12.11

2010
11:00 am

Você conhece o El Paso!?

Postado em Música

Pra começar, eu não usei uma exclamação precedendo uma interrogação no intuito de dar essa peculiar entonação pra frase. É que El Paso! é o nome da banda, e já vem escrito assim, com exclamação.

Esse é um publieditorial pago com muito amor, risadas, parceria, caronas, rollets legais e o diabo. O El Paso! é uma banda formada por alguns dos meus melhores amigos. Eu tenho várias bandas de amigos, mas o El Paso! é minha preferida.

Só que justamente por ser uma banda composta de grandes amigos meus e tal, eu me sinto meio suspeita pra opinar. Resolvi compartilhar com uma audiência SELETA, BEM SELECIONADA, DE BOM GOSTO, FORMADORA DE OPINIÃO, para que ela mesma pudesse dar seus pitacos sobre o El Paso!

Ouçam a música. Eu estava lá quando eles gravaram o clipe. Foi na casa do vocalista, na sala, como vocês podem ver. Totalmente caseira a parada, mas contamos com o advento de alguém chamado MANO NENÊ, o homem por trás da MONDOCÃO PRODUÇÕES.

Gostaria que me dessem opiniões abalizadas e críticas construtivas, direto nos comentários. Aos que se interessarem muito, tem mais coisas deles no MySpace.

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11.11

2010
1:49 pm

O que o caso Mayara Petruso nos ensina sobre o ódio

Postado em Antena, Brasil, Crônicas, Internet

Você soube da Mayara?
Tô um pouco atrasada na pauta. Nesses tempos de Twitter, tudo o que rolou há mais de 20 horas é old, né? Mas o tópico Mayara entra na categoria ‘old, but gold’.

A Mayara Petruso é uma estudante de Direito paulista que, depois da eleição da presidenta Dilma, há duas semanas, mandou no Twitter umas pérolas acerca de todo mundo que nasce pra cima de, digamos, Minas Gerais (a.k.a. nordestinos). A saber:

Daí toda a INTERNETZ não perdeu tempo em, obviamente, fazer da vida da menina um inferno. Ela apagou os perfis em redes sociais, foi demitida do trabalho, nem o pai (pobre pai) sabe onde a garota tá. Ela sumiu. Foi recomeçar a vida em, sei lá, em Corguinho, junto com a galera super tolerante do Projeto Portal.

O que eu ainda estou tentando entender é como tanta gente perdeu tanto tempo e energia dando atenção a declarações de estupidez óbvia de uma menina que é… uma estudante de Direito. Só isso. Ela não é ganhadora de um Nobel, ela não é atriz da novela, gente. Não é, sei lá, Ministra da Inclusão Social. E nada contra os estudantes de Direito, heim. Amo todos S2

As pessoas, no geral, são estúpidas, tacanhas. Se você ainda não entendeu isso, sugiro que abra a página de comentários de qualquer site - pode ser até um post polêmico desse blog - e leia os comentários. Você não se assustará mais com a existência de gente como a Mayara, que não percebe ou não admite, mas odeia o presidente porque ele é pobre e nordestino. Se teve até quem, depois da eleição de Dilma, desejasse a volta do linfoma dela, que tipo de fé a gente pode ter na humanidade?

Eu li algumas das reações contra e a favor da Mayara, coisas tão ou mais horríveis do que ela escreveu. O episódio serve pra que a gente possa ver quem de nós é capaz de barrar a corrente de ódio. Porque uma pessoa fala uma merda dessa, então você passa a odiá-la por isso. E aí pronto - ela ganhou. É tipo com os trolls. Não os alimente.

É, eu sei, teve um homem que disse a mesma coisa há dois mil anos. Mas onde quero chegar é que, infelizmente, todo mundo que crucifica a menina está ao lado dela na capacidade de odiar, de espalhar o ódio. E isso é muito ruim.


“E Jesus disse: ‘não darás do pão e do vinho aos trolls, pois feito isso, a eles darás a vitória’”.

