07.02

2008
3:42 pm

Intromissão infeliz

Postado em Música, Política, Pop

Depois de uma madrugada no pronto-socorro, retorno às atividades normais do Olhômetro quase completamente recuperada.

Nem o Dr. House soube dizer o que eu tenho, mas continuo na busca por um diagnóstico preciso. Enquanto isso, vou testando minha resistência a dor. Depois dessa noite, parir um filho não será um grande problema.

Contudo, cá estou para falar de uma mania que tem se intensificado no pop: artistas se intrometendo na política. Sério, é super bonito ver um artista engajado. Você sabe que não é mais um idiota cantando, que o cara tem algo a dizer… Fora que muitas das raízes do rock vêm daí, do protesto.

Só que tem um problema. Uma coisa é você pregar uma ideologia política: defender uma corrente de pensamento, ter uma posição diante de uma polêmica e deixá-la clara ou algo assim.

Outra coisa coisa é apoiar um político específico fazendo música em homenagem ao cara. O Pearl Jam fez isso - todos os membros, menos o Eddie, cometeram gravaram uma versão de “Rock Around the Clock” chamada “Rock Around Barack”. A canção (?) pode ser ouvida aqui. Especula-se que o Eddie não a tenha cantado por não apoiar Barack Obama nas prévias americanas, mas ninguém sabe realmente.

Sou contra isso por uma série de motivos. Em primeiro, a música ficou bem ruim. Sério, muito mesmo. E em segundo, eu sei como esse tipo de comportamente pode influenciar - e mal - os fãs da banda. Sei bem, porque aconteceu comigo. Eu era uma fã paga-pau de 15 anos do Pearl Jam. E é claro que eu estava muito feliz em copiar tudo o que eles diziam/faziam/ouviam. Quando eles disseram que eram Ralph Nader, eu fui Ralph Nader. Mas que caralhos eu fui, se eu nem votava, e pior ainda, er aum candidato americano? Não me perguntem. É assim que funciona.

No meu caso, não foi de todo ruim, porque despertou em mim o interesse por política de forma geral. Mas aposto que não é assim que acontece com 90% dos jovens que ouvem os caras. Adolescente é assim mesmo: engole o que ouve sem se questionar, na maioria das vezes. Boa parte dos adultos é asism, também. E isso é um perigo. Os caras do Pearl Jam deveriam ter noção da responsabilidade que têm ao gravar uma música para um candidato à presidência dos EUA. Chega a ser irresponsável, além de poder até soar como propaganda política paga. No caso do PJ, acho difícil que aconteça (sim, meu lado fã ainda fala mais alto), mas não duvido de mais nada nesse mundo.

Por isso, Green Day, System of a Down, Bruce Springsteen e Grateful Dead, tomem vergonha na cara e fiquem fazendo só música boa, que o mundo já carece disso. Tem outras pessoas pra brigarem por políticos.

E como se não bastasse, o baterista do Pearl Jam, Matt Cameron, gravou uma outra música pelo Obama. Também é péssima, então não se animem.

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06.02

2008
9:56 pm

Balanço do feriado: Carnaval, Britney e Amy, Big Brother, Lost, Skins

Postado em Brasil, Celebridades, Crônicas, Música, Pop, TV

E não falo do suíngue do carnaval. Balanço do feriado é um resumo do que aconteceu esses dias, já que ninguém teve saco de ficar acompanhando notícias. Embarquem na vibe Leitura Dinâmica e vamos nessa:

Eu não sei quem ela é. Nem por qual escola e em que ano ela desfilou.
A modelo Silvia Soares foi um dos destaques da Rosas de Ouro este ano

Resumo do Carnaval: Em São Paulo, a Vai-Vai ganhou. No Rio, foi a Beija-Flor. Juliana Paes disse que desfilou fora de forma, uma mulher desfilou pela São Clemente com um tapa-sexo de 4 centímetros, um dirigente de scola de samba foi atropelado por um carro alegórico e a Viradouro substitutiu o carro com o Hitler sambista por um com um monte de gente com mordaças, simbolizando o cerceamento da liberdade de expressão. Diante de todos esses acontecimento importantíssimos, eu sofri de insônia por algumas noites, mas já estou retomando o ritmo normal.

