros e sons peculiares.
    Nas vezes em que fui para o norte, vi prodígios maiores ainda. A Bahia, belíssima pela própria natureza, mas é aquele povo moreno, tão diferente da gente aqui do sul que me deixa encantado. O colorido da cultura negra, aquela música que entra nos ouvidos e muda a freqüência cardíaca, o som do falar das pessoas na rua, os termos tão diferentes e misteriosos quanto as conversas de botequim em F. Westfalen.
    A malandragem carioca, o furor monetário paulista, a gurizada que vende iscas em Bonito-MS, os garçons de praia no Rio Grande do Norte, os pilotos de jegue do sertão de Sergipe, as índias de Parintins, os mineiros com aquela expressão indecifrável.
    Eu sinto muito orgulho, de ter alguma coisa em comum com essa gente esquisita, brancos, vermelhos, amarelos, negros, bonitinhos, bizarros, lindos, horrorosos.
    Mas o que me faz realmente cantar o hino nacional (em posição de sentido, não com a mão no peito, pq isso é costume americano, não brasileiro) e embargar a voz é saber que dentro dessas linhas imaginárias de que falas, existem lugares como os que falei, e como as imediações da Rua da Alfândega no Rio de Janeiro, naquele pedaço que chamam de Saara, onde o judeu e o árabe compartilham sonhos, esperanças, expectativas, espaço. Ali o pau pega só nos domingos… quando tem futebol. Ai não tem ONU que de jeito; é guerra!

    Responder

    Ana Freitas Reply:

    Marcos, até entendo teu comentário. Mas isso não me faz ter orgulho propriamente de ser brasileira, embora seja uma característica que eu admire - mas me faz da mesma maneira ter orgulho de pertencer não a um país, mas a um mundo tão plural. Entende?
    Nós ‘nos orgulhamos’ das mesmas coisas, só direcionamos o orgulho pra um sentido de ‘propriedade’ diferente.

    Responder

  1. Marcos
    03/03/09 | 2:48 pm | #

    PS - O pior é que tão me arranjando um genro argentino! Desgraça! A vergonha bate à minha porta!

    Responder

    jackson Reply:

    [B] uHUuhHUUhuHUH Isso E Foda Mesno husuhshuuhs kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Argentino Ainda Por Sima

    Responder

  1. Edson Forão
    05/03/09 | 1:10 pm | #

    Eu adoro o Brasil, mas, infelizmente, a maioria de nossa população não tem noção do que é pátria ou nação. Acham que aqui é a terra de ninguém e o lugar onde todos querem, sempre, tirar vantagem.
    Pra mim, o lance de ser patriota, não deve ser relacionado à intolerância, mas, sim, ao fato de todos fazermos as coisas pensando no bem coletivo, para que o nosso País possa ser um lugar melhor e dar melhor qualidade de vida para quem, aqui, vive.
    Sou contra esse lance do preconceito, pq fulano é latino ou árabe, etc. Mas acredito que devemos brigar pelos nossos interesses com o resto do mundo, pois se não o fizermos, nunca faremos do Brasil um lugar melhor.
    Abrçs

    Responder

  1. Eu
    07/03/09 | 2:25 am | #

    Desculpe ter de descordar de você Ana, mas esta errada.
    O país, não passa de uma pequena ilha, separada das outras por uma linha que não existe.
    Porém a pátria, a nação, é um sentimento comum, sim.
    Apesar de existirem brasileiros “ricos” e brasileiros pobres, assim como lí em uma crônica uma vez, somos todos Silva.
    Não somos importantes, nem somos poderosos.
    Usamos sobrenomes diferentes, até pensamos diferente, mas no fundo no fundo, somos todos Silva.
    Todos somos brasileiros, mestiços entre tantos povos, mas não por isso.
    Somos brasileiros porque se nosso país entrar em desgraça, sentiremos raiva e tristeza e, se nosso país, nossa nação, crescer e se tornar forte, teremos orgulho, afinal, foi a nação dos Silva, a nossa, que cresceu!
    Mesmo que tentemos nos mudar, aprender outras línguas(…) mesmo que tenhamos um pouco de remorso e mesmo querendo ter nascido em um país desenvolvido, como os EUA, nós somos os Silva.
    Nascemos aqui e, dês do começo, carregamos esse fardo.
    Não precisamos tentar mudar nada, afinal se todos pensarem em ser bons somente em sua própria vida, então o país subirá.
    E já que não podemos mudar nenhum desses fatos, então que sejamos os Silva, que sejamos brasileiros, uma nação, uma pátria.
    Que matemos nas guerras.
    Que, mesmo sabendo que nossa história nunca foi muito rodeada de patriotismo, tenhamos orgulho do que somos.
    E ao invés de tentar deixar pra lá, mostremos compromisso para com aqueles, que com segundas intenções, transformaram nosso império em país, nosso país em república.
    Ao invés de ficar dizendo que somos todos iguais, pare de mentir!
    Nós nascemos iguais, somos educados diferente.
    Porém em um só país, em uma só ilha, vemos o mundo de forma diferente de outros paises, de outras ilhas.
    Afinal, nos tornamos um povo só, mesmo sendo tão diferentes.
    Pois mesmo com várias opiniões, aqueles que nasceram e viveram aqui, viram o mundo com os mesmos olhos, de todos os brasileiros (toca musiquinha patriótica americana, já que ninguém conhece as brasileiras, rsrsrsrs)

    Responder

  1. Eduardo Fachetti
    24/06/09 | 2:44 pm | #

    Também preciso discordar de vc aqui Ana.

