22.12

2008
3:00 am

Turismo de realidade: a maior prova de que as pessoas estão entediadas

Postado em Brasil, Crônicas, Política

Puxa vida. Se tem um mercado que eu nunca vou entender, é esse de coisas para cachorros. Não as coisas básicas, tipo ossinhos, brinquedos, comidas recheadas ou coisa assim. Mas as coisas DESNECESSÁRIAS para cachorro, como camas, jóias, roupas. E eles sempre dão um jeito de fazer um trocadilho com a palavra CÃO nos nomes desses produtos, tipo… Cama para cachorros DORMINHOCÃO.

Eu acho que dificilmente algo pode ser tão estúpido quanto vestir um cachorro de papai noel no Natal.

Roupas para cachorros

Atentem para a coleção de FESTA na Bardout - Pret-a-Porter

Não, tem algo mais estúpido que isso. É pagar para visitar favelas.

Cara, legal. As pessoas se orgulham de morar nas favelas. É uma comunidade, tem todo um ecossistema, mas assim, eu tenho umas ressalvas. Primeiro, o estado das casas não é exatamente algo que eu consideraria ideal. Tipo, se me dissessem ‘qual a casa dos seus sonhos’, eu não imaginaria nada que fosse construído com compensados de madeira. E duvido que essas pessoas que se dizem felizes na favela imaginem uma belo barraco com cerquinha branca na frente.

Mas beleza, na favela não tem só barraco, tem umas casas de alvenaria sem reboco e sem pintura. Esteticamente não é uma visão exatamente ideal, como eu disse, ninguém imagina a casa dos sonhos sem pintura. Mas não é tão ruim assim.

Outra ressalva provavelmente é a ausência de poder público em todos os níveis. Tipo, rede de esgoto e de saneamento básico falha ou nula, rede elétrica falha ou nula. Essas coisas são um problema, é preciso admitir. Dá pra ir levando, ok, mas é um problema.

Outra coisa é que o tráfico normalmente vive na favela. E faz os negócios lá. E pô, acho mó legal que eles protejam a comunidade, mas esse negócio de ter as próprias leis eu acho esquisito. Me incomoda um pouco. Me incomoda também, ligeiramente, o fato de eles andarem armados. Armamento pesado, à luz do dia (como se à noite fizesse diferença, mas vocês entenderam), passeando entre as crianças. Repito, nada contra, mas acho que não é o que ninguém idealiza como vizinhança perfeita. Tem os tiroteios com a polícia também, algo que me deixa um pouco desconfortável.

Coisas como essas me afastam da favela e me fazem desejar que as pessoas (as insatisfeitas com a favela) tenham condições de morar mais dignamente.

Ok, daí os gringos acham essas coisas exóticas, né. Pra eles é tudo muito exótico, muito ‘olha como esse seres primitivos se organizam socialmente’. E eles PAGAM para visitar as favelas, no chamado Ghetto Tour ou Tour da Realidade. Puta merda, minha vida inteira eu tenho pagado (e muito) para ficar LONGE delas. E os caras vêm de fora e acham tudo muito interessante.

Beleza. Acho legal, que daí eles gastam dinheiro na favela (mas como bem observou esse post do Cracked, não podem colocar MUITO dinheiro na favela, senão os pobres ficam ricos e aí o propósito se perde), mas é assustador que alguém um dia tenha tido uma idéia dessas. E é por isso que eu não sou rica, me falta esse faro elementar para negócios.

Pelo que andei lendo, o guia turístico deve ser alguém da comunidade, pra conseguir entrar com os gringos lá sem tomar pipoco dos traficantchi. E os traficantchi, que de bobos nada têm, recebem parte da grana para manterem os gringos intocados na inocente excursão.

Isso deveria ser crime, né? Mas acho que não existe nada na constituição que diga que é proibido pagar um traficante para que ele não mate estrangeiros acompanhados de um guia turísticos. Advogados, me corrijam.