Recebi uns e-mails essa semana de alguns leitores me pedindo pra denunciar um site horrível, provavelmente uma das maiores coleções de merda que já li na vida. É uma espécie de manifesto neonacionalista com uns conceitos meio bizarros - super conservador, mas ateu, a favor de esteróides e do culto à aparência, a favor da segregação étnica e de gênero. Claramente foi escrito por uns 2 ou 3 moleques babacas, de uns 20 e poucos anos, bem instruídos pelo nível do texto, mas muito, muito burros. Era tão absurdo que parecia a maior trollagem do século.

Mas aí me pediram pra denunciar e eu pensei: “puta merda. Eu não vou fazer um post sobre isso, não vou alimentá-los.” A parada ia espalhar feito pólvora, eu ia ganhar um monte de views, e com certeza o site seria tirado do ar rapidamente, porque tá cheio de crime ali. Inclusive tá fora do ar agora, denúncias ao MP não devem ter faltado.

Eu não fiz o post porque tinha tanto lixo ali, tanto lixo, que aquilo era capaz de deixar pessoas normais - eu - cheias de ódio contra tanta imbecilidade. Chegou a passar pela minha cabeça que pessoas como aquelas que escreveram e tentam espalhar conceitos como aqueles não merecem o direito de viver. Denunciar os autores causaria uma cruzada contra eles (cuja identidade seria, cedo ou tarde, revelada por alguns desses detetives virtuais ociosos), uma corrente de ódio muito maior do que aquela que eles estavam tentando causar.

Uma vez que aqueles textos transformam uma pessoa em alguém cheia de ódio, seja lá qual tipo de ódio for, eles atingiram o objetivo. É MUITO FÁCIL odiar a Mayara, os babacas do Movimento República por São Paulo, os responsáveis por esse site que eu mencionei.

Difícil é não odiar. E é só não odiando que é possível contra-atacar efetivamente esse tipo de coisa.

Em homenagem a essa minha vibe tão Família Restart S2, fiquem com essa pérola do rock colorido, a grande manifestação musical jovem cheia de mensagens de paz e amor e esperança. Ah, agora em español.

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29.10

2010
1:58 am

Publieditorial: Itaú lança portal de sustentabilidade

Postado em Publieditorial

Aproveitando essa vibe da sustentabilidade que tá correndo solta por aí, pegando geral, o Itaú manda avisar que lançou um portal de sustentabilidade, acessível pelo endereço http://www.itau.com.br/sustentabilidade.

Sustentabilidade, como você pequeno padawan deve saber a essa altura, é um conceito que geralmente é pensado só do ponto de vista ambiental, mas que para funcionar precisa considerar três pilares - o social, o econômico e o ambiental. A parte mais interessante desse portal do Itaú, a que relaciona dicas práticas, parece abrangir os três. Tem um guia legal de planejamento financeiro.

É legal que tenha se tornado tão importante provar que sua empresa se esforça para causar o menor dano possível no processo de produção de seja lá o que ela faz. Algumas corporações realmente fazem isso; outras só querem mostrar que fazem. Acho fundamental é acompanhar de perto as empresas que anunciam essas iniciativas, tanto pra fiscalizar se não é só ‘greenwashing’ comercial, quanto pra poder se aproximar delas se não for.

Acontece que essa tendência do verde gera toda uma discussão em torno dos rumos do sistema. O filósofo Slavoj Zizek (sério, é esse o nome do cara) acha tudo isso de sustentabilidade - aliás, ele acha a caridade - um grande engodo. Taí o vídeo dele, que vale a pena ser visto ao menos pela reflexão que provoca:

As perguntas que ficam são:
- Você concorda com o Slavoj? Por quê?
- Ok Slavoj, somos todos pessoas horríveis. Mas que solução você me oferece?

Aproveitemos o gancho do lançamento do portal de sustentabilidade do Itaú pra discutir esse tipo de iniciativas de todos os pontos de vista.

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18.10

2010
3:23 am

Eu e o SWU

Postado em Música


Em ritmo de SWU

Escrevi esse há uma semana, mas resolvi postar só hoje. Antes tarde do que nunca - o timing já passou, mas não ia deixar o texto mofando aqui.

