06.11

2009
2:09 pm

Domando o espírito selvagem do rum

Postado em Crônicas, Entretenimento

Ontem, fui num bar lá na Bela Cintra numa festa que a Bacardi promoveu pra ensinar um bando de nerds uns blogueiros a fazer Mojitos.

amd_mojito

Isso é um Mojito

Eu não sabia do que era feito um Mojito e não via nada de legal nele, até saber que é um drink com RUM criado pelos PIRATAS, que misturavam limão e hortelã na bebida pra ficar mais fácil de beber. E bem, você sabe que tudo que envolve piratas é infinitamente mais divertido por causa do tapa-olho.

Enfim. Tinha um barman lá pra explicar como faz o MOJITO PERFEITO. Esse é o mote da campanha da Bacardi, COMO FAZER O MOJITO PERFEITO. Eu vou ser muito sincera que não ligo muito pro equilíbrio perfeito do Mojito, porque assim, eu tenho uma filosofia inovadora referente a bebidas alcoólicas: eu não gosto do gosto delas. Logo, se as bebo, estou em busca do efeito secundário provocado por elas, e ebriedade. Logo, na minha mente, que se dane o gosto da parada, né? É tudo ruim mesmo.

Mas assim, o Mojito até que é gostosinho. Não chega a mudar meu CONCEITO INOVADOR, mas é gostosinho. Vou ensinar a fazer, só pra pescar uns desavisados do Google:

MOJITO

Você vai precisar de várias coisas que ninguém nunca tem em casa, como:
Uma coqueteleira;
Um pilão;
RUM do BOM, pra não dar dor de cabeça;

E algumas que talvez você possa ter, como:
Hortelãs fresquinhas;
Gelo;
Água com gás;
Açúcar;
Limão;

Vamos ao preparo - é fácil, até eu consegui fazer lá na hora.

Esprema meio limão na COQUETELEIRA (deus, como eu amo essa palavra), joque açúcar a gosto (uma colher de sopa rasa é o padrão) e umas SETE FOLHAS de hortelã. Precisam ser sete OK. O barman que disse, EU SEI, não faz sentido.
Daí você pega o PILÃO e “MACERA SUAVEMENTE A NOSSA HORTELÔ.

Isso foi um quote do barman.

Daí põe uma dose de RUM. Não sei quanto é uma dose, vira a garrafa e conta até 8, sei lá. Depois, joga bastante gelo na parada, fecha a coqueteleira e chacoalha por uns 40 segundos.

Abre, põe no copo e dai acrescenta meio dedo de água com gás. Está pronto seu DRINK DOS PIRATAS. Pode pegar o tapa-olho e sair tirando onda.

Sobre os barmen, observei algo curioso. Alguns homens, pra impressionar as mulheres, compram um belo carro. Outros, se vestem com ternos importados. Outros ainda criam uma banda de rock, ou de qualquer outra coisa que seja sucesso de onde essa pessoa vem. Alguns fazem academia e ficam bombadões. Etc

Mas alguns, poucos, optam pelo caminho mais fácil: em vez de impressionar as mulheres fazendo algo incrível, eles preferem deixá-las bêbadas, assim abaixam o nível de expectativa delas e não precisam fazer algo tão incrível para impressioná-las. Astuto, eu diria.

Daí, para camuflar a estratégia, eles aprendem meia dúzia de receitas com bebidas, colocam uma regata e uma bandana bem zuada na cabeça, um gel no cabelo e aprendem a JOGAR GARRAFA PRA CIMA POR BAIXO DO SUVACO.

Barman-01

OEEE

Esses, Brasil, são os barmen. Sem contar os que se valem de artifícios linguísticos e poéticos: o de ontem disse, sério, que iríamos aprender a DOMAR O ESPÍRITO SELVAGEM DO RUM. Me valeu um belo título de post. Obrigada.

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04.11

2009
1:57 am

O gatinho que vai virar refeição se a Hannah Montana não usar o Twitter

Postado em Ovelhas desgarradas

Eu sempre digo que jamais poderia trabalhar de vendendora. É porque eu nunca conseguiria convencer alguém de comprar algo se essa pessoa não demonstrasse que realmente quer isso. Eu diria: “mas por que você não leva esse lindo echarpe pra sua tia?”, e o cliente diria “não posso, esse mês não tenho dinheiro”, e eu completaria “puxa vida. Eu te entendo, tá certo em não levar”. E mais um pouco emprestaria uma grana.

