10.02

2009
1:00 am

As coisas que a pré-escola nos ensina sobre as pessoas (mas que nós somos jovens demais para enxergar)

Postado em Crônicas, Pop

Tem um monte de músicas em inglês com a seguinte letra em algum ponto: “If I knew then what I know now”. Numa tradução rústica, isso é algo como “Ah, se eu soubesse então o que sei agora.” Em português, não soa bem numa música (a não ser que seja uma do Los Hermanos), mas é a mais pura verdade - ou você nunca parou pra pensar no sofrimento que teria evitado no passado se tivesse a experiência de vida que tem hoje?

Eu não me lembro se a minha mãe me deu alguma orientação específica antes do meu primeiro dia de aula na vida, nos idos do pré. Algo do tipo “seja boazinha com seus amigos”, “não aceite lanche de estranhos” ou “não atinja a tia com esses lápis”. Me lembro que chorei quando ela me deixou na porta do Mundo Mágico (que de mágico tinha muito pouco), e que o primeiro diálogo que travei nesse ambiente inóspito e desconhecido (enquanto me esgoelava, me esforçava para responder) foi:

- Oi. Por que você está chorando?
- Porque (suspiro) eu (suspiro) quero (suspiro) a minha (suspiro) mããããããããe (berro)!!!!!!!!!!!!!!
- Qual seu nome?

Veja, que simpatia. Crianças de 6 anos, largadas à própria sorte durante 5 longas horas no pátio de uma escolinha de bairro são capazes de, em poucos minutos, sentirem compaixão umas pelas outras. Esse rapazinho veio até mim e se interessou pelo meu sofrimento, então comecei a me acalmar e respondi:

- É Ana Paula.
- Ah. Então para de chorar senão vou contar pra tia que a Ana Paula tá chorando.

E daí que eu concluo que, apesar de a minha mãe não ter me dado nenhuma indicação antes do primeiro dia, ela deveria. Ela deveria ter me alertado já naquela hora: filha, os filhos da puta existem. São congênitos e estão por toda parte. Você vai começar a encontrá-los hoje.

Pré-escola
Hostilidade, selvageria e Lei do Mais Forte são as palavras de ordem aqui

Quero abrir seus olhos para isso. A maioria das pessoas com quem você gostaria ou não de sair é reconhecível já na pré-escola. E não se trata daquele menino gordinho que senta em cima dos outros garotinhos, ou da menina loira com olhos estranhos que te morde. Esses são óbvios. Tô falando de nuances mais sutis da personalidade, de características que aqueles doces pimpolhos virão a demonstrar quando adultos, mas que já na pré-escola dão as caras.

Eu me lembro com certa clareza que costumava jogar as coisas na mochila - lápis, borracha, régua - de maneira aleatória, por algum motivo que eu desconheço, em vez de agrupá-los na bolsinha que eu tinha e que havia sido criada para isso (conhecida popularmente como estojo). Isso já no pré. Daí eu não achava nada na mochila (estava tudo lá, mas eu não achava), então pedia um lápis emprestado para minha amiga Beatriz*, que tinha um estojo com toda a sorte de lápis e canetas possíveis, incluindo aquelas com brilhinhos, cheirinhos, luzinhas e todas essas firulinhas.

A minha amiguinha Beatriz*, em vez de me emprestar a porra de um lápis pra eu desenhar na aula da tia, dizia: “Minha mãe não me deixa emprestar material”.

Eu tinha vontade de dizer à minha amiguinha Beatriz* que ela estava sendo uma escrota, já que a mãe dela não estava ali naquele momento, e que por esse motivo não a veria me emprestando o lápis. Como a mãe dela não tinha, até onde eu soubesse, mediunidade, ela não saberia que a Beatriz* tinha me emprestado o lápis se ela não contasse. Daí eu devolveria o lápis no fim da aula e tudo estaria bem.

Mas eu não dizia nada disso. Afinal, minha amiguinha Beatriz* poderia ficar magoada. E eu acho que essas coisas não passavam de verdade pela minha cabeça de 6 anos.