Crime ou não, têm um site (aliás, 1995 ligou e pediu o layout de volta): www.favelatour.com

E daí é isso, eles vêm pro BRAZIL, pagam uma FACADA pra poder entrar na favela e comer, sei lá, churrasco grego, jogar sinuca e tomar cachaça no buteco e ver os soldados do morro empunhado os AK-47 à luz do dia. Basicamente tudo que gostaríamos de manter longe (e erradicado, se possível).

E eu posso imaginá-los escolhendo o roteiro de viagem e dispensando as Ilhas Malvinas ou os Alpes. Posso vê-los, entediados com seu dia-a-dia de primeiro mundo, cheio de civilidade e cidadania e Estado atuante. E daí eles pensam: ‘Pô, eu vou agora assistir às pessoas fudidas do mundo. Sim, é isso que vou fazer. E vou pagar por isso. Vou ver de perto.’

E olha, é até menos esquisito do que uma nova modalidade de turismo de realidade que está pegando: vivenciar a tentativa de imigrantes de cruzar ilegalmente a fronteira entre México e os EUA. Lembra da Sol, escondida dentro do porta-luvas debaixo do sol do Atacama Arizona? Pois é, amigo. Tem gente pagando pra viver essa experiência enriquecedora e inesquecível. Duvida?

Perto disso, nem dá mais pra falar um ‘a’ de quem veste o Chow-Chow de papai-noel no fim do ano. Na verdade, isso se torna até muito sensato.

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22.12

2008
1:46 am

On the road again: 6 sites que você precisa visitar antes de viajar

Postado em Publieditorial

On The Road Again - blogueiro oficial!

Que alegria! O fim do ano chegou e trouxe com ele (se você não for eu) as tão aguardadas férias. E o que é que a gente (eu não ok) faz nas férias? Viaja.

Só que preparar a viagem, por si só, é uma dor de cabeça enorme. Escolher destino, pesquisar preços de passagens, lugar pra ficar, grana, onde ir, o que levar… se você fizer tudo direitinho, o stress pré-viagem será compensado pelos bons momentos da viagem em si. E alguns sites podem te ajudar inclusive a reduzir esse stress e a planejar as coisas com mais traqüilidade. Usando essa lista aqui e um pouco do Google, cheguei alguns endereços essenciais para facilitar a vida de quem quer sumir por uns tempos. Dá uma olhada:

6. Free travel guides

Você vai viajar pra um lugar legal (nos EUA ou no Canadá). Daí lê um monte de coisa na internet e resolve comprar um daqueles guias do National Geographic que vendem em qualquer banca de jornal. Mas quando chega lá o Guia Júnior tá saindo por tipo R$114,90. Oi?

O Free travel guides te salvou dessa. Porque ele disponibiliza, como o nome muito sabiamente explicita, Guias de Viagens Gratuitos para os EUA e Canadá. Entra lá, escolhe o destino, baixa o guia (ou pede pra enviar pro seu e-mail) e fique por dentro das fitas de mais alta periculosidade rolando pela América.

5. Planet Love - the foreign bride guide

Você, gringo, está louco para arrumar uma asiática/latino americana, ter uma relação feliz e duradoura, casar-se, ter filhos e morar numa linda praia em Santa Catarina/Dubai?

Sua busca se tornará muito mais fácil com o incrível Planet Love - the foreign bride guide, que ensina tudo sobre como conquistar e desenvolver relacionamentos sérios com mulheres que estão loucas atrás de um gringo rico porque moram em países subdesenvolvidos então seu trabalho nem deve ser tão difícil assim asiáticas e sul-africanas. O site reúne informações sobre costumes, dicas sobre como ‘cortejar’ a garota (sic) e se tudo der certo, até informações legais e burocráticas sobre como casar com um estrangeiro.

