Sabe quando você, sem querer, acaba tratando como íntimo alguém que não é? Tipo quando o porteiro interfona pra dizer que chegou um Sedex e você agradece e emenda um ‘beijo, tchau!’?
(Peço licença para contar o causo que aconteceu com uma amiguinha de quarta série que eu nunca esqueci - a menina, eu nunca mais vi e nem lembro direito da cara, mas a história jamais me saiu da cabeça: ela tinha acabado de falar com a mãe pelo telefone e se despediu como a gente se despede de mãe, ‘beijo, te amo, tchau’. O porteiro interfonou pra dizer que a Capricho tinha chegado. Ela, é claro, repetiu: ‘Ok, obrigada. Te amo, tchau.’ HEH)
Bom. O que acontece comigo é que sempre que eu uso serviços de motorista, isso é, pego um taxi ou sou levada para casa pelos motoristas da empresa, quando eu vou descer do carro eu quase sempre quase (sim, ‘quase sempre quase’, mesmo) dou um beijo no rosto do cara, sabe? De despedida. É terrível, eu preciso sempre ficar me policiando pra não deixar todo esse carinho transbordante se manifestar com um desconhecido. Fica ainda mais forte o ímpeto se eu tiver passado a viagem inteira conversando com o tiozinho.
Alguém tem solução pra esse distúrbio social grave? Nem me venha dizer que é carência. No máximo, excesso de simpatia.
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Tags: AH MEU DEUUS, amor, carinho, crônicas, dia-a-dia, motoristas, taxi
Ana Freitas Reply:
July 28th, 2010 at 2:33 pm
Eu esqueci de falar no post, mas uma vez eu tava doida também e a corrida custou, sei lá, 7 reais e tal. Aí eu dei 15 pro taxista só porque ele veio ouvindo Pearl Jam.
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