Britney Spears: Ela estava internada como louca, certo? Bom, muito aconteceu nesse feriado. O pai ganhou direito de controlar a fortuna dela, porque os médicos constataram que ela não estava em condições de cuidar dos bens materias que possui. Daí, ele foi até a casa dela para trancar e tal e descobriu que tinham roubado uma monte de coisas, incluindo fotos e vídeos comprometedores. Desconfiaram do Sam Lutfi, que é empresário e amigo aproveitador e controlador da Britney e das coisas dela. Aí, hoje mesmo a mãe da Britney apresentou queixa oficial, pedindo para que a justiça obrigasse o Sam a ficar longe dela. No documento, a mãe afirma que el drogava a Britney, escondia as baterias do celular dela e cortava os cabos do telefone, orientava paparazzi para tirarem fotos dela, tratava ela super mal, inclusive dizendo que ela é uma péssima mãe e coisa e tal. E, hoje mesmo, a Britney foi liberada da. Os médicos não mais a consideram um perigo para si mesma. No TMZ.com tem a íntegra do processo que impede Sam Lutfi de chegar perto dela, e vale a leitura.

Amy Winehouse: continua na clínica de reabilitação. De novidade, teve que ela saiu às pressas pro hospital por causa de desidratação e vômitos, mas esses são sintomas comuns de abstinência e desintoxicação. E Amy foi interrogada por causa do vídeo dela fumando crack, mas nenhuma acusação formal foi feita.

Big Brother: assistir assim, na TV, eu ainda não vi. Mas recebi uns links de um barraco que rolou no feriado e resolvi ver. Daí que o Marcelo ficou putinho que foi pro paredão, falou uma pá pra Thalita, e ela foi lá e fez a fofoca pro Fernando, que voltou pra tirar satisfação. No final, não deu em nada, a Thalita acabou saindo e eu fiquei espantada de como aquelas pessoas levam tudo aquilo tão a sério. Tá, eu sei que é um milhão, mas mesmo assim ainda me dá vergonha alheia.

Lost: o seriado voltou na última quinta-feira e eu vi o novo capítulo, que está, como sempre, fantástico. Spoilers, resumos e todo o resto no Lost In Lost.

Skins: terminei de assistir a primeira temporada de Skins, um seriado inglês que é uma espécie de The O.C. mais hardcore. É bem legal. Downloads e outras informações aqui.

Estou ligeiramente incomodada com uma dor lancinante nas costas e no estômago e por isso estou indo ao pronto-socorro. Agora. Por isso resumi bastante os seriados.

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06.02

2008
1:32 pm

Eu poderia me acostumar a essa vida

Postado em Crônicas

Meu carnaval pode ser resumido assim: cinco dias sem fazer absolutamente nada. Não viajei, saí pouco, não estudei, não resolvi assuntos pendentes. Com exceção de alguns bons momentos ao lado de bons amigos - coisas simples e tal, - não fiz nada.

Alguns podem ficar entediados com essa rotina (com a falta dela, na realidade). Outros acabariam se desmotivando, a preguiça embola com uma vontade de ficar debaixo das cobertas e você não é capaz de fazer mais nada. Nunca. E isso soa terrível.

Não pra mim.

Eu poderia me acostumar a essa vida. Sim, eu não ligo de não fazer nada o dia inteiro… eu leria mais. Teria mais tempo para mim e para as pessoas que eu gosto. Não seria tão estressada. Não precisaria viajar por duas horas, todos os dias, para ir ao trabalho.

Eu provavelmente também não teria dinheiro. Mas quem liga?