Acho que a lição mais importante que o Eduardo Fischer, empresário responsável pelo SWU, aprendeu nesses três dias, foi que não é prudente batizar um festival com um nome que rime tão facilmente com ‘cu’. Porque na hora que a coisa apertar, as pessoas estiverem putas com a organização e o caos lembrar um Titanic sem o barco e sem a água, vai ser muito fácil entoar um SWU! VAI TOMAR NO CU!. Ninguém vai precisar nem fazer esforço pra xingar o festival, saca?

Foi bem isso que aconteceu. O ‘Titanic sem água nem barco’ rolou na saída do primeiro dias de show. Acrescente nesse clássico de Hollywood uma pitada de zumbis - era como se zumbis náufragos vagassem sem rumo por uma estrada de terra no interior de SP, no escuro. Sem informações (zumbis geralmente não se importam muito com isso, mas a metáfora dos zumbis só se aplica à maneira como as pessoas vagavam). Ninguém sabia informar nada, filas se formavam sem que ninguém soubesse exatamente pra quê. As pessoas se agarravam na janela da minha van pedindo pra que eu, pelo amor de Deus, as tirasse dali. Que elas iriam até no teto, se preciso. Que pagariam o quanto fosse.

A van estava cheia e eu me senti aquela pessoa no bote do navio afundando que precisa dizer “NÃO! O SENHOR NÃO PODE ENTRAR AQUI, SENÃO MORREREMOS TODOS!”, e mal dormi à noite. O problema é que, muitas vezes, problemas de organização acabam superando bons shows. E infelizmente parece ter sido o caso nesse festival, ao menos pra uma boa quantidade de gente. Não pra mim, mas eu preciso contar o que vi e ouvi.

É preciso valorizar a iniciativa dos caras de resolver, já no dia seguinte, os problemas de transporte pra volta. Liberaram a estradinha, colocaram mais ônibus e MUITOS TAXIS, de modo que a saída do domingo e da segunda não podem, de maneira nenhuma, serem comparadas à putaria que rolou lá na sexta. Isso é louvável; louvável também é recolher todo lixo e reciclar, é treinar a segurança pra devolver carteiras e celulares no Achados e Perdidos (conheço várias pessoas que encontraram essas coisas lá depois dos shows).

Mas porra. Deve ter algo de errado em um festival em que é mais fácil entrar com um baseado do que com uma bandeja de mussarela e uma cartela de anticoncepcional (true story).

Não vou reclamar de comida cara, que isso acho que é algo que, embora absurdo, se espera de um festival. O duro é pagar 12 reais em um hambúrguer que demora não menos de uma hora para ser conseguido e vem frio - ou seja, o número de barracas de comida naõ deu conta da demanda. Não vou reclamar que a água e as bebidas eram vendidas em garrafas e copos, porque considero difícil encanar água para colocar bebedouros em uma fazenda, mas vou reclamar que as latas de lixo pra jogar essas coisas eram mais difíceis de encontrar do que, sei lá, alguém me arrume uma comparação engraçada pra colocar aqui.

E, finalmente: não há nada de sustentável em uma área vip. Não é só uma área vip na frente do palco, é toda uma área vip, com restaurante vip, atrações vip. Sério, não dá.

Agora, os shows (aqueles sobre os quais tenho algo a dizer):

Black Drawing Chalks

Foi bem no começo do festival e, ainda assim, lotou. Eu já tinha visto-os tocando em lugares menores e fiquei surpresa de perceber que o som poderia funcionar em um palco grande. Funcionou, e muito. Ficou super pesado, o baixo marcante, mais metal do que nunca. Muita gente assistindo e gostando, especialmente porque eles poderiam ali ganhar uma boa parcela dos fãs que tinham ido pra ver Rage ou Infectious Groove (há fãs do Infectious Groove?). Foi bom.

Mutantes

Ah, vai ser polêmico? Vai. Mas também, quem disse que eu preciso manter aparências sobre gostos musicais, né? Eu nunca gostei de Mutantes. Não gosto. E o show foi chato. Assim, pra dormir mesmo. E aquela vocalista grávida sorri demais, sério, de um jeito doentio e perturbador. Só valeu por ver o mito Sérgio Dias ao vivo.