Tem, inclusive, um relato super romântico de um casal que visitou o Vulcão Totumo, na Colômbia, e tomou banho no lodo com propriedades afrodisíacas medicinais do Totumo, mais ou menos igual ao que o Patton (só que sozinho):

Só um alerta: se estiver com sua gata latino-americana ou asiática no lodo, por favor, não use o notebook dentro da piscina de lama. Acho que a nerdice pode asssustar.

4. World Taximeter

ISSO SIM é útil. Porque taxista é, segundo o IPI-Olhômetro/Census, a terceira profissão que mais engana pessoas por dia ao redor do mundo. O tem uma lista de cidades famosas turisticamente (mas não dá pra escolher qualquer cidade do mundo. Isso é o grande problema, aliás, não tem nenhuma cidade no Brasil) e basta escolher o lugar, onde você está e pra onde vai para calcular o preço da viagem e não ser enrolada por nenhum taxista sacana.

3. Don’t forget your toothbrush

Você cria um cadastro e ele cria pra você uma lista personalizada (baseada no que você escolher e nas características da sua viagem) do que NÃO esquecer de levar ou de fazer antes de viajar. Só esse já resolve 80% dos problemas que costumam acontecer quando a gente viaja. E é de graça.

2. The guide to sleeping in airports

Se você é, como eu, uma pessoa econômica, vai achar esse útil. Nesses mochilões, pode ser muito econômico passar uma (ou duas, ou três) noites no aeroporto. Sabe como é. E esse site é seu melhor amigo. Ele indica os aeroportos mais apropriados para uma soneca (e os menos), dicas para não ser incomodado e outros macetes, tudo endossado (ou não) por outros praticantes desse esporte ao redor do mundo. Em época de crise global, nada mais apropriado.

1. Couch Surfing

A essa altura do campeonato você já deve ter ouvido falar de Couch Surfing, mas como meu dever é informar os que ficam para trás nessa avalanche de informações que nos soterra diariamente, ouça atentamente: couch surfing é a prática de contatar pessoas comuns ao redor do mundo que abrem suas casas (e sofás) para viajantes sem grana. A idéia é hospedar alguém na sua casa e, além de fazer um viajante feliz, fazer um intercâmbio de culturas. O site serve para quem quer receber viajantes ou para quem precisa de um sofá em algum lugar do mundo, além de abrigar depoimentos de couch surfers sobre residências confiáveis (e também dos anfitritões sobre os viajantes).

Antes que alguém fale sobre o perigo de receber desconhecidos em casa num mundo perigoso desse… é sim, é um risco a se correr. Mas parece que as coisas estão dando certo, ou a prática não teria se difundido.

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19.12

2008
1:33 pm

O retorno da reforma da vizinha compulsiva

Postado em Crônicas

Leia isso. Observe a data.

E daí que a distinta senhora do 14º está, novamente, reformando. Começou no segundo dia das férias. Novamente, ela quebra o chão, provavelmente da cozinha. Novamente, isso começa pontualmente às nove da manhã e se estende até sabe-se quando, sem previsões de término. Se da outra vez ela quebrou o chão por dois meses, não dá pra precisar quando isso vai terminar.

(Antes que alguém raivoso e sem coração me crucifique por Ó QUERER DORMIR DEPOIS DAS NOVE, gostaria de mencionar que trabalho fora do horário comercial e chego tarde em casa, o que desloca minhas 8h de sono nas 24h do dia. Obrigada)

Tentei de tudo. Primeiro, protetores auriculares. FAIL. As marteladas são muito altas, algumas fazem até ressonância com os móveis e a cama treme. Passei para dois pedaços gigantes de algodão no ouvido, FAIL também. Travesseiro por cima da cabeça não resolveu. Ontem achei que tinha encontrado uma solução: um software para o iPod Touch que se chama aSleep e reproduz sons confortáveis para dormir. Coloquei lá uma ‘chuva’, botei alto e tal, mas o barulho das marretadas infernais ainda se sobressaia claramente.