Parêntese: obviamente já parei pra pensar que se passasse fome e tivesse que trabalhar como vendedora daí eu conseguiria né, porque na vida é tudo assim, a gente é tudo criado a leite com pêra e ovomaltino, não sabe o que é passar necessidade.

Fecha o parêntese.

Enfim, disse isso pra explicar que não sou boa em convencer as pessoas se eu não acreditar no meu argumento. Tem gente que consegue convencer sem acreditar no que está dizendo, eu sou completamente incapaz. Quando acredito, até que sou bem boa. Chata, na verdade.

Mas cada um tem seu método de persuasão. Tem gente que argumenta. Tem os que barganhem. Tem os que ameaçam a pessoa que querem convencer. Há até os que façam vídeos implorando, ou blogs, ou coisas loser assim.

Nunca tinha ouvido falar de alguém que tivesse ameaçado cozinhar um gato pra convencer alguém a fazer algo.

fuzzy

Esse é o Fuzzy, que deve virar iguaria em breve

Veja bem, a grande desgraça dessa iniciativa não reside na tragédia de se sacrificar um gatinho por uma causa tão tosca quanto a volta de Miley Cyrus para o Twitter. Até porque que atire a primeira pedra quem nunca comeu um churrasquinho de gato na beira da estação de trem achando que era carne de porco (e você acreditou na boa fé do churrasqueiro).

O negócio é que esse cara, que fez o Miley Save Fuzzy, certamente não é fã da Miley Cyrus. Ele escreve bem demais para isso e tem o humor fino demais. Nenhum fã da Miley Cyrus, adolescentes fofinhos e pretensamente rebeldes, até onde a adolescência fofinha permite que a rebeldia vá, cozinharia um gato. É uma coisa terrível de se fazer (pra um fã da Miley Cyrus).

god_kills_a_kitten

Falando em salvar os gatinhos, um toque pros fãs da Miley Cyrus

O idealizador dessa parada é um gênio - não só porque está disponibilizando no próprio site as receitinhas com carne de gatinho, meu deus. Mas também porque a menina fez um vídeo todo marketeiro dizendo que nunca voltaria pro Twitter, em forma de rap. Mas agora, se não voltar, um gatinho será cozido e comido. Cozinhar e comer um gato é antítese de tudo que a Miley Cyrus é e representa. Se ela permitir isso, será uma tragédia. Todos poderão culpá-la para sempre pelo banquete que Fuzzy terá se tornado. E se ela voltar, como ela tanto diz que jamais faria, vai ser igualmente engraçado, porque… bem, porque ela disse que odeia o Twitter então estará fazendo isso forçadamente e isso é engraçado. Etc.

Não me julguem mal, adoro gatos (mesmo), mas também não tenho nada contra comê-los. Então não acho grande coisa que ele vá cozinhar o gato, quer dizer, que dó e tal, mas acredito nessa coisa bonita que é a pirâmide alimentar. E é hipócrita, de qualquer forma, ter dó do gatinho e não ter dó da vaquinha.

O tal superfã faz a ressalva no texto do site e garante que a história não é um uma brincadeira. Mas será que Miley Cyrus pode se dar ao luxo de pagar para ver?

carne-da-gato

Mas se for sianês criado na ração tudo bem

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03.11

2009
3:03 am

O dia em que eu decidi andar de skate

Postado em Brasil, Crônicas, Pop

Eu sempre quis aprender a surfar. Fazer mágica. Andar de skate. Há pouco mais de um mês, resolvi eliminar a última da lista de “eu quero” e passar para a lista que “eu já”.

Foi assim: tinha uma memória de ter visto gente andando de skate longboard, e achado isso muito legal. Mais legal ainda seria se eu morasse num lugar com praia, porque andaria pela orla, no calçadão, sentindo a maresia numa noite suave de verão. Mas não moro. Ainda assim, resolvi comprar um longboard. Fui numa loja e pedi pro moço montar um pra mim. Ele montou, mas não ficou exatamente como eu queria. Fui trocando uma coisa, colocando outra e cheguei nisso:

02112009010

O que deu pra notar assim, de início:

1. as pessoas acham muito legal o fato de uma mulher andar de skate;

2. as pessoas acham muito legal o fato de ser uma mulher andando num skate gigante;

3. criancinhas de bicicleta seguem pessoas de skate. Elas ficam orbitando você. O que é péssimo, pois você quer ficar o mais longe possível delas, afinal está aprendendo e não quer machucá-las;

4. cair se torna rotina depois da segunda vez. Pra você. Pras pessoas ao redor continua sendo bem engraçado.