Los Hermanos

Achei caído. Posso? Desculpe aos amigos que entraram em comunhão com os malas, mas na boa, não sei realmente porque, mas Los Hermanos já era pra mim. Não me tocou - eu cantei todas as músicas, que sei de cor, no automático. E nem sei explicar porque, mas se eles não conseguiram me cativar como costumavam (e como não conseguiram naquele show também meia boca em que abriram pro Radiohead), a culpa não é minha, que continuo achando as músicas do Bloco do Eu Sozinho e do Ventura tão boa quanto sempre foram. Não gostei.

Mars Volta

Achei o show um pouco tezzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz….

Rage Against The Machine

Matador. Arrepiaram os pelos do meu braço (sérião) quanto entraram tocando Testify, e eu nem sou super fã - só conheço meia dúzia de músicas e olhe lá. Sabe quando você ouve um baixo num show e ele é tão marcante que parece que seu coração tá compassado junto? O show foi catártico, a presença de palco deles é absurda. A maior prova é que a banda fez um show em que o áudio foi cortado duas vezes e, ainda assim, foi lembrada pelas músicas que tocou, e não por esse episódio infeliz.

Mas lá vou eu como as minha observações sociais… os caras pregam a revolução pela violência, e eu não vou discutir se isso é certo ou errado. Mas acontece que isso os torna responsáveis pela parcela de fãs deles que é violenta usando essa suposta revolução como desculpa, mas no fim, só quer mesmo é a violência. A galera lá tentando arrebentar a área vip: do caralho, sério. Eu tava na área vip e a perspectiva não me assustou, pelo contrário, eu estava é fascinada com o poder que um mito da cultura pop pode ter sob tanta gente ao mesmo tempo. Aí param o show porque a coisa estava insustentável, as barreiras iam cair… e ele me conta e toca SLEEP NOW IN THE FIRE? Pareceu até sarcasmo, quase um AGORA SE FODE AÍ. Eu achei que as pessoas iam se machucar seriamente. Eu fui xingada por uma galera da área normal (eles cuspiram em mim, inclusive, e me acusaram de vender meu corpo em troca de dinheiro com o uso de alguns termos que designam essa profissão) só porque eu estava olhando pra eles, em vez de olhar pro show. Os caras não sacaram que boa parte do show estava NELES - na fúria meio vazia que eles demonstravam, na possibilidade de uma tragédia iminente e em tudo aquilo ser provocado por uma banda de rock.

O que eu queria ter visto e não vi:

Superguidis
Mallu Magalhães
The Apples In Stereo

:(

No domingo eu não fui, mas sei FOR A FACT que o show do Kings of Leon foi ruim. Me disseram que o highlight do dia foi Otto, apesar de eu não curtir muito o cara.

Incubus

Pô, tem um disco do Incubus do qual eu sou super fã, e chama A Crow Left Of The Murder, eu até comprei ele (sabe, CD físico, assim?). Das outras coisas gosto só dos hits - Drive, Wish You Were Here. Sabe como é, a gente colocava essas coisas em mixtapes na adolescência, a galera tocava nas rodinhas de violão. O show foi assim: eles abriram com a última música deles que ficou muito, muito famosa. Chama Megalomaniac, é daquelas que vão crescendo e explodem no refrão, é boa e é uma música contra o Bush (em 2004 tava na moda fazer música contra o Bush). O que se destacou foi a voz do gatinho lá, o Brandon Boyd. Ele canta muito e isso, ao vivo, fica gritante (no pun intended). Vai pra uns agudos bizarros sem desafinar, a voz dele é um show à parte. De resto, a apresentação foi consistente e só. Misturou hits desse disco que eu gosto com uns clássicos mais pesados deles, tipo Nice To Know You. Bom show, mas não mudou minha vida.