Daí que hoje resolvi por um som bem doido lá, uma cachoeira. É como se fosse o iDoser, um ‘SHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH’ interminável. Funcionou. Mas a certa altura, por motivos que eu desconheço, as marteladas começaram a aumentar, de freqüência e de força. Daí eu acordei, mas tudo bem, porque já tava quase no horário.

O que eu não mencionei é que esta senhora vem reformando o apartamento dela a cada seis meses, sempre que há férias. E eu não consigo ver outra razão pra isso exceto uma compulsão por viver sempre em uma casa nova. E um excesso de dinheiro. E duas filhas pequenas que são obrigadas a assistir TV Globinho todos os dias, porque não conseguem dormir além das 10h.

Só um desabafo, afinal, acordei mais cedo e tenho algum tempinho sobrando.

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18.12

2008
2:45 am

Lei de Gerson marcando presença em Santa Catarina

Postado em Crônicas, TV, jornalismo

Outro dia, estava no carro com a minha vó, que tem quase 70 anos e dirige. Estávamos numa via bem esburacada, chovia e o tráfego estava intenso. Por todos esses motivos, minha vó dirigia a uns 50 km/h, numa via cujo limite era 60 km/h. Mas tinha um carro pressionando a ultrapassagem atrás. Ela deu espaço e ele passou, xingando minha avó, que respondeu com um gesto levantando o braço (algo do tipo ‘ah vá, passa logo’).

O rapaz dirigia um Uno azul escuro. Tinha cara de trabalhar com informática, não sei muito bem o porquê. Usava óculos, tinha um cavanhaque e parecia ser uma pessoa normal, embora a gente tenha essa mania besta de achar que consegue dizer se as pessoas são boas ou ruins só de olhar.

Daí que o moço do Uno deve ter se sentido ultrajado pelo gesto da minha vó, mandando que ele ultrapassasse logo. ‘Imagina’, deve ter pensado. ‘Essa velhinha não vai fazer um gesto desse, tão ofensivo, para mim’. E daí ele jogou o carro na pista da frente da minha vó e freou com tudo, para que ela batesse na traseira dele.

Ela conseguiu desviar para a direita, mas ele a acompanhou na mudança de pista. Quando ela tentou voltar pra esquerda, foi fechada por ele.

Tudo isso aconteceu muito rápido, mas como a coisa já estava ficando perigosa, acalmei minha vó, pedi que ela reduzisse a velocidade e deixasse o maluco ir embora.

Imagine este senhor, todo faceiro, se sentindo bem depois deste ato digno de um rato. Imagine-o pensando ‘nossa, sou muito sacana. Sacaneei uma velhinha!’ Agora, tente entender como um senhor desse é capaz de encontrar com sua mãe, sua avó ou mesmo dormir à noite sem um pingo de culpa. Será que ele se vangloria disso para os amigos?

O mistério nunca foi solucionado por mim, mas o caso abaixo me lembra que não existe só esse rapaz com a habilidade de deitar a cabeça no travesseiro depois de ser absolutamente covarde.

COMO alguém pode dormir com esse barulho na cabeça? O governo tem dito que são casos isolados, mas tenho lido relatos por todos os lados, vide o post do Morróida.

Será que eles também comemoram a malandragem? Se orgulham de serem tão, tão espertos?

O que mais me choca é exatamente o fato de não ser algo isolado. Como tanta gente pode ser tão escrota ao mesmo tempo?

Bom, algumas famílias de Santa Catarina terão um gordo Natal. Outras não. Mas as coisas nunca foram muito bem distribuídas nesse país mesmo, né?

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17.12

2008
9:44 pm

Radiohead feito de barulhinhos de Nintendo 8-bit

Postado em Entretenimento, Internet, Música, Pop, TV

Como a ordem das coisas do mundo está subvertida, ser nerd é cool e, portanto, fazer música com barulhinhos de videogame também é.

