31.07
2009
4:10 am
Sobre tatuagens bluetooth, Tarso e um futuro apocalíptico
Postado em Ciência, Crônicas, Entretenimento, Há mais entre o céu..., TecnologiaÀs vezes minha cabeça pára de funcionar. E não é quando eu durmo. É como se, atrapalhada pelo excesso de informação e principalmente preocupada pela quantidade enorme de coisas na lista de tarefas e obrigações praquele dia, a parte que se comunica do meu cérebro ficasse momentaneamente incapacitada de produzir.
Eu tô experimentando essa situação nesse momento, já que faz algumas linhas que venho tentando começar um texto sobre uma tatuagem bizarra sobre a qual li esses dias. É uma mistura de tatuagem de Harry Potter (elas se mexem) com chip futurista à là Tarso (clique para ampliar):
É uma tattoo de interface digital, implantada na pele via microcirurgia, que interage com Bluetooth e usa como energia pra funcionar o nosso próprio sangue, por um processo explicado bem por cima no link original. Sério. Ela tem interface touchscreen, mas não é touchscreen porque NÉ, não tem uma tela. Mas poderia ser touchskin, daria certinho e ainda rolaria um trocadilho maroto.
Não sei se essa parada funciona em seres humanos, se não é uma pegadinha de primeiro de abril, se dá câncer ou interfere no sinal do telefone-sem-fio. Na verdade, ainda estou meio chocada. Sei que depois que você tiver uma pode atender seu celular pela tatuagem. Ela pode exibir vídeos e fotos. Puxa, eu não me surpreenderia se ela tocasse música, tivesse 8GB de memória interna. Ela tem bluetooth! Daria até pra usar fone sem fio. Eu assistiria LOST no meu antebraço, e cara, o quão legal isso seria?
A gente fica discutindo aí a revolução do mobile, da música digital, como a internet vai mudar a maneira de fazer jornalismo… mas daqui a pouco a parada está debaixo da nossa pele e a gente nem vai precisar ser abduzido pra isso. A gente vai QUERER por essa parada debaixo da pele. Especialmente se for um modelo Apple.
É mesmo tão assustador e futurista e Jetsons-like quanto parece, e os Testemunhas de Jeová vão dizer que isso é a prova de que o Messias está chegando, e os evangélicos dirão que essa é a marca da Besta que será implantada em todos os pulsos das pessoas… tanto faz, é sempre a mesma coisa, mesmo. A questão é que está chegando uma era em que os profetas mendigos de rua vão começar a anunciar o apocalipse, e eu vou acreditar neles. Um era em que nos confudiremos com as máquinas. Em que nanorobôs viajarão pela nossa corrente sanguínea curando doenças e aquelas capas aparentemente fictícias da SuperInteressante farão sentido.
Pra mim, só interessa que inventem um dispositivo bluetooth que seja semelhante à penseira do Harry Potter - através de um botão na minha têmpora, eu transmitiria todo o excesso de dados para um cartão microSD localizado, digamos, na unha do meu polegar. Assim, talvez, eu conseguisse organizar meus pensamentos e ideias em pastas e minha mente não fosse essa bagunça. Com ou sem anúncio de apocalipse, aguardo por esse dia.
Por enquanto, fico com minha tatuagem analógica de Dr. Manhattan.
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Tags: apocalipse, chip, fim do mundo, Tecnologia