28.04
2009
10:28 am
Gripe suína, a moda e as lendas urbanas
Postado em Ciência, Crônicas, Entretenimento, Há mais entre o céu..., InternetÉ, a gripe suína se consolidou mesmo como a mais nova febre (há!) do verão outono. Mais contagiosa que música do Latino (que bela piada heim? Mas tem um paralelismo, juro), ela esta nós fazendo regredir um pouco na outrora fabulosa medicina moderna e serve como uma overdose de humildade pros que realmente acreditavam na supremacia da raça humana.
Topo da cadeia alimentar? Não sei não. Afinal, é tão século 12 as pessoas morrerem por causa de gripe. Eu já disse: o planeta tem meios de espirrar nossa espécie pra fora quando ele quiser, se julgar necessário. A possibilidade de uma pandemia no séc. XXI é só a prova.
Mas a vida continua, ainda que com máscaras cirúrgicas ridículas sendo usadas por 90% da população mundial. E eu fico imaginando se um acessório tão sóbrio pode, daqui algumas décadas, se tornar um adorno de vaidade. Porque assim que as pessoas começaram a usar colares e correntes com pingentes - acreditava-se que esses ‘patuás’ protegiam contra doenças e maldições dos deuses malignos da antiguidade.
Em décadas, quando as mutações dovirus da gripe forem tão letais, diversas e frequentes que não vai ser possível sair de casa sem máscara, a coisa vai passar a fazer parte da cultura humana. E ainda que a medicina futura encontre uma vacina contra todas as mutações, o uso da máscara perdurará. E como pra toda tendência moderna, já temos os vanguardistas. Já consigo até prever os editoriais de moda:
Esse mexicano abusou do bom humor e dos estereótipos de seu país pra tornar o acessório único
Uma borboleta, o símbolo da feminilidade, foi o tema escolhido por essa funcionária de um aeroporto mexicano
Rebeldia, criatividade e improvisação: três palavras que têm tudo a ver com juventude e com máscaras cirúrgicas
Daí vão te ensinar como combinar sua máscara com os outros acessórios, variações divertidas (máscara de bandido do faroeste; fantasia de médico). Pelo menos ainda não caímos no ridículo de colocar máscaras nos porquinhos. Aliás, uma máscara com um nariz de porquinho seria de uma criatividade e ironia formidáveis.
Mas a realidade é: eu tô morrendo de medo dessa gripe. Só consigo fazer um paralelo com a Peste Bubônica (sem exagero), com o fim do mundo, o apocalipse bíblico, Nostradamus, Inri Cristo (?) e todas essas figuras de fim do milênio. Mas sabe que essas coisas são necessárias de vez em quando, né? Pra dar uma segurada no crescimento populacional. A gente sabe que as pessoas morrem mais nos países mais pobres, que não contam com condições sanitárias adequadas pra suportar uma epidemia desse tipo. E é nos países mais pobres que as taxas de natalidade bombam. A natureza sabe das coisas.
E enquanto o governo brasileiro diz que reforça medidas contra a chegada da gripe por aqui, apesar de termos 12 casos de suspeita (impossível conter; não adianta mascarar os viajantes nos aeroportos, já que já tem gente contaminada nos países que fazem fronteira com a gente), hackers usam a história pra vender remédios falsos sobre a doença, eu fico pensando numa coisa só.
Me chame de maluca paranóica por teorias da conspiração. Mas se é sabido que as empresas que desenvolvem softwares de antivírus precisam investir na criação de novas tecnologias de vírus, porque isso não seria uma verdade no mundo real? Só dois laboratórios fabricam remédios que podem combater a gripe do porco.
E no mais, sábias mesmo são as palavras de @RonaldRios:
Eu também nunca conheci ninguém. Aliás, nem discuto mais esse negócio do Acre não existir. Pra mim, até Dengue é lenda.
PS.: Escrevi esse depois de assistir Charlie: the Unicorn 3. Acho que daí vem a psicodelia e a ausência de sentido.
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Tags: alergia, fim do mundo, gripe suína, Moda, saúde, tornado; ciclone; china; eua; tragédias; fim do mundo;