Gostar de Radiohead também é cool. E, freqüentemente, coisa de nerd. Thom Yorke, o vocalista, é o protótipo do nerd-esquisito que conseguiu vencer na vida porque é genial (acho que o protótipo disso é o Jobs, né? Bom, ok)

Nintendinho_table

Disk-Jóquei BOOOOOOOM

Daí veio um cara que era as duas coisas (nerd e fã de Radiohead) e juntou os dois (música e videogames). O trabalho (que não é Guitar Hero), super bem feito e detalhado, resultou nisso:

Paranoid Android:

Música do futuro. Nos vídeos relacionados, tem 15-Step, No Surprises e Creep. Tudo tão bem arranjado que dá até pra cantar em cima, tipo um karaokê feito de midi.

Vi aqui.

Agora, tenho uma enquete pra você (e vou ter várias, daqui pra frente, que esse negócio de interatividade muito me apetece):

[poll id="2"]

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17.12

2008
4:58 am

O que eu gosto e o que eu não gosto sobre o Natal

Postado em Crônicas, Pop

É o seguinte, vou ser rápida antes que as palavras percam o sentido: uma das coisas que eu gosto muito no Natal é que eu posso sentir o cheiro dele.

Olha, não me ache maluca. Não sei explicar. Só posso dizer que dezembro e, por conseqüência, o Natal, para mim tem um cheiro específico, particular. E uma temperatura específica, também, que é a minha preferida.

A temperatura é aquela brisa bem fresca à noite. Não é abafado, mas não chega a estar frio. É o melhor tempo do mundo, e eu gostaria que todos os dias fossem assim. O cheiro lembra um pouco terra molhada (com sabor de chocolaaaaate), mas fica no ar durante todo o mês, normalmente à noite, mesmo se não há terra por perto e nem água para molhá-la.

Eu poderia dormir por 5 mil anos,e quando acordasse, se sentisse esse cheiro e essa temperatura, saberia que estaríamos em dezembro. De 7.008, mas dezembro.

Cheguei a cogitar que esse seria o cheiro do tal espírito natalino, mas constatei que espírito natalino existe tanto quando o Papai-Noel. Não é ele.

Já cheguei a pensar que o cheiro tem algo de pólen de flores, que acabaria tão espalhado por causa dessa brisa tão característica. Mas o polén viaja pelo ar o ano inteiro, não viaja? As plantas não têm épocas férteis, pô. Elas podem ser ‘fecundadas’ por pólens voadores o ano inteiro (aliás, já parou pra pensar no quão invasivo é isso? Como comparação, seria como se você estivesse andando na rua, um engraçadinho soltasse um monte de espermatozóides e algum deles te atingisse sem aviso).

Outra coisa que eu gosto, sobre o Natal, é a cidade cheia de luzinhas. Mas tem que ser discreto, no máximo luzinhas coloridas. Aquelas decorações maravilhosas atraem multidões e causam congestionamento e stress; aliás, congestionamento e stress causado por execesso de gente (a.k.a. multidões) são coisas que eu odeio sobre o Natal.

Outra coisa que eu odeio sobre o Natal são propagandas que fingem um espírito nataliano. Porquê eu não sabia que a TIM tava dando valor pras coisas do coração. Será que eles aceitam como moeda na compra de aparelhos celulares?

O fim do ano é recheado desses reclames hipócritas travestidos de campanhas que pregam amor, solidariedade e espírito natalino. Devia ser proibido que empresas fizessem propagandas de fim de ano expressando toda uma amorosidade. A TIM não demostra amorosidade quando seu cliente tenta falar na Central de Atendimento. A TIM não poderia se importar com as pessoas, porque ela é uma empresa, e empresas não são amorosas. Se hoje em dia tá difícil encontrar gente que se importa com gente, quem dirá uma empresa?

Aliás, no Natal as pessoas fingem se importar com gente. Ou se importam temporariamente. Não sei se isso é algo que eu gosto ou não sobre o Natal.

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