O engraçado é que eu não consigo sequer imaginar (mesmo!) como seria, por exemplo, minha mãe brigando comigo para arranjar um emprego. É algo que nunca esteve nem perto de acontecer.

Se eu não fizesse nada da vida, e vivesse como eu vivi esses cinco dias, provavelmente todo mundo na família me acharia uma vagabunda - não no sentido bitch da palavra. Vagabunda de não fazer nada, mesmo. As pessoas têm essa espécie de cultura ao trabalho, porque o trabalho dignifica e sei lá mais o quê. Mas trabalhar é uma merda. A gente passa mais tempo com o chefe do que com a família. A gente vive em função das responsabilidades profissionais. E a gente faz isso muito tempo, ganha muito pouco e vai continuar fazendo isso até o fim da vida, quando vai começar a receber menos ainda pra não fazer nada. Aí a gente vai ter tempo de fazer tudo o que quiser, mas talvez não tenha grana e nem disposição.

Eu sempre acreditei que a vida não pode ser isso. Trabalhar é preciso, porque a gente dedica nossa força física e criativa em prol de criar algo, e isso sem dúvida é enriquecedor. Só que eu duvido que se matar a vida inteira e deixar, de fato, de viver, seja realmente a vida. Eu não posso acreditar que estamos aqui pra isso. Deve haver alguma coisa errada com a gente, pra pensar assim e nem se questionar. Ou talvez a gente só trabalhe demais e não tenha tempo pra isso.

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02.02

2008
3:51 pm

A nova dos B-52′s

Postado em Música, Pop

Antes, preciso confessar que a única música deles é… nenhuma. Eu só ouvi Candy, que a vocalista canta com o Iggy Pop, e Shiny Happy People, que tem nos vocais ela e o Michael Stipe.

b52s_grey_20071217_120347.jpg
Só eu achei essa capa de single sooooooooo last season?

Mas eu achei essa nova música, Funplex, muito muito boa. Pros desatentos, dentro do link tem um texto, e nesse texto tem o link pro streaming da música.

O disco novo do B-52′s também chama Funplex e tem 11 músicas inéditas, chega ao Brasil dia 24 de fevereiro (alguém ainda compra CD?). A formação atual é a mesma da original. Não sei sobre os outros retornos infames, mas esse rendeu pelo menos uma música legal.

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02.02

2008
10:54 am

Me redimindo com Mallu Magalhães

Postado em Música, Pop

Ok.

Minha opinião mudou ligeiramente.

Beleza, ela ainda é só uma menina de 15 anos tocando violão. Mas não posso ser injusta, não. Ela tem algum talento. Não que eu tivesse dito que não tinha.

Acho que precisa lapidar. E também acho que ela não faz juz a todo esse hype. Mas preciso reconhecer que provavelmente o hype elevou minhas expectativas. Por isso a decepção.

Ainda assim, acho que devo me redimir.

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01.02

2008
9:13 am

Humor negro?

Postado em Crônicas

Tá mais pra humor bem branquelo. Quase ariano.

Tudo bem você morar num país que pare durante duas semanas no ano (provavelmente mais) pra beber, pegar mulher e dançar ao som de música ruim. Tudo bem que todas aquelas pessoas da comunidade carente, que sambam durante 12 horas de maneira frenética e incessante na Sapucaí, não ganhem um tostão e dediquem sua vida a isso, e que os famosos fiquem na área vip, falando com o Amaury Junior sobre quanto o Carnaval é alegria e descontração. E tudo, tudo bem mesmo se as escolas de samba estão associadas ao tráfico de drogas, ao jogo do bicho, se recebem patrocínio de países comunistas estrangeiros e faturam milhões todos os anos. Isso a gente pode superar! Fácil.

Eu só não posso entender como uma escola de samba acha legal fazer uma ‘homenagem’ ao holocausto colocando no carro alegórico um monte de cadáveres e alguém vestido de Hitler sambando em cima deles.

Tipo. SAMBANDO.

Desculpem a falta de sensibilidade pra piada, sério.

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