Mas nesse pequeno exemplo hipotético, já pudemos identificar dois comportamentos que se estenderam pro resto das nossas vidas (minha e da Beatriz*):

Eu continuo desorganizada. Coloco as coisas na mochila por impulso, em vez de alocá-las nos compartimentos reservados para elas, de modo que quando preciso de coisas como as chaves de casa ou uma caneta, não as encontro mesmo evirando a mochila, e preciso pedir (no caso da caneta) uma emprestada aos colegas de sala, que felizmente não dizem mais “minha mãe não me deixa emprestar material”, mas sim “eu só tenho essa”, o que é uma mentira muito mais convincente;

A Beatriz* continuou uma egoistinha mimada, com sua lancheirinha, mochilinha, estojinho e sandalinhas da Barbie, e hoje provavelmente mantém o estojo cheio de canetas com cheirinhos e brilhinhos e coisinhas, e provavelmente até empresta o material para suas asseclas, mas em troca de favores sociais;

E é só se lembrar de todas as pessoas que estudaram com você na vida inteira: mesmo depois que a gente cresce e vai, sei lá, pro ginásio, e depois pro colégio e depois pra faculdade, todos esses perfis continuam existindo (e aqui só dou exemplos reais): a menina que te regula um gole de água, o cara que rouba chaveiros das bolsas das meninas, o outro que nunca leva caderno, nem caneta e sempre que tem atividade pede uma folha de fichário emprestada… eles estão lá, e sempre estiveram. É que na pré-escola você ainda não tinha experiência suficiente pra notá-los. Bem que nossas mães poderiam ter nos avisado. Vai ver que é por isso que a gente chora no primeiro dia.

*Nome provavelmente fictício. Não lembro do nome de nenhuma dessas meninas que regulavam lápis com a desculpa idiota de que a mãe não deixava emprestar, mas uma delas podia muito bem se chamar Beatriz. Mas isso é mera coincidência.

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35 comentários (Comente! Trackback)

  1. Rubens
    10/02/09 | 10:19 am | #

    A única coisa que lembro do pré, foi que eu enfiei um lapiz no dedo de uma menina.
    Não lembro o motivo.

    Responder

  1. Carlos Marin
    10/02/09 | 12:17 pm | #

    Ah, acho que isso não é uma regra que valha por toda a vida (aqui Gregory House e eu podemos discordar): eu por exemplo era do tipo que carregava mochilas pesadas e emprestava material escolar até o início da faculdade. Hoje não levo nem mochila, pasta ou qualquer coisa — isso quando vou às aulas, afinal, está quase tudo nos livros mesmo -, a menos que seja muito necessário (dia de prova ou laboratório), ou pra não abusar demais da bondade alheia, pois sei muito bem como é isso…

    Responder

    Ana Freitas Reply:

    Não costuma ser… foi só uma metáfora pra dizer que a gente pode reconhecê-los, os filhos da puta, desde então. Mas na verdade era uma piada. Pareceu muito sério? O camarada stalker que me odeia até apareceu pra falar mal… se você achou sério, vai ver tava mesmo. hahahahahaha

    Responder

    Carlos Marin Reply:

    Bom, talvez eu não tenha entendido que era piada por ter lido o post assim que eu acordei (e confesso que ri muito com a parte do “filhos da puta existem”) e também porque, em parte, eu acredite no fato de que a sua criação reflete no seu comportamento futuro. Digo “em parte” porque sou quase que totalmente o contrário da minha família: não concordo com muitos preceitos deles e os adotei como uma espécie de “espelho reverso” (termo de psicologia de blog que acabei de inventar).

    Responder

    Ana Freitas Reply:

    Hhahahaha… sempre que vc lê os posts ‘logo que acorda’ saem umas pérolas suas aqui.
    E.. sim, a criação reflete no comportamento futuro, mas claro que não é regra que as crianças pestes no pré serão FDPs pro resto da vida. Mas definitivamente pode indicar algo. hahahahahaha
    E entendo esse negócio de espelho reverso - é engraçado como é bom pra gente ter uma família que é tudo que a gente não gostaria ser. Felizmente não é meu caso, mas consigo imaginar.

    Responder

  1. Sergio Cotis
    10/02/09 | 1:30 pm | #

    Ai meu santo… “os filhos da puta” existem, foi o que concluiu tão sabiamente porque o menino disse que ia contar a Tia?

    Por acaso o menino tambem não poderia ter sido coagido a pensar assim?

    Alias, é errado pensar assim tendo 5 ou 6 anos de idade? outro dia eu (com 20 aninhos) quebrei uma lampada, e meu irmao de 6 disse “vou contar pro papai”. Ele seria um …. fdp?

    As crianças estão desenvolvendo ainda seu aparato cognitivo. Se vc tem algum trauma ou algum ranço, é algo seu, não uma perspectiva global.

    Parece mais um apanhado de pessimismo, daqueles extremos, como quem diz, “o mundo é uma merda e até as crianças nao valem nada”. Nao seja tao amarga, nem tao ingenua…

    Ingenua a ponto de achar que por ser de um jeito as crianças nao mudariam… afinal, tem crianças adoraveis e altamente altruistas que mudam radicalmente. QUANTA PSICOLOGIA DE BLOG! ou seja: barata, xororô pessoal.