Queens of the Stone Age

Eu e todo mundo que estava ao meu redor, a uns 4 metros da grade da pista vip, ficamos putos com uma série de coisas antes desse show. A saber:

- Um atraso de 50 minutos que já estava nos fazendo considerar a possibilidade de cancelamento;
- As pessoas em volta, que eram todas fãs de Linkin Park, e em dado momento começaram a gritar Linkin Park;
- E a coisa mais engraçada do festival, um grupo de três garotas que poderiam facilmente serem transportadas para a tenda do Tiësto (elas tavam vestidas pra rave), mas que aparentemente tinham ido para ver Linkin Park, e criaram uma barricada à nossa direita. O lema delas era DAQUI NINGUÉM PASSA, e funcionava assim: qualquer pessoa que tentasse passar por elas, seja para ficar entre as garotas ou cruzar para o outro lado, não poderia fazer isso. Elas ficavam assim, estáticas, rígidas, e evitavam a passagem. E diziam “se quiser, dá a volta”, o que era impossível porque tava muito cheio tanto na frente quanto atrás.
Apesar de me indignar e iniciar um leve bate-boca com as garotas, como afinal meu lema é espalhar o amor, no final ficou tudo bem.

Mas vamos à parte que interessa. Queens of the Stone Age tem, em todas as músicas, esse ar hipnotizante, um pouco ébrio. É isso, somado ao peso das músicas, aos riffs de guitarra que se entrelaçam e à voz meio bêbada do Josh Homme, que provavelmente atrai a maioria dos fãs dos caras. Ao vivo, o clima meio nebuloso que é criado por todos esses elementos na música gravada é palpável, real. Ganha um peso indescritível. Felizmente, mesmo com os fãs do Linkin Park ao redor, havia fãs de QOTSA suficiente pra que eu não fosse a única a cantar todas as músicas ou a dançar Sick Sick Sick e Little Sister (aliás, essa música fala sobre incesto?).

Pixies

Não vi. Mas foi um showzão.

Linkin Park

CRAWWWWWLING IN MY SKIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIN. E I CAAAAAN FAAAAAAINT. Só, né.

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03.09

2010
4:24 am

9 coisas sobre mim

Postado em Crônicas

A Gabi foi quem jogou a bola pra mim, então vou aproveitar pra falar 9 coisas sobre mim. Acho que eu sou tão simples que não tem 9 coisas interessantes sobre mim, mas eu vou tentar:

NOSA QTOS NENEN, TO CONFUZA

1. A da troca
Eu fui trocada no nascimento. É sério! Nasci, e quando me levaram para minha mãe ver, horas depois, eu não era eu. Minha mãe reconheceu porque eu nasci careca, e aquele bebê tinha cabelo (ou o contrário). A enfermeira foi demitida e eu, até hoje, procuro nas comunidades ‘Nascidos no dia 26 de abril’ e ‘Maternidade Neomater’ quem é essa menina que eu poderia ter sido, pra poder saber como minha vida seria diferente.

fiquei esperta

2. A dos florais da ingenuidade
Quando eu era pequenininha, minha mãe conta que eu era meio bobinha demais. Ingênua. Sim, eu sei que é o que se espera de uma criança de três anos, mas vou explicar. Parece que todos os meus amiguinhos me faziam de idiota (AMIGO QUE É AMIGO NÃO FAZ A GENTE DE IDIOTA, ENTÃO RETIRO O TERMO ‘AMIGUINHO’), e eu era do tipo que era enganada e topava trocas de coisas que não compensavam (tipo ‘Amiguinho, me dá essa balinha que eu te dou meu Lego?’). Minha mãe não sabia o que fazer, daí comprou um floral (é, de Bach) e, segundo ela, só isso me curou. Eu me considero meio bobinha até hoje.

Foi mais ou menos assim, eu lembro

3. A do ferro de passar
Um dia, também lá pelos três, eu queria muito colocar o dedo no ferro de passar. É, na parte quente. Minha mãe, por razões óbvias, não permitiu e eu comecei a chorar, muito, muito. Como eu não parava, ela pegou me dedinho e colocou na chapa quente do ferro, já que era tanto o que eu queria e ela está presa desde então por infringir o estatuto da criança e do adolescente.

TÔ COM VERGONHA, ESSA NÃO TEM FOTO.