É isso. Fui acometida por uma crise de meia-idade aos 21 anos. Sabe, aquilo que dizem ter os tios que aos 45 resolvem furar a orelha, fazer tatuagem e comprar uma moto? Pois é. Tô sofrendo disso aos 21.

E quem dera sofrer só de crise de meia-idade, porque to sofrendo também com os hematomas que adquiri nessa brincadeira. Tenho caído bem menos do que pensei que cairia, mas é o suficiente pra eu poder me queixar. Aprender a cair, eu notei, é também uma arte. Minha primeira queda foi ridícula: o skate pegou muita velocidade e então eu saltei dele, mas precisava fazê-lo parar. Corri atrás dele, pisei na roda e voei. O moço que tava parado em frente a veterinária, eu notei pela expressão dele, tava tentando juntar as peças daquela cena UM TANTO QUANTO inusitada: uma menina, correndo atrás de um skate gigante, toma um tombo porque pisou na roda.

Não quero entrar no clichê da coisa, mas na primeira vez que conseguir ‘dar uma remada’ (sabe, empurrar a parada com o pé. Seu noob) e de fato andar de skate, sentir o vento na cara, eu soube que seria algo que eu gostaria de poder fazer sempre. Tô pensando até em criar um blog pra contar minha saga. Algo como Aprendendo Longboard ou algo assim. Será que alguém ia ler?

02112009012

@gabrielahesz, companheira de aventuras

Outra coisa curiosa sobre o long: porque ele é um pouco diferente do skate convencional, as pessoas acham que ele é um convite para puxarem papo com você. Acho que é porque um skatista de long parece mais amigável do que os que andam de skatinho. Os do skatinhos sempre são hostilizados por supostamente serem parte de gangues ou serem punks ou vândalos. O que eles são na maioria das vezes, mas enfim.

Logo tô eu aí ouvindo tchárliebráu e escrevendo SK8 NA VEIA DOS IRMÃO no topo do blog. Aguarde.

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29.10

2009
2:44 am

A prova de que a humanidade não evoluiu nada

Postado em Crônicas

Várias coisas provam que a humanidade é bem menos evoluída do que a gente gosta de pensar, em termos tecnológicos e espirituais até. Guerras são uma dessas coisas. Hummers são outra. O reggaeton é uma bela evidência.

Mas você só se dá conta realmente de que a nossa medicina e ciência não chegou a lugar nenhum quando um médico resolve te pedir um exame de fezes.

Já adianto que o papo só vai ser escatológico até o necessário, e não vai ter nada de gráfico, então fique tranquilo. Eu também não sou exatamente fã de falar de cocô. Mas dessa vez foi inevitável. Peço licença.

Acontece que eu fui a uma médica endocrinologista, pra fazer um checkup geral depois da minha internação, e ela pediu vários exames, incluindo fezes e urina. Daí eu fui fazer um deles, de sangue, e descobri que ela pediu tudo na mesma guia, ou seja, eu estava fazendo o de sangue então deveria necessariamente levar urina e fezes lá.

Mas não podia simplesmente cagar num potinho e levar. Eu tinha que fazer isso por três dias, com intervalo de um dia entre eles. Isso dá seis dias de pura tensão.

Tirando a situação deplorável que fazer cocô no potinho deve configurar, e o fato de eu nem sequer imaginar como conseguiria fazer isso, tem que ser num pote transparente. Então você vai lá, FAZ O QUE TEM QUE FAZER e depois é obrigado a ficar olhando para O QUE VOCÊ FEZ. E precisa levar aquilo até o laboratório, ou seja, de repente você chega lá e põe um pote de merda no balcão. E quando você pensa ‘ufa, pelo menos estou livre’, você se dá conta que vai precisar fazer isso mais duas vezes, com uma pausa interminável entre elas.

Ia ser engraçado se um ladrão resolvesse roubar sua bolsa bem no dia em que você resolveu levar o exame.

Tem outra parte triste, que é pensar nas pessoas que avaliam essas AMOSTRAS. Puxa.

Mas assim. Se você, médico, suspeita que a pessoa tem vermes, custa de repente dar a ela o remédio mais forte para vermes que existe e ver o que acontece? Por que assim, se ela não tiver, você vai poupá-la desse ‘trabalho’ desnecessário. E mal o remédio não vai fazer, se não tiver verme pra matar, não mata e pronto. E se tiver, fim. Sabe?