    Abraços. (vc se supera qdo diz que o blog é “descolado”, “nao é serio”, e sempre trata de coisas “serias”… com a sabedoria e erudição que tem).

    Responder

    Ana Freitas Reply:

    Ingenua a ponto de achar que por ser de um jeito as crianças nao mudariam… afinal, tem crianças adoraveis e altamente altruistas que mudam radicalmente. QUANTA PSICOLOGIA DE BLOG! ou seja: barata, xororô pessoal.

    O texto é uma piada. Isso não é óbvio? É óbvio que as pessoas mudam. Você realmente acredita nisso que eu sou incapaz de reconhecer algo assim?

    Se as coisas (que você acha serem) “sérias” das quais “eu sempre trato” te incomodam tanto, porque vc sempre volta? Só pelo prazer de criticar?

    Responder

    Sergio Cotis Reply:

    Não, nao creio que seja incapaz de reconhecer o que diz. Me impressiona que escreva o contrário.

    O texto não é uma “piada”. Não diga isso agora para esconder-se, ao menos assuma seus propositos. Se era pra ser piada, deu errado. È uma analise de comportamente, a meu ver, leviana.

    Gosto de ler o blog, de um modo geral. Isso pressupoe gostar de tudo o que se escreve? gosto das materias bem humoradas, mas qdo vc se arvora com “seriedade”… hum. Não vou deixar de ler o seu blog (que é publico e aprecio). E tampouco deixaria de criticar. Por que deixaria?

    Abraços

    Responder

    Ana Freitas Reply:

    Ok, Sergio.
    A impressão que me deu é que você não gostava do blog, já que as duas vezes que comentou foi pra criticar, de forma virulenta, e também porque disse “e sempre trata de coisas “serias”…”. O sempre me fez entender que você sempre lê. E a maneira como comentou denotou que nunca gosta do que lê.
    Claro que a sua crítica é bem-vinda, porque s enão fosse eu simplesmente não aprovava o comentário. Nunca fiz isso aqui.
    De qualquer forma, ficaremos aqui brigando pra sempre - eu dizendo que obviamente o texto não fala sério, porque eu seria uma idiota se acreditasse que todo mundo que faz merda na infância fica assim pro resto da vida, e vc dizendo que eu estava fazendo uma análise de comportamento leviana.
    Te garanto que é um texto com viés de humor, tem muita auto-ironia inclusive. Mas admito que pode sim ter dado errado. Tem vezes que, mesmo ao vivo, as pessoas não distinguem entre quando estou falando sério e quando estou brincando. Acho que nos textos pode ser ainda mais fácil de acontecer.
    Muito obrigada por ler o blog (e por gostar, de um modo geral, como vc disse). Só te peço pra encarar boa parte das tal ‘análises’, especialmente as mais exageradas (como essa) como uma brincadeira (algumas são sérias, mas acho que eu nunca falei 100% sério aqui). Você disse “psicologia de blog”, e é exatamente isso - é uma psicologia de mesa de bar, pra dar risada, mas em texto. Um exagero da realidade, com alguma coisa de resgate da infância, outra de caricatura, outra de exagero e algumas ironias.

    Abraço!

    Responder

    Sergio Cotis Reply:

    “Mas admito que pode sim ter dado errado”. Pois é. Sempre que nos “colocamos” num texto, nem sempre conseguimos nos expressar e nem sempre, de quebra, somos entendidos. Também admito que posso ser ter sido um mau observador.

    Não vou deixar seu blog, moça! Adoro qdo fala coisas sobre a Malu ou como aquele da Mamma Bruscheta. São amenidades, sim. O que não tem nada de errado.

    Abraços!!

    Responder

    Ibere Reply:

    Só queria acrescentar uma coisa nesta tão construtiva discussão: Sergio, seu irmão de 6 anos é um filho da puta mesmo.

    Enrique Reply:

    O Sergio Cotis provavelmente era daquelas crianças que partia pros tapas quando alguém dizia que o desenho do He-man não era de verdade ¬¬

    Responder

    Sergio Cotis Reply:

    Não gostava do HeMan, preferia os Thundercats. E se alguem atacava o Capitão Planeta, ai sim tinha briga hehehe.

    Responder

    Rubens Reply:

    Capitão Planeta???
    O Cara era tão tosco que ficava fraco quando via uma lata de lixo revirada.