4. A da VERGONHA
Meu primeiro site nunca chegou a ir pro ar, foi um teste na aula de HTML. Cada página tinha uma cor de fundo e fonte diferente. Mas o primeiro que foi pro ar é uma pérola da vergonha alheia elevado à milésima potência, então sinta-se realmente privilegiado que eu vá compartilhar esse link com você agora. Sim, eu fiz o layout, os textos, tudo. Sim, esse era meu nick. Porra, você nunca teve 12 anos e gostou de RPG?

5. A da astrologia
Eu acredito em astrologia. Não em horóscopo diário (Ok, o Quiroga é muito bom, e ler a Susan Miller é engraçado), mas em Astrologia Hermética. Tanto que não gosto nem do termo ‘acreditar’, porque não acho a que o termo ‘acreditar’ se aplique…

6. A das tatuagens
Tenho três tatuagens: essa, essa e uma terceira, da qual não tenho foto. É uma frase no braço direito, um pouco acima do cotovelo.

7. A do longboard
Eu ando de skate. Longboard, pra ser mais precisa. Não sou boa, mas acabei me viciando e não consigo passar uma semana sem andar que já sinto falta.

8. A das decepções populares
Eu não gosto de dadinho, nem de milk-shake e nem de pipoca. Me desculpe por decepcioná-lo (essas são as minhas três características que mais decepcionam as pessoas, geralmente).

9. A da larva
Eu já comi uma larva tailandesa frita. E até que não achei, assim, RUUUUIM…

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03.09

2010
2:56 am

Um jogo que ajuda a estudar pro Enem

Postado em Publieditorial

Aaah, o período de vestibulares.A época mais conturbada da vida de um jovem, que aos 17 anos precisa escolher o que vai fazer pro resto da vida. E depois, se dá errado, ainda há quem o culpe.De qualquer maneira, os meus 17 foram muito, muito turbulentos. Muito embora eu já soubesse que faculdade cursaria, houve um belo percurso, cheio de obstáculos, que precisou ser percorrido para conseguir chegar lá. Eu fiz o ENEM, e fui muito bem, obrigada - mas naquela época, ENEM era prova pra mobral. Hoje em dia parece que o negócio é sério, né?Tipo, é uma FUVEST. A galera se mata estudando e tal, até porque muitas faculdades - a própria UFABC, aqui perto de casa, na qual eu juro que queria fazer algo mas não tinha nenhum curso que me apetecia na época - usam somente o ENEM como vestibular.

Outra coisa que eu odiei nos meus 17: perdi shows, ‘baladas’ (eu odeio essa palavra, mas na falta de outra…) e outros eventos característicos da juventude PORQUE TINHA SIMULADO QUASE TODO FIM DE SEMANA. O colégio em que estudei é daqueles super APROVAMOS SEU FILHO e tal, então tinha toda uma pressão. Se você vai fazer ENEM ou prestar vestibular esse ano (aos 17 ou não), com certeza vai ter que ir dormir cedo no dia antes da prova, mas pode ser que troque um ou outro simulado por esse jogo aqui, do Guia do Estudante, o Bixo Evolução. Senti uma vibe Spore nele, mas não tem muito a ver: é mais um simulado interativo do ENEM. Pra mim, foi excelente pra perceber como eu tô ruim nessas matérias de escola. Errei quase tudo, e não evolui nada. Se quisesse voltar pra faculdade ia precisar estudar muito - que só prova que boa parte do conhecimento adquirido na escola é inútil depois na vida profissional, ou que eu sou uma completa ignorante, você escole.

Mas a pegada do jogo é que você anda com seu bichinho primitivo, responde às perguntinhas e vai evoluindo pra se tornar um BIXO (ahn, sacou o trocadilho?).

Aproveita que ainda tem dois meses antes da prova (que vai ser nos dias 6 e 7 de novembro) e dá uma olhada no game. No site também dá para tirar dúvidas, participar de grupos de estudo e enviar suas redações pra correção (o que é muito legal - na minha época, a gente tinha que esperar o professor corrigir, mesmo). E se precisar reforçar o conhecimento para a prova, conte com o Curso Preparatório ENEM 2010. É bem prático e fácil de estudar, e você pode comprar em qualquer banca e livraria (no Brasil inteiro).

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