Pois bem. Não vou fazer e pronto. E acho que todas as pessoas do mundo deveriam ter o direito de não precisar fazer exames de fezes.

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27.10

2009
2:38 am

A função de uma vendedora

Postado em Crônicas

Acho sacanagem que a gente saia por aí e tenha uma porção de regras de etiqueta pra atender e os vendedores de lojas, essas criaturas peculiares que ficam sorridentes, à espreita atrás das gôndolas esperando pela presa pelo cliente, não tenham que seguir nenhum estatuto. Me proponho, portanto, a formular uma série básica de leis para os vendedores de lojas:

1. Não falar com o cliente nada além de ‘Boa tarde, estou à disposição’ a não ser que seja requisitado;

2. Não oferecer nada ao cliente que não lhe foi pedido;

3. Em caso de dúvida sobre como proceder com determinado cliente, confira as regras 1 e 2.

Esses três mandamentos praticamente contemplam toda e qualquer situação constrangedora pela qual o consumidor passa com vendedores em loja. Inclui ser abordado de maneira passivamente-agressiva enquanto olha uma vitrine (O SENHOR GOSTARIA DE ESTAR ENTRANDO PRÁ TAR DANDO UMA OLHADA NESSAS PEÇA?), ter que calçar oito pares de tênis em cores e modelos semelhantes porém diferentes daquele que você pediu e receber aquela opinião sincera sobre a roupa que você está provando.

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“Ah, e não, eu não quero tá dando uma olhada em nada pra minha mãe, meu pai ou meu namorado. Não tenho namorado, sou um desastre com homens. E meus pais morreram quando eu tinha 8 anos.

Falando em sinceridade, tem uma perfumaria aqui em Santo André que aparentemente incentiva issso nas vendedoras. Ou a intimidação, não sei. É um lugar bem grande, que vende todo tipo de cosméticos. Vou lá mais ou menos uma vez a cada 45 dias, pra repor shampoo e condicionador, além de hidratante pro corpo e essas coisas de mulherzinha. Há um ano e meio que uso o mesmo shampoo, um pra cabelos lisos que tem me deixado muito feliz. Entrei, coloquei dois frascos na cestinha e fui interceptado por uma alegre PROMOTORA DE VENDAS:

COLABORADORA: Amiga, posso tár te oferecendo um shampoo melhor? Porque assim, não é que esse shampoo que você tá levando é ruim, mas ele não tem vitamina. Esse aqui ó, tá super em conta e tem vitaminas A, B e D, 30 nutrientes, protetor solar, reparador de pontas duplas e silicone.

EU: Oi? HEH. Não é por nada moça, MUITO OBRIGADA, mas a verdade é que eu não sinto que tô assim precisando de todas essas coisas, sabe?

COLABORADORA: Olha, não tá mesmo, porque seu cabelo é bom sabe? Mas assim, você que tem assim um corte fashion, descolado assim, moderno, precisa tár hidratando seu cabelo.

EU: Obrigada moça, mas hoje vou ficar com o de sempre.

Daí me desvencilhei do ATAQUE daquela que me julgava amiga dela, pois assim me chamou durante todo o diálogo, além de elogiar meu cabelo (senti uma inveja ok) e contornei outra gôndola atrás de um gel da Nivea. Procurei outra vendedora e antes que eu pudesse perguntar sobre o gel, ela bradou indignada:

COLABORADORA II: Olha amiga, esse shampoo na sua cesta não é pra você não, né?

EU (num mundo divertido): Claro que não! É PRA VOCÊ, GOSTARIA DE PRESENTEÁ-LA!

EU (no mundo real do que aconteceu de verdade): Humm… é…?

COLABORADORA II: Olha, desculpa mas a minha função como vendedora é tá te informando sobre isso, e esse shampoo vai acabar com o seu cabelo.

EU: Veja só, a moça ali já me falou tudo sobre…

COLABORADORA II: Não, vai estragar tudo o seu cabelo. Porque seu cabelo é bom, mas é oleoso na raiz e seco nas pontas né?

EU (assustada): Hum, mas moça, tenho usado esse shampoo por mais de um ano.