    Responder

    Ana Freitas Reply:

    Putz, Rubens. Vc é meu comentarista preferido, mas vou ter que concordar nessa com meu detrator Sergio. O Capitão Planeta podia até ter uma coisa politicamente correta muito chata, mas nada superava aquele momento em que todos os jovens se reunião e gritavam aqueles elementos, apontavam os anéis (!) e invocavam o Capitão. E tipo, não bastavam os elementos da natureza, saca? Tinha a parte sentimental, pq o último era “CORAÇÃO!” Memorável.

    Responder

    Carlos Marin Reply:

    Me lembrei dessa tirinha:

    http://www.explosm.net/comics/1417/

  1. Enrique
    10/02/09 | 2:22 pm | #

    “Ela deveria ter me alertado já naquela hora: filha, os filhos da puta existem. São congênitos e estão por toda parte. Você vai começar a encontrá-los hoje.” Sábias palavras.

    Acho que no primeiro ou segundo dia de aula no prézinho, minha mãe havia mandado bolachas passatempo na lancheira do He-man. Aí eu, na minha santa e babaca inocência, resolvi compartilhar algumas das bolachinhas com o moleque da carteira de trás. Perguntei se ele queria bolacha, disse que sim, eu peguei duas bolachas e coloquei na carteira dele. O filhadaputa-mirim pegou as bolacha, simplesmente arremessou elas contra a parede da sala de aula e começou a rir feito um maníaco. Eu aprendi a lição dos “filhas da puta existem e são filhos da puta” naquela hora, mas hoje eu penso que se eu tivesse virado e enfiado a mão na cara dele, talvez eu fosse mandado pra diretoria, mas pelo menos o mundo tivesse sido poupado de mais um filho da puta. Ou não. Enfim.

    Responder

    Ana Freitas Reply:

    Belo depoimento. Corrobora para a minha tese. E me deixa mais aliviada de saber que algumas pessoas entenderam a piada :)

    Responder

    Sergio Cotis Reply:

    Sorry, ele não entendeu a tal “piada”. Só fez a versão dele de psicologismo barato.
    Sinto muito.

    Responder

  1. Ana Freitas
    10/02/09 | 5:41 pm | #

    falta de humor é falta de inteligencia? ou eu que não sei deixar claro que um texto é claramente uma piada? opinem http://tinyurl.com/c5ht6f

  1. Edu Shalshisha
    10/02/09 | 6:19 pm | #

    Ri demais!!! Muito bom o texto!

    Mas, levando pra parte séria da coisa, é um exagero achar que as pessoas não mudam… Mas é fato que encontraremos ao longo de toda a nossa vida (as vezes até antes de entrar na escolinha) tipos como esses que vc descreveu e outros…

    Ótimo texto!

    Responder

  1. Luiz
    10/02/09 | 6:27 pm | #

    Olá! sou obrigado a concordar com o tal do Sergio: apesar da proposta do texto e da autora falar em “ironia”, o que se vê é um psicologismo barato, e uma visão distorcida sobre o universo das crianças, aliás, POSITIVISTA. Só falta a autora dizer que “se eu exterminasse o moleque que foi egoísta comigo no jardim haveria um sacana a menos no mundo”, ou seja se o problema é congenito, nada que EUGENIA nao resolva.

    Depois a autora explicou que era ironia.
    Mas IRONIA não se explica. E no texto, se existe, está muito mal expressa. Talvez tenha errado apenas nisso, confiado que o leitor iria de cara identificar os absurdos do textos… mas como escreveu com demasiada veemencia, a tal ironia (se é que havia) não teve lugar.

    Abraços - grato pela leiga participação

    Responder

    Ana Freitas Reply:

    Valeu cara. É uma visão humoristica mesmo, óbvio que distorcida, enfim, mas como o Sergio e outros amigos já disseram, infelizmente isso não ficou claro praqueles que não conhecem muito bem a maneira como eu trato os assuntos (sempre com humor). Conversei com alguns amigos que leem o blog e todos foram categóricos em afirmar que sacaram a piada de cara, mas enfim, é gente que me conhece o suficiente pra isso.
    Me empenharei da próxima vez pra deixar claro que é uma brincadeira, uma verdade meio exagerada, caricata. Talvez eu crie um selo. hehehe

    Abraço :)

    Responder

  1. Bruno O
    10/02/09 | 10:41 pm | #

    Só de ver a foto de uma turma no jardim de infancia e sua legenda (Hostilidade, selvageria e Lei do Mais Forte são as palavras de ordem aqui), já se nota a ironia do post. Não precisa ser um genio ou o rei da piscologia para isso. Mas ri mais com os comentários xiitas/pseudo intelecutais do que com o texto em si. há!