    É verdade, somos brasileiros apenas porque nascemos no território nacional e vc ama sua mãe apenas porque ela te gerou e te criou; gosta de seus amigos porque eles te tratam bem, ou até mesmo vacilam às vezes, mas são os únicos amigos que tem, são as pessoas que vc conhece… afinal, tudo acontece meio por acaso, não dá pra explicar…

    Então, se racionalizar muito, qualquer coisa perde o sentido… nossa sociedade toda é muito louca se vc racionalizar bem!!!

    Mas se analisar também (sem racionalizar demais) todos os brasileiros estão no mesmo barco, nascemos aqui e devemos amar nossa nação, não para nos acharmos melhores que os outros, mas para reconhecermos que estamos no mesmo barco e tentarmos fazer algo para melhorar a situação dele……..

    Viajei, mas é mais ou menos isso aí…

    No final das contas, o Brasil é maravilhoso… o problema são os brasileiros………….

    Think about it!!

    Valeu!!!

    Responder

  1. Pela primeira vez, concordo com a posição oficial do Vaticano sobre alguma coisa | Olhômetro
    06/07/09 | 1:44 pm | #

    [...] mundo igual. Você não pode ser considerado inferior porque saiu do seu país e foi pra outro. Eu nem acredito nessas fronteiras geográficas, já disse isso - acho tudo babaquice. E pela primeira vez na minha vida, acho que eu concordo com uma declaração oficial do Vaticano: [...]

  1. Eduardo Marques
    06/07/09 | 11:29 pm | #

    Você exagera muito no “a gente”.

    Responder

  1. Genaro
    28/07/10 | 2:17 pm | #

    O que adianta não ser nacionalista, se todos os outros povos o são?

    Responder

  1. Martin
    23/08/10 | 11:48 pm | #

    Como ter orgulho por algo que não escolhemos? Eu sou sueco, mas não me lembro de alguém ter me perguntado qual nacionalidade eu prefiro. Então, mesmo se a Suécia fosse o paraíso na terra (o que não é), como poderia eu me orgulhar disso? Certamente não é por causa de mim que é o paraíso na terra….

    Tudo bem, sei que o mesmo raciocínio me impede de sentir vergonha porque meu nariz é feio, ou por sentir orgulho porque meu pau é lindo. Sinto os dois. Mas pelo menos estou ciente de que há algo irracional com isso.

    Mas sentimentos não são racionais. Portanto entendo um pouco como funciona o sentimento nacionalista. Ou seja, entendo pelo menos como funciona na Suécia. Lá as pessoas são “filhos do governo” muito mais do que “filho dos pais”. O governo é o grande pai que toma conta dos doentes, das crianças, dos velhos. Muitas pessoas realmente gostam do governo e pagam os impostos feliz da vida (ok, não todos, mas muitos.). Então a nação funciona como uma família, enquanto a família mesmo não serve para muita coisa. Neste caso um Suéco pode, se quiser, pensar: Ah!! Sem querer caí nesta família maravilhosa na qual nos ignoramos nossos parentes e quidamos um do outro por meio de um Pai abstrato chamado governo. Como estou feliz por isso!! E como eu sinto pena dos outros que não caíram na mesma família maravilhosa.

    Eu não sou um deles. Eu me atraí por um lugar totalmente diferente, o Brasil. Como eu escolhi a morar aqui, eu posso me ORGULHAR por ter feito uma escolha boa! Agora, confesso que me sinto um pouco perplexo às vezes em relação a nacionalismo no Brasil, já que a NAÇÃO não é muito bom para quidar dos cidadões. Pelo contrário, sacaneia elas bastante às vezes. E parece que as pessoas mais nacionalistas são aquelas que menos receberam da nação em si. Entendo que o Brasil é muitas coisas: Um pedação de terra, uma coleção de pessoas que lá residem, e um governo e seus funcionários e toda a administração relacionada a isso. Claro que é possivel gostar da Terra e da maioria das pessoas que se vê na rua. Mas então o certo seria: Estou sortudo por morar num pedaço de terra bonita (Brasil-Terra) onde tem muita gente simpática (Brasil-Povo) mas lamento que é administrada por um grupo de parasitas incompetentes (Brasil-Nação).

    Responder

    Ana Freitas Reply:

    ~curtir~
    Você nem é brasileiro e tem uma noção mais apurada da nossa situação do que muitos de nós.

    Responder

    Martin Reply:

    Valeu. Certas coisas são mais fácil de enxergar pra quem vem de fora, porque se vê tudo “de longe”. Mas tem coisas que gringo nunca entende bem, e por isso sempre continua gringo ;-)

    Responder

  1. FaBiO
    22/11/10 | 1:36 am | #

    Eu vou me matar para um bando de filha da puta q é brasileiro?

    A nova República esta acabando com o nacionalismo desse país de merda

    Responder

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