COLABORADORA II: Esse shampoo vai acabar com seu cabelo. Ele vai estar entupindo seus bulbos capilares a longo prazo, sabe? Olha, eu sou cabeleireira, então aqui meu dever é tá instruindo tá amiga? E vai entupir seus bulbo capilares e aí seu cabelo vai tá caindo. E quando você for no médico, ele vai dizer “por que não tratou antes”?

EU:

COLABORADORA II: O que você tem que levar é esse aqui, ó (e me mostra um tubo com 100ml a menos que o shampoo que eu tinha pegado, mas que custava 5 vezes mais). Esse aqui vai hidratar seu cabelo, olha aqui, é pra quem tem cabelo oleoso na raiz e seco nas pontas.

Agora eu te pergunto, leitor. O que você faria no meu lugar? Ignoraria o SEGUNDO alerta, já se imaginando tão careca quanto a Britney Spears quando raspou a cabeça? Você certamente não faria isso, leitor. Até porque, nesse ritmo quando até você chegar no caixa seria interpelado por pelo menos mais três dessas. E se você insistisse no shampoo de má qualidade, provavelmente a mulher no caixa não deixaria você levar.

britney
“Passei dois anos usando shampoo barato.

Como toda pessoa temente a promotoras de vendas obcecadas, levei o shampoo sugerido. Gastei um montão de dinheiro a mais. Se funciona? Sim, meu cabelo parece menos oleoso, ainda que não seja nada marcante, que vá mudar minha vida. Mas preferi não desafiar a gangue uniformizada das vendedoras agressivas.

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20.10

2009
2:21 am

Ah, a adolescência…

Postado em Brasil, Há mais entre o céu..., jornalismo

Lembra quando um cara entrou no cinema durante Clube da Luta e metralhou um monte de gente? E as pessoas ficaram querendo proibir o filme de passar, dizendo que ele incentivava a violência, quando o filme era justamente um chute no saco dessas pessoas chatas e elas nem percebiam?

Pois bem. Dois JOVENS DESBRAVADORES assistiram o genial Na Natureza Selvagem, sobre o qual você pode ler nesse fantástico post feito por mim após assistir o filme, e decidiram sumir no mundo. Sabe, viver assim, uma vida SIMPLONA (deus, como eu odeio essa palavra, deus). Confira nas imagens de Pederneiras:

Leia mais sobre a AVENTURA aqui. Acho bonito isso de fugir pra Boiçucanga. Viver na praia, na beira do mar. É algo que a gente cresce e perde, né? Essa coragem de viver a vida. Manuel Carlos que o diga.

NOT.

Consigo imaginá-los com os cabelos ao vento, caminhando pela areia, pensando ‘puxa, como sou especial. Meus amigos todos aí, querendo saber o que vai rolar em Malhação, e eu só queria saber de viver uma vida mansa com meu amor no litoral’.

Agora, se você fosse se inspirar na filosofia de um protagonista de filme pra aplicar à sua vida, quem esse cara seria? A lógica é escolher alguém tipo o Will Smith em qualquer filme dele, cujos finais são sempre muito felizes e com um toque de humor inesperado. Mas não, as belezas me escolhem um filme em que o protagonista morre no final (favor sublinhar se quiser ler, é SPOILER). Você não repete o mau exemplo de alguém objetivando felicidade e bem-estar.

E como alguém foge com 300 reais no bolso e um cartão de crédito e não quer ser achado? Qualquer um que recebesse de dois pivetes com cara de bem-nascidos um pedido de lugar pra ficar notaria algo errado aí e denunciaria. Sem contar o egoísmo ao fazer algo assim com a família, mas tudo bem que isso é coisa da adolescência.

Quando eu era pequena, minha mãe fez um bolo e eu queria comê-lo quente. Ela não deixou e eu resolvi fugir de casa. Coloquei minhas coisas em cima de um pano, com o qual fiz uma bolinha e amarrei na ponta de um cabo de vassoura. E fui para o quintal. Foi algo parecido com o que ele fez:

E foi exatamente que esses dois fizeram. Minha mãe chama isso de SER MIMADO. Ingênuo, pra dizer o mínimo. Não se espera tanta ingenuidade assim de um casal de 16 e 17 anos, mesmo que o amor torne as pessoas idiotas. Provavelmente a vibe hippie é só uma fase (veja bem, O MENINO COMPROU UMA CARA VARA DE PESCAR. Segundo os policiais, ele é MEIO MÍSTICO).

Se bem que eu queria uma história engraçada assim pra contar pros outros quando crescesse. A única parecida é essa do bolo quente.

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