    Responder

    Dulce Reply:

    Tem razão! A foto com a legenda diz tudo!
    As pessoas levam tudo a sério demais, criticam demais, falam demais…

    Responder

  1. Giovanna Fausitni
    10/02/09 | 11:51 pm | #

    Eu leio diariamente esse blog, nunca tinha comentado mas ao acabar de ler esse post me de uma vontade enorme.
    Assino embaixo de tudo que disse, muito bom! hahaha

    Responder

  1. Fã nº 1
    11/02/09 | 1:22 pm | #

    quanto mais leio esse blog, mais impressionado eu fico….notável..você é realmente notável…

    Responder

  1. Porcho
    11/02/09 | 3:14 pm | #

    Tenho pra mim que os mesmos fdps que não emprestavam material, hoje em dia são fãs de narguilé…

    Responder

  1. Lannes
    11/02/09 | 8:03 pm | #

    Eu não conheço vc e entendo suas “ironias”, “piadas”, como quiser chamar.

    =]

    Responder

  1. Lili
    12/02/09 | 9:17 pm | #

    Adorei o post!!!! Estes pequenos demônios dedo-duros que não emprestam o lápis com desculpinhas esfarrapadas são mesmo projetos prontos de FDP’s. Muito provavelmente é aquele tipo de gente que puxa o tapete alheio, anda pelo acostamento quando a estrada está parada, ou seja, gente individualista e egoísta. O menininho X9 só queria se dar bem com a professora e a Beatriz é egoísta mesmo… hahaha muito bom!

    Responder

  1. Jovens demais para enxergar : Blog dos Alunos da Metô
    28/02/09 | 3:11 am | #

    [...] post, Ana Freitas (do Olhômetro) reflete de maneira bem-humorada sobre alguns traços de personalidade [...]

  1. http://bonitinhamasnadaordinaria.blogspot.com/
    28/02/09 | 10:32 pm | #

    Muito bom post, e traz lembranças ruins ‘…da aurora da minha vida, da minha infância querida…’desde as visuais: garotas que combinavam a polaina com a touca (só que foi criança nos anos 80 lembra disso), até as mais perversas como as crianças que não emprestavam material, as professoras idiotas que ensinavam a guardar bem tudo porque os lápis de cor acabariam se muitas pessoas os usassem, ou porque as merdas dos cadernos, quando emprestados, voltavam com orelhas… O dó!!!
    vou te seguir, textos leves e criatividade.

    Responder

  1. Louise
    22/05/09 | 1:51 am | #

    Hahahahaha ri demais com esse post! O título me atraiu de cara porque vira e mexe (quando as merdas acontecem) eu lembro que passei por coisas na infância que teriam evitado o que me aconteceu de ruim. Chato é lembrar depois que o leite já foi derramado, mas nem é o fim do mundo, quer dizer que pelo menos meu cérebro ainda funciona bem o suficiente pra resgatar essas lembranças (aquela que às vezes se sente velha no auge dos seus 21 anos).
    O que eu ia dizer que psicologia barata de blog é o que há! hahaha Arrisco dizer que os fricotes dados por algumas pessoas nos comentários anteriores, são reflexo dos surtos de “olha a melancia na minha cabeça” (ou “olha, vôo que nem o Super-homem!”, ou *bate os pés no chão e começa a gritar*) quando outras crianças recebiam mais atenção do que elas mesmas. É tão difícil dizer pro coleguinha que o desenho dele tava bonito? É siiim, é mais digno rasgar o desenho dele e fazer um calombo na própria testa. Aham. (aposto que outro vai chegar e dizer que não foi irônica também! hahahahahaha)

    Responder

    Ana Freitas Reply:

    Menina, vc leu o blog inteiro. E comentou. hahahahahaha

    Obrigada. :)

    Responder

  1. Carlos
    14/08/09 | 8:32 pm | #

    Olá,
    Li o post e 80% dos comentários.. bom texto!
    A infancia não é uma preparação para vida.. ela é a vida, e nisso vc tocou bem. Por outro lado, tenho boas memórias do meu pré.

    Nos dias de hoje, ponho fé só em crianças que vão a escolhinha desde o berçário, ao invés de serem criadas em apartamento, pela baba, vendo tv e terminam diagnosticadas como hiperativas, pois não correm mais, não comem areia no parque da escolhinha e não podem eventualmente morder um amiguinho.

    Abs.
    Carlos